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~Eu não entendo porque ele acha que é o meu perigo, que é minha perdição, sendo que ele é a melhor coisa que me aconteceu~

*Ben*

Acordo com o sol batendo em minha cara esfrego os olhos e olho para o lado. Percebo que ela não está ao meu lado mas sim um bilhete. Pego.

"estou voltando pra o Brasil, se você realmente quer acertar as coisas entre nós. Meu voo sai as 9 horas chegue antes desse horário e ficarei.

Com carinho, Vih"

Levanto ainda nu corro para o banheiro tomo um banho rápido e visto a primeira roupa que vejo pela frente. Olho o horário no celular e vejo que são 8 e 15

- Merda, Merda, Merda - Pego a chave da moto desço correndo praticamente.

*

Assim que chego corro entre as pessoas. Meus pulmões e meu coração pedem para que eu pare imediatamente de correr, mas não irei parar. Vou ate uma vendedora de passagem.

- Com licença, o voo para o Brasil já saiu?

- Voo para Brasil saio a dois minutos senhor - Suspiro passando as mãos no cabelo

- Quanto é a passagem para o Brasil?

- Os voos de hoje para o Brasil já foram todos esgotados senhor - Assento e saio da fila. Minha respiração tá pesada, ela deve tá achando que eu não vim porque fui um frouxo novamente.

*Vih*

Olho para Thiago ao meu lado digitando em seu notebook. Antes de vimos para o aeroporto tivemos uma conversa que creio eu foi boa  para ambos. Terminamos essa relação que não tava dando certo, mas que a amizade que construímos continuará. Bebo o chá verde que pedi. Eu achei de verdade que ele lutaria pelo nosso amor dessa vez, até pensei que ele poderia estar atrasado enrolei uns dois minutos, mas ele não apareceu. Perdeu sua última chance.

- Senhorita, aqui seu remédio para dormir - Pego das mãos da aeromoça

- Obrigada - Bebo o remédio acreditando que dormirei a viagem toda.

/TEMPO PASSADO/

Já se passou um mês que não vejo se quer a cara de Ben, desde do dia que ele me achou tentando ir pro baile funk. Uma ideia estúpida eu sei. Me encantei pela forma que ele falou das estrelas e como se ele fosse extremamente apaixonado por aquilo.

A um mês sou levada e buscada na escola por homens que trabalham pro meu pai, eu sempre vinha sozinha ou com Ben. Eu não entendo o porquê isso está acontecendo.

- Mamãe, Mamãe - Procuro minha mãe por todos os cantos mas não a acho até escuto um barulho forte de algo caindo no chão vindo do escritório do meu pai, caminho até lá. E de perto posso ouvi-lo gritando com alguém, com a mamãe. Escuto tapas, me pergunto aonde está Caveira nessas horas, bebendo?, com alguma garota?, ou sendo maltratado?. Corro para meu quarto tranco a porta e sento no chão e começo a chorar. Eu sou uma inútil que não servi nem para salvar a própria mãe. O medo me corrói e então começo a treme, não sei bem o que pode ser isso mas estou em pânico, meu coração acelerado mais do que o normal e logo a falta de ar vem.

/TEMPO ATUAL/

- Não, não... - Acordo praticamente gritando

- Ei, foi só um pesadelo calma - Thiago me abraça. Eu tinha apenas 11 anos quando tive minha primeira crise de ansiedade.

- Estamos chegando?

- Falta 30 minutos para pousamos, tome esse café - Pego

- Obrigada

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