A força do amor

~14~

~Eu não entendo porque ele acha que é o meu perigo, que é minha perdição, sendo que ele é a melhor coisa que me aconteceu~

*Vih*

Duas semanas de faculdade e eu já estou com a cabeça explodindo. E tanto assunto, olha que não sou uma acumuladora de atividades, mas tem tantas atividades que eu tô com várias acumulada.

Por algum milagre as aulas acabaram na hora do almoço. Como já fazia um tempo que não ia na favela, vir ver como Jake tá administrando.

- Oii - Jake se vira sorrindo e vem até mim e logo me abraça - Pera é o Jake mesmo?

- Pirralha, eu estava com saudades - Sorri

- A igreja tá arrecadando alimentos!?

- Sim, houve uma chuva na semana passada e deixou muitas pessoas sem casa e alimentos, isso tudo foi doação só de hoje a meta é sempre aumentar a meta que o dia bateu - Jake diz sorrindo e olhando para só alimentos, nunca o vi sorrir tanto ou está tão interessado em assuntos como este

- Vejo que muitas coisas mudaram por aqui... minha mãe cadê?

- Ela saiu não sei para onde, quer espera no escritório?

- Pode ser - Suspiro

- Vou te levar até lá, vem Pirralha

- Para de me chamar assim - Dou um soco em seu braço

- Aí!

Assim que chegamos no escritório me sento, Jake pega um energético para mim e uma cerveja para ele.

- Você tá preocupada, o que foi? - Bebo um gole da minha bebida

- Dona jasmine não tá bem e tá se recusando a ir ao médico - Jake franze a testa

- Já percebi que ela anda meia tonta, dores de cabeça, mas ela disse que já tinha indo ao médico

- Não, ela não foi. E se foi tá escondendo ao de nós e isso tá me preocupada bastante Jake

- Nossa... ela tá tão esforçada, todos os dias está bem cedinho aqui no escritório. Sempre sorrindo e me dando conselhos - O olho

- Jake, tente conversar com ela sobre isso e talvez você tire algo dela

- Não vou promete nada, Vih. Mas tentar eu vou - Assento

- Obrigada.

/TEMPO PASSADO/

- Você vai para esse baile funk mas não irá sair de perto de mim, tá ouvindo?

- Sim - Digo animada, Caveira deixou que eu fosse na minha primeira festa no morro. Ele mesmo escolheu minha roupa que por sinal é ridícula.

Desço vestida em uma calça preta e uma blusa longa. Assim que chego até os meninos ambos riem menos Caveira

- Parem de rir! Tá vendo Caveira, ninguém vai tá vestida assim por favor deixar eu trocar - Imploro

- Vai chorar? Ou você vai assim ou não vai - Ele diz saindo, vou atras deles. Se minha curiosidade não fosse tão grande.

No carro o silêncio foi grande nem o rádio eles ligaram, só um momento que eles falaram mas foram sobre drogas internacionais.

- Chegamos, vocês dois não tirem o olho dessa menina! Qualquer idiota que tocar nela, bala! - Saio do carro, Jake gruda seu braço no meu logo me solto

- Não tão perto assim! - Digo fazendo careta

Subimos o morro, meus olhos doem com o primeiro contanto com as luzes coloridas. Tem muitas gente e ainda é cedo. Ninguém, como eu disse tá vestida como eu. Me sinto uma idiota que mal sabe se vestir.

- Quem é a mendiga? - Uma garota chegar até o Caveira e passa as mãos sobre seu peitoral

- Respeita minha irmã, Brenda!

- Ah desculpa, mas esse tipo de roupa não é para cá

- Eu disse isso a ele - Reviro os olhos

- Cala boca vocês duas, vamos subi para o camarote - Me assusto quando sinto uma mão agarrando a minha, conheço esse toque. Ben. Passo pela multidão com a mão de Ben na minha, não posso negar que meu sorriso está grandão. Talvez hoje seja o dia do nosso primeiro beijo, estou esperançosa. Assim que chego no tal camarote rapidamente Ben solta minha mão.

- Pega uma bebida para mim  e meus brother"s e para essa mocinha apenas suco- Caveira manda um dos seus capachos

- Não temos suco aqui

- Arruma pelo menos uma água, se vira! 

Caveira não para de da alguns beijos na menina que falou da minha roupa, Jake já sumiu, apenas Ben esta por perto e não tira o olho de mim como se eu fosse fugir.

As garotas que aparentam tem minha idade rebolam até o chão outras estão se esfregando nos machos. Em cada canto pode se ver homens armados até os dentes. Fico minutos parada apenas bebendo a água que me deram que nem percebi quando Caveira e Ben sumiram me deixando sozinha. Um homem se aproxima de mim então me afasto e vou procurar meu irmão ou um dos seus irmãos. Sorte que aqui no camarote não tem tantas pessoas eu acho que so as mais importantes. Passo o olho em cada canto mas nada de nenhum.

- Cadê vocês seus idiotas - Suspiro

- Oi gatinha - Um cara com cigarro na mão me olha com malícia. Corro para um beco mas paraliso quando vejo Ben com uma mina qualquer de pegando ali mesmo sem medo que alguém possa ver eles transando.

- Vaza garota - A menina fala com uma voz ofegante assim que me ver, Ben tira sua cabeça do pescoço da mina e assim que me ver começa bota seu amiguinho para dentro da calça.

- Merda, Vitória o que você faz aqui? - Corro - Volta aqui - Sinto que ele tá correndo atrás de mim. Me meto no meio da multidão e tento sair mas tá tocando uma música e todos estão dançando e se esfregando um nos outros.

- Por favor... me deixar sair daqui - Falo, mas é inútil ninguém ia me escutar com o som as alturas. As lágrimas começam a cair e meu coração acelera a falta de ar também bem. Não posso ter uma crise de ansiedade, não aqui.

Uma mão me puxa e eu sei exatamente quem é mas preciso de ajudar para sair daqui. Ele me leva para fora do baile.

- Que merda em! Você não devia ver aquilo - Me afasto do mesmo. Limpo meu rosto.

- Você acha mesmo que eu gostei de ver? E outra você não sabe o que é privacidade?

- Seu irmão me matar se soube o que você viu

- Que mate, que você morra, maldito seja você Bernardo - Digo com ódio

- Vem vou te leva para casa

- Não, não vai 

- Vou!

- Ei ei o que diabos vocês fazem aqui a festa está incrível, Ben, chovendo de mulher gostosa

- Jake me leva para casa por favor

- Agora?

- Agora!