• Natal II

190 17 2
                                    

Harry nunca tivera em toda a vida um almoço de Natal igual àquele. Cem perus gordos assados, montanhas de batatas assadas e cozidas, travessas de salsichas, terrinas de ervilhas passadas na manteiga, molheiras com uva-do-monte em molho espesso e bem temperado -e, a pequenos intervalos sobre a mesa, pilhas de bombinhas de bruxo. Essas bombinhas fantásticas não se pareciam nada com as bombinhas fracas dos trouxas que os Dursley em geral compravam, cheias de brinquedinhos de plástico e chapéus de papel fino.

- Deve ser muito triste não ser bruxo - James disse e Lily o olhou de canto - Não nesse sentido - ele se explicou - Estou falando que nós bruxos temos coisas incríveis, que os trouxas infelizmente não tem acesso

- Realmente - selene concordou - Eu sou uma bruxa a pouco tempo e não tenho nenhuma saudade da vida de trouxa - ela disse e todos riram

Harry puxou a ponta de uma bombinha de bruxo com Fred e ela não deu apenas um estalinho, ela explodiu com o ruído de um canhão e envolveu-os em uma nuvem de fumaça azul, enquanto caíam de dentro um chapéu de almirante e vários camundongos brancos, vivos. Na mesa principal, Dumbledore tinha trocado o chapéu de bruxo por um toucado florido e ria alegremente de uma piada que o Prof. Flitwick acabara de ler para ele. Pudins de Natal flamejantes seguiram-se ao peru. Percy quase quebrou os dentes em uma foice de prata que estava escondida em sua fatia. Harry observava o rosto de Hagrid ficar cada vez mais vermelho à medida que pedia mais vinho e acabou beijando a bochecha da Profa. Minerva, a qual, para espanto de Harry, rira e corara, o chapéu de bruxa enviesado na cabeça.

- Que casal meus amigos - Sirius disse

- É um casal meio estranho - Frank levantou as sobrancelhas

- Vou nem dizer o que pensei - Sirius riu

- Se for pra falar merda é melhor ficar calado mesmo - Marlene falou

- Como é carinhosa a relação de vocês né - JaySix disse

- Amor puro - Remus falou

Quando Harry finalmente saiu da mesa, estava levando uma montanha de brinquedos das bombinhas, inclusive uma embalagem de balões luminosos e não explosivos, um kit para cultivar capixingui, a planta símbolo de Hogwarts, e um jogo de xadrez de bruxo. Os camundongos brancos tinham desaparecido e Harry teve a desagradável sensação de que eles iam acabar virando jantar de Natal para Madame Nor-r-ra. Harry e os Weasley passaram uma tarde muito alegre, ocupados em uma furiosa guerra de bolas de neve. Depois, frios, molhados e ofegantes, voltaram para junto da lareira na sala comunal de Grifinória, onde Harry estreou o seu novo jogo de xadrez, perdendo espetacularmente para Rony.

- É impossível né ganhar do papai no xadrez ele é o melhor - Rose disse

- Em alguma coisa eu tenho que me destacar né - Ron sorriu pra filha

- Para pai você sal...... - Hugo começou a falar

- Shiiiiu - todos os viajantes falaram olhando para Hugo

- Nossa pessoal se acalmem - ele disse com as orelhas vermelhas

- Certeza que esse menino vai nos contar metade dos livros antes da gente chegar no segundo - Régulos disse rindo

Suspeitou que não teria levado uma surra tão grande se Percy não tivesse tentado ajudá-lo tanto. Depois de lancharem sanduíches de peru, bolinhos, gelatina e bolo de frutas, todos se sentiram demasiado fartos e sonolentos para fazer outra coisa senão sentar e assistir a Percy correr atrás de Fred e Jorge por toda a torre de Grifinória porque eles tinham furtado seu crachá de monitor. Fora o melhor Natal da vida de Harry. No entanto, no fundinho da cabeça alguma coisa o incomodara o dia inteiro. Somente quando finalmente se deitou é que teve tempo para pensar nela: a capa invisível e a pessoa que a mandara.

Dobra no Tempo Onde histórias criam vida. Descubra agora