~20~

13 3 0
                                    

~Eu não entendo porque ele acha que é o meu perigo, que é minha perdição, sendo que ele é a melhor coisa que me aconteceu~

*Vih*

Dormi agarradinha com minha mãe ainda estou com a impressão que algo não está certo, ontem perguntei para ela se ela tinha algo, negou. Acordei bem cedinho para não perder o horário da faculdade.

As roupas que deixei aqui ainda me servem, fico feliz que no meio de tantos shorts eu tenha encontrado uma calça, os cropped eu ainda amo e vou usar um azul lindo que nunca usei. Assim que saio do banheiro já vestida na minha roupa vou até o guarda-roupa para ver se tem alguma peça de que eu queira leva. Vou vasculhando até achar uma caixa.

- Uau, isso ainda tá aqui - Pego, me sento na cama. Essa caixa é aonde eu guardava minhas coisas favoritas, guardo tudo nessa caixa desde do 15, parei aos 18 eu acho, por aí.

Tenho um certo medo de abri-la pois deve ter bastante coisas para me recordar. A verdade que eu sei que pode ter várias coisas que ele me deu ou que fizemos juntos. Abro de uma vez e a primeira coisa que vejo é uma foto minha recém-nascida, sorri de canto. Pego um monte de fotos e vou passando, várias são de quando eu era pequena tem algumas com Caveira, poxa nem um sorriso ele dava. Então chega nas fotos que com toda certeza estão fazendo meu coração doer. Fotos aonde tem eu e Ben assim que começamos a nos envolver de fato, adoramos a companhia um do outro que queria tá todo tempo juntos, ele me levou a lugares maravilhosos, lugares únicos meu e dele, apenas de nós. Tem fotos da gente no parque, no shopping, no morro mais alto do Rio. Não quero chorar mais por tudo que passou, mas é tão difícil lidar com isso. Já se se passaram anos e eu ainda posso me sentir mexida por ele, pelo nossos momentos tão únicos e especiais.
Boto as fotos de lado.

- Oh, eu nem sabia que ainda tinha isso - Pego em minhas mãos o anel de arame que ele me deu quando eu completei 15 anos, quando ele fez uma casa na árvore no quintal da casa de sua vó, não era uma casa na árvore mas eu amei tanto, a gente mal se via naquela época e mesmo assim ele sabia que meu sonho de menina era uma casa na árvore, ele pode ter me entregando uma casa no chão, mas para mim era a melhor casa na árvore do mundo porquê tinha sido feita pelo homem que eu amava. Ou amo?.

Lembro que a casa era toda rosa, tava naquela fase de amar tudo rosa. Que fase viu, não que rosa seja feio ainda gosto, mas é tão chatinho e muito paty, hoje dia ainda prefiro preto básico combinar com tudo. Lembro também que todos os dias eu ia na casa foi nesse tempo que fiquei muito amiga de sua avó, dona Nena era um amor. E seu bolo de milho é 
o que mais sinto falta. Boto o anel em todos dedos mas só coube no mindinho, sorri, antes cabia em todos e menos no mindinho.

- Ei - Minha mãe senta ao meu lado sorrindo - Uma caixa cheia de coisas especiais - Diz animada

- Costumavam ser até meus 18 anos - Suspiro

- Como vocês eram fofos - Ela pega uma foto minha com Ben, estamos com algodão doce nas mãos e eu estou beijando sua bochecha.

- Você está bem mãe? - Mudo de assunto

- Ah estou sim,  vou até passear com os gêmeos - Sorri

- Mãe fico feliz. Meu Deus eu esqueci da faculdade - Levanto guardando as coisas na caixa, pego a caixa, dou um beijo na testa da minha mãe e saio correndo para o carro.

*Luiza*

Jasmine me ligou ontem pedindo para ver os netos e claro que deixei, ela sempre cuidou tão bem deles, aliás ela cuidar bem de todos seu coração e enorme sempre cabe mais um. Mas tenho medo que ela queira passear com os netos por outro motivos, ela não anda nada bem e confiou a mim esse segredo, que está me corroendo. Sou esposa de seu filho e melhor amiga de sua filha, amo ambos e esconder que possivelmente a mãe deles tá morrendo só pode ser castigo. Ela tá esperando os exames saírem para poder ter certeza de algo e falar com os filhos, até lá eu tenho que fica de boca fechada sobre.

- Vovooooo - As crianças saiem correndo do carro assim que as solto da cadeirinha, abraçam sua vó em um único abraço

- Cuidado crianças! - Digo ao chegar neles

- O que foi acha que estou tão fraca assim? - Mine tira graça

- Não, claro que não - Me junto ao abraço

- Vovó, vovó. Leva a gente nos brinquedos - Heitor pedi todo animado agarrando a mão de sua avó faz o mesmo Heloisa. Me sento enquanto eles brincam. Não posso evitar de ficar reparando em como jasmine esta agindo, até agora tudo normal nem parece a jasmine fraca de outro dia que foi no hospital.

*Vih*

Cheguei atrasada para primeira aula, tive que esperar acaba para entrar na outra. Enfim hora de descansar um pouco como sempre eu vou até o café mas ele está fechado o que é muito estranho o café nunca estar chegando.

- Ei - Chamo a atenção de um carinho com o uniforme todo branco, só pode ser um empregado da universidade - Merda!

- Oi... Vih - Engulo em seco, que diabos, nunca terei paz?

- O que você faz aqui, Bernardo?

- Eu trabalho aqui agora - Ele sorrir

- Você trabalhando?

- Sim, qual o problema?

- O problema é que você não precisa desse emprego, você é milionário caramba. E outra você teve que vim logo para minha universidade? - Digo dando um soco em seu braço

- Não me bata. Ok, eu realmente não preciso desse emprego mas eu preciso reconquistar você! E se é preciso lavar banheiros nojentos, varrer corredores enormem eu vou fazer tudo isso pelo menos para ver você todos os dias - Suspiro

- Você vai pedi demissão hoje mesmo

- Não

- Vai sim, até porque tá tirando de quem realmente precisa desse emprego - Assim que o professor Fernandes sai do banheiro fica nos encarando, suspiro e saio dali.

A força do amor Onde histórias criam vida. Descubra agora