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POV TOM

Caralho, acordei com o alarme tocando. Já era a terceira vez na semana que acordava cedo. Depois do nosso encontro eu e S/n ficamos ainda mais próximos, só dessa vez era diferente.

Não éramos apenas amigos, e também não éramos namorados. Isso me deixava confuso, a garota demonstrava seus sentimentos por mim, mas eu simplesmente travava quando se tratava dela.

Eu havia acordado novamente as 06:00 PM, fazia isso quase todo dia. Ligava para a garota acordar pra ir a escola, eu adorava ligar pra lhe dar bom dia.

Mas já era a terceira vez que acordava cedo mesmo não "fazendo nada" ainda sim era cansativo acordar tão cedo quase todo dia.

Peguei meu celular e apertei no contato da garota.

- Até que enfim, achei que não ia ligar hoje. - A voz dela se fez presente na chamada.

- Achou errado gatinha, eu tô aqui. - Eu disse de olhos fechados, ultimamente estava hipnotizado apenas com a voz da garota.

- Bom dia Tom, dormiu bem ontem? - Ela perguntava, podia senti-la sorrindo mesmo sem ver seu rosto.

- Bom dia, eu dormi sim. Como você está? - Lhe respondi.

- Cansada! Vai começar semanas de provas eu tô quase surtando já. - A garota começa a reclamar.

- Tadinha, sai comigo distrair a cabeça. Vem aqui em casa depois da aula. Pode ser? - Eu perguntei na espectativa de receber uma resposta positiva.

- Não sei, eu vejo depois da aula, eu te ligo depois tá?  - Ela disse.

- Tudo bem, vou esperar você me ligar gatinha. Boa aula tá bom? - Eu desejei a garota.

- Tá bom, até depois. - Ela riu e então deligou a chamada

Sorri bobo, pensar nela me deixava lerdo. Voltei a dormir não aguentei ficar acordado.

****

Me levantei rapidamente pra arrumar o quarto, decidi que faria uma tarde de filmes pra gente. Avisei o Bill que disse que passaria o dia fora hoje.

Fui ao mercado e comprei várias coisas que ela gostava, balinhas, sua bebida favorita. Selecionei uma série de filmes que poderíamos escolher, ou melhor, maratonar todos eles.

Estava tudo organizado e planejado eram, mais ou menos, 11:45 AM, decidi o que iria almoçar. Estava ansioso pra encontrar ela novamente, era sempre assim. Horrível ficar ansioso com certas coisas, mas ao mesmo tempo a sensação de saber que iria vê-la era muito boa.

Depois de comer fui tomar um banho, um banho longo por sinal. Nem percebi que havia deixado meu celular no quarto, só notei quando o mesmo começou a tocar.

Desliguei o chuveiro correndo e fui o mais rápido possível para pegá-lo, ao atender me frusto.

- Oi, sou eu Tom, quer  alguma coisa do shopping? - Bill me perguntará do outro lado da linha.

- Não, não estou precisando de nada obrigado. - Eu respondi seco.

- Nossa seu espanador de chão, olha o jeito que você fala com o seu irmão. - Bill falou erguendo a voz comigo, eu apenas desliguei o celular dando risada, Bill era realmente engraçado quando bravo .

Procurei uma roupa pra colocar, enquanto estava me vestindo meu celular tocou novamente. Dessa vez era realmente S/n, atendi o mais rápido que consegui.

- Oi, eu tô aqui na frente já, vem aqui receber a visita Tom.

A garota desligou, eu olhei pela janela e ela estava na porta da frente acenando pra mim. Desci as escadas, só quando fui abrir a porta que notei, eu tinha esquecido de por minha camiseta.

A garota me encarou surpresa, mesmo assim dei um abraço apertado nela. Umas das coisas que mais me acalmavam era o seu abraço.

- Quer subir? Eu preparei uma tarde de filmes pra gente. - Eu disse a guiando pro quarto.

