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POV S/N

Eu não sabia o que responder, eu estava surpresa. O tempo todo eu tentei não me iludir, sabendo que Tom não mudaria por mim. Mas eu estava errada.

Em questão de semanas ele me mostrou o melhor de si, me mostrou que realmente importava para ele, demonstrou algo raro; seus sentimentos.

Eu estava pasma com tal revelação, era o que eu menos esperava. Corri buscar palavras em minha cabeça para descrever o que eu sentia. Para lhe dizer que eu realmente correspondia os seus sentimentos.

Mas eu não conseguia, apenas gaguejava quando tentava falar. Isso realmente tinha me acertado em cheio, me deixou mais nervosa possível.

A ansiedade tomou conta de meu corpo, e no momento eu não conseguia pensar em nada. Apenas o abracei e permaneci ali, em silêncio.

Até conseguir raciocinar o que o maior havia acabado de dizer, eu demorei. Demorei tanto que ele teve que me dar um tempo.

Eu fui pra casa naquele dia sem lhe dizer nada, podia ver a decepção estampada em seu rosto. Mas nada era culpa dele, me sentia tão mal em saber que, aquele tempo todo eu havia criado uma fantasia em minha cabeça.

Uma fantasia de um amor proibido, onde não poderia de jeito nenhum me apaixonar por ele, talvez eu estivesse somente omitindo meus sentimentos por todo o tempo.

Quem sabe não consegui dizer uma sequer palavra, pois soava tão errado. Soava tão proibido, dizer que eu estaria apaixonada por ele.

Por dias andei me martirizando, no quanto eu queria lhe dizer que também sentia o mesmo. Que eu também sentia frio na barriga na sua presença, eu que amava seu abraço, ou até mesmo que amava quando ele mexia seu piercing com a língua.

Eu queria, mas não conseguia.

Dizer que o queria apenas pra mim, dizer que por dias meu pensamento se baseava somente nele. Contar para meu irmão que ele realmente quis mudar por mim, e mudou.

Foi então que depois de tanto tempo pensando naquelas palavras me decidi, eu iria ligar. Pedir pra nos encontrarmos, então eu diria o que tanto queria.

Iniciei a ligação, estava ansiosa, estava com frio na barriga, estava sentindo mil coisas ao mesmo tempo. Mas a sensação maior era a de que eu estava apaixonada.

O som da chamada tocava, esperei por momentos. Então se fez presente a voz gravada, de que havia caído na caixa postal. Liguei, liguei muitas vezes.

Talvez até mesmo havia exagerado na quantidade, mas não me importava mais com isso, o que se passava na minha cabeça era o quanto eu queria que ele soubesse que eu era dele.

Queria que tivesse certeza sobre os meus sentimentos, eu esperava que entendesse o porque de não conseguir admitir isso antes, aliás ao menos conseguia admitir isso a mim mesma.

Deixei então meu celular de lado na escrivaninha, desci até a cozinha. Como sempre, ansiedade e tédio eram coisas que me faziam descontar na comida.

Peguei somente um pacotinho de amendoim, subi para meu quarto, quando entrei na porta enxerguei o celular vibrando na mesinha.

Corri atender, a adrenalina me fazia tremer, eu me sentia angustiada, queria logo dizer o que tinha pra falar.

- Oi, você me ligou não? - Ele dizia do outro lado, podia ouvir uma voz entediada.

- Escuta, eu preciso muito falar com vc agora, está ocupado? Eu liguei mas deu caixa postal... - Eu disse apertando.mimha roupa, em uma tentativa falha de aliviar a tensão.

If Only You Are Mine... | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora