Dobra no Tempo

• Insônia amorosa

— Lily! Preciso falar uma coisa com você - Alice disse apressada, puxando a amiga para um canto.

— O que foi, Alice? Aconteceu alguma coisa? - Lily perguntou, notando a expressão preocupada da amiga.

— Estou confusa. Como surgiu essa relação entre a Lene e o irmão do Sirius? Eles são amigos agora? - Alice questionou, visivelmente incomodada.

— Não acredito que eles sejam amigos, nunca os vi conversando - respondeu Lily, também intrigada com a situação. - Eu também achei tudo muito estranho.

— Preocupante, não é mesmo? - acrescentou Alice, preocupada.

— Por que você acha isso? - indagou Lily, ainda sem entender o que estava acontecendo.

— Lily, você não viu a maneira como Régulos olhava para ela? Aquilo não era apenas amizade - explicou Alice, preocupada.

— Ei, Alice, você acha que ele está interessado na Lene? Mas e o Sirius, eles acabaram de se acertar - ponderou Lily, preocupada.

— Não tenho certeza, mas definitivamente algo estranho aconteceu ali - respondeu Alice, incerta.

Enquanto isso, na mesa principal, Teddy observava Selene com atenção.

— O que você tem? - perguntou ele, notando sua expressão preocupada.

— Ela está sentindo algo? - Sirius entrou na conversa, preocupado.

— Não, não é nada disso - respondeu Selene, tentando acalmar os dois. - Estou apenas pensando nas pessoas que deixei para trás.

— Entendo - disse Sirius, visivelmente enciumado.

— Sirius descobre que tem uma filha e, de quebra, ela tem dois namorados - debochou James.

— Um namorado e uma namorada - corrigiu Remus.

— Nenhum dos dois são meus namorados! - Selene esclareceu, constrangida.

— Deixem ela em paz - Marlene disse defendendo a filha.

Naquela noite, Sirius estava lutando para dormir e revirou-se na cama por horas. Finalmente, ele decidiu ir até a sala e lá encontrou Marlene, um dos motivos de sua insônia.

— Parece que virou um hábito nos encontrarmos aqui de madrugada - disse Marlene, dando um sorriso caloroso para Sirius.

— Você também não está conseguindo dormir?- Sirius perguntou, sentando-se ao lado dela.

— Não consigo mais me lembrar da última vez que dormi direito. Tenho medo de acordar e descobrir que tudo isso foi apenas um sonho - ela confessou, parecendo preocupada.

— Às vezes eu também sinto que ainda estou sonhando - admitiu Sirius - Mas não precisa me beliscar, não queremos medidas extremas - acrescentou, provocando um riso suave em Marlene.

Depois de alguns minutos em silêncio, Marlene retomou a conversa:

— Será que vamos conseguir salvá-la?

— Se fomos capazes de trazê-la à existência, podemos salvar-la também, loirinha - respondeu Sirius com confiança, colocando uma mão gentil em seu ombro.