- Eu adorei a ideia, tava precisando muito descansar! - Ela disse dando um sorriso.

Entramos no quarto e eu falei pra ela ir se deitar na cama, hoje fazia um dia nublado. Também tinham algumas nuvens bem escuras sinalizando que iria chover.

- Olha eu comprei algumas coisas que você gosta pra gente comer. - Eu disse dando uma caixinha cheia de guloseimas pra garota. - Por qual filme quer começar?

- Tom, que fofo. Eu quero um de terror. - A garota disse se ajeitando embaixo das cobertas.

Coloquei um dos filmes de terror que havia escolhido, então me deitei junto a ela nas cobertas. A aconcheguei em mim e dei play no filme.

- Eu gostei desse filme, o início já conseguiu me prender. - Ela disse com os olhos presos na tela, comia uma balinha que eu havia comprado.

- Sim, difícil achar um bom. - Eu confirmo pegando uma balinha no pacote.

A garota ergue a sua cabeça pra me olhar.

- Oxe, deixei? Minha balinha. - Ela fala brava escondendo o pacote embaixo da coberta.

- S/n para de ser assim, da a balinha pra mim também. - Eu disse tentando pegar o pacote de sua mão.

Ela tentava a todo custo não deixar eu pegar as balinhas. Mas eu sou mais forte então segurei seus braços em cima da sua cabeça pra ela ficar parada, e eu conseguir pegar o pacote.

Eu a encarei dando risada e ela também sem conseguir parar, eu não conseguia parar de olhar pra sua boca. Ela percebeu isso e então parou de rir e me encarou, como se eu entendesse seu pedido por telepatia, a beijei.

Como todos os nossos beijos, foi suave, mas cheio de desejo. Era um beijo calmo, mas profundo. Logo eu soltei suas mãos e segurei sua cintura a puxando pra mais perto.

Nós ficamos nos beijando por alguns minutos, até que a falta de ar se fez presente, fazendo nós nos separamos.

Eu a olhava em seus olhos, e ela ofegante retribuía. Sorri para a garota que logo deu uma risada sem graça pra mim.

- Eu acho fofo quando você fica com vergonha. - Eu digo e a mais nova desvia seu olhar.

- Eu não estou com vergonha. - Ela respondeu rindo.

Eu lhe dou um último selar e então focamos no filme que passava.

***

Um tempinho depois veio a parte realmente assustadora do filme, a garota me abraçava forte quando tinha uma cena de suspense ou quando achava que ia dar algum susto.

Eu sempre dava risada quando nós levamos algum surto e dávamos gritos. Chegava ser engraçado de ver.

- Filha da puta. -  Ela gritou mais uma vez, me abraçando com mais forças.

- Se fudeu eu não me assustei. - Eu falei rindo.

- Ah cala boca vai Tom. - A garota diz mostrando o dedo do meio.

- Eu não, vem calar você. - Eu disse a encarando.

Ela então me olha e se aproxima o máximo que consegue da minha boca. Isso me fazia ter arrepios, me fazia agir com impulso. Ter ela assim tão perto, me fazia querer agarra-la e beija-la instantâneamente.

Eu quebrei qualquer distância entre nós, estava tomado por desejo, todos seus beijos eram perfeitos. Me prendia no momento, minhas mãos passeavam por seu corpo.

A garota me puxava pelo pescoço, estávamos a ponto de fazer besteira pela adrenalina.

- Para.- A garota diz entre meus beijos.

- Por que parar? - Eu disse beijando seu pescoço. - Tá chegando na melhor parte.

A garota cede e continua me beijando, estava sedento pelo seu toque. Queria sentir cada vez mais seu corpo, seus beijos, seu sabor.

****
Notas da autora

Oii desculpem a demora tive um dia cheio hoje.

Estão gostando dela escrita no ponto de vista do Tom? Querem que eu volte com a narrativa da essineni?

Será que vem hot no próximo capítulo?

Até mais <3



If Only You Are Mine... | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora