• Primeiros Beijos

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Então agora tinham mais uma coisa com que se preocupar: o que poderia acontecer a Hagrid se alguém descobrisse que estava escondendo um dragão ilegal em sua cabana.
–Como será ter uma vida tranquila –suspirou Rony

— A tendência é piorar - Neville disse e os amigos riram

— Mas vai demorar né? Vocês são apenas crianças - Molly perguntou

— Só lendo o livro pra entenderem - Hermione respondeu

Pois noite após noite eles lutavam para dar conta de todos aqueles deveres de casa suplementares que estavam recebendo. Hermione agora começava a programar as revisões de Harry e Rony também. Estava deixando os dois malucos. Então, certo dia ao café da manhã, Edwiges trouxe outro bilhete de Hagrid para Harry. Ele escrevera apenas duas palavras: Está furando. Rony queria faltar à Herbologia e ir direto à cabana. Hermione nem quis ouvir falar nisso.
–Hermione, quantas vezes na vida vamos ver um dragão saindo do ovo?

— Ele tem um ponto - Remus disse

–Temos aulas, vamos nos meter em confusão, e isso não vai ser nada comparado à situação de Rúbeo quando descobrirem o que ele anda fazendo.
–Cala a boca! –cochichou Harry. Malfoy estava a apenas alguns passos e parou instantaneamente para ouvir. Quanto teria ouvido? Harry não gostou nem um pouco da expressão que viu na cara de Malfoy.

— Vai dar merda - Rose disse

Rony e Hermione discutiram todo o tempo a caminho da aula de Herbologia e, no final, Hermione concordou em dar uma corrida à casa de Hagrid com os dois no intervalo da manhã. Quando a sineta tocou no castelo anunciando o fim da aula, os três largaram as colheres de jardineiro e atravessaram a propriedade correndo em direção à orla da floresta. Hagrid cumprimentou-os parecendo vermelho e excitado.
–Está quase furando. –Conduziu-os para dentro. O ovo estava em cima da mesa. Tinha fundas rachaduras. Alguma coisa se mexia dentro dele; fazia um barulhinho engraçado. Todos puxaram as cadeiras para junto da mesa e observaram com a respiração presa. De repente ouviram um som arranhado e o ovo se abriu. O dragão-bebê caiu molemente em cima da mesa. Não era exatamente bonito; Harry achou que parecia um guarda-chuva preto amassado.

— Essa foi a melhor explicação de um bebê dragão que eu já ouvi - James disse

— A imaginação do Harry era muito fértil - Ginny disse

— Era mesmo - ele sorriu pra esposa

— Pelo amor de Merlin me respeitem - Ron disse indignado

— Você que levou pra outro lado - Ginny deu os ombros

— Você acha que os seus sobrinhos nascerem como? - Sirius perguntou provocando Ron

— Não quero pensar nesse assunto - ele disse

— Nem a gente, vamos voltar a leitura - Alvo disse enjoado

As asas espinhosas eram enormes em contraste com o corpo preto e magro, tinha um focinho longo com narinas largas, tocos de chifres e olhos esbugalhados cor de laranja. Espirrou. Voaram fagulhas do seu focinho.
–Ele não é lindo? –murmurou Hagrid. Esticou a mão para afagar a cabeça do dragão. O bicho tentou morder seus dedos, deixando à mostra presas pontiagudas.
–Deus o abençoe, olhem, ele conhece a mamãe! –exclamou Hagrid.
–Rúbeo –perguntou Hermione –, exatamente com que rapidez um dragão norueguês cresce? Hagrid ia responder quando a cor subitamente desapareceu do seu rosto –ele deu um salto e correu à janela.
–Que foi?
–Alguém estava espiando pela fresta nas cortinas, um garoto está correndo de volta para a escola. Harry se precipitou para a porta e espiou para fora. Mesmo a distância não havia como se enganar.
Malfoy vira o dragão.

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