• Trasgo montanhês

316 29 3
                                    

— Lene, ei Lene, espera! - Sirius a chamou indo atrás dela e segurando seu braço

— O que foi Black? - ela puxou o braço com força - Me deixa em paz

— Ei calma, eu só quero conversar com você

— Vai me julgar também?

— Eu já fiz isso alguma vez na vida? - ele perguntou

— Não - ela disse cruzando os braços e desviando o olhar

— Eu nunca vi você chorando - ele disse

— Não estou chorando - ela limpou os olhos

— Ei loirinha para, sou eu o Sirius, não precisa ficar tão na defensiva assim comigo

— Infelizmente eu sou assim Sirius, não posso mudar

— Vamos voltar pra lá, esquece o que falaram

— Não estou chateada com o que falaram, eu exagerei... Mas não era essa imagem que gostaria de passar

— A imagem que a gente tem sobre você é de uma garota maravilhosa, legal e livre

— Tá certo Sirius

— Quem foi que te machucou tanto assim hein? - ele disse tirando o cabelo dela do rosto e colocando atrás da orelha

— Não aconteceu nada Six deixa pra lá - ela forçou um sorriso

— Só uma pessoa machucada e destruída emocionalmente reconhece a outra - Ele disse

— Eu não quero falar sobre isso agora, podemos voltar lá para os livros?

— Claro eu vou sempre te respeitar mas promete que quando se sentir confortável vai falar comigo?

— Prometo - ela disse sorrindo

— Então vamos voltar pra nossa previsão do futuro que está melhor que as aulas de adivinhação

— Realmente - ela disse rindo

— Seu sorriso é lindo - ele falou

Os dois voltaram para a sala e Régulos foi o primeiro a falar

— Ei Lene me desculpa, não queria te deixar mal

— Não precisa se desculpar - ela falou

— Porque tá chamando ela de Lene? - Sirius perguntou

— É o apelido dela não é?

— Para os íntimos

— Vamos voltar a ler? - Remus disse os interrompendo

Talvez fosse porque agora andava muito ocupado com o treino de quadribol três noites por semana alémdos deveres de casa, mas Harry nem acreditou quando se deu conta de que já estava em Hogwarts haviadois meses. O castelo parecia mais sua casa do que a casa da rua dos Alfeneiros.

— Eu também tive essa sensação - Snape disse

As aulas, também,estavam se tornando cada dia mais interessantes, agora que dominara os conhecimentos básicos.
Na manhã do Dia das Bruxas eles acordaram com um delicioso cheiro de abóbora assada que se
espalhava pelos corredores. E, o que era ainda melhor, o Prof. Flitwick anunciou na aula de Feitiços que,em sua opinião, os alunos estavam prontos para começar a fazer objetos voarem, uma coisa que andavammorrendo de vontade de experimentar desde que viram o professor fazer o sapo de Neville sair voandopela sala. O Prof. Flitwick dividiu a turma em pares para praticar. O parceiro de Harry foi SimasFinnigan (um alívio, porque Neville tinha tentado atrair sua atenção). Mas Rony teria que trabalhar comHermione Granger.
Era difícil dizer se era Rony ou Hermione que estava mais aborrecido com isso. Ela
não falava com nenhum dos dois desde o dia em que a vassoura de Harry chegara.
– Agora, não se esqueçam daquele movimento com o pulso que praticamos! – falou esganiçado o Prof.Flitwick, como sempre empoleirado no alto da pilha de livros. – Gira e sacode, lembrem-se, gira esacode. E digam as palavras mágicas corretamente, é muito importante, também, lembrem-se do bruxoBarrufo, que disse “s” em vez de “f” e quando viu estava no chão com um búfalo em cima do peito.Era muito difícil. Harry e Simas giraram e sacudiram o pulso, mas a pena que deviam mandar para oalto continuava parada em cima da mesa. Simas ficou tão impaciente que a empurrou com a varinha etocou fogo nela – Harry teve que apagar o fogo com o chapéu.

Dobra no Tempo Onde histórias criam vida. Descubra agora