PAIN OF LOVE - TOM KAULITZ

CAPÍTULO 13

"der Verrat"

TOM

— Meu Deus! -me afasto da menina e corro na direção de Hazel. Ela está em cima de uma mesa, prestes a tirar seu vestido.

— Desce daí, sua idiota! -ouço Ivy gritar

Corro para perto.

— Que porra ela ta fazendo? -pergunto

— Tom! Ainda bem, tira ela dali. Toda vez que alguém encosta um dedo, ela dá um coice. -Ivy diz desesperada

— Hazel! Para com isso! -tento segurar seu braço

— Sai, Tomas. Vamos nadar! -ela tenta tirar o vestido novamente. Em volta, há uma plateia de uns 20 caras esperando pelo show. Senti vontade de socar a cara de cada um deles.

— Já chega! -digo com raiva. Não dela.

Puxo Hazel pelas pernas e a jogo em meus ombros, conseguindo finalmente tirar a garota de lá.

— Ei! Quem é você? -pergunta

— Fica quieta. -coloco minha mão na frente da sua bunda, já que seu vestido começa a subir.

— Você é cheiroso, moço. -diz enquanto agarra minha camiseta e inspira fortemente.

Subo as escadas com ela no colo e entro no meu quarto, colocando-a no chão.

— Tom! É você! -ela diz me abraçando. O cheiro de bebida em seu hálito é nítido.

— Sim, Hazy. Voce precisa descansar. -a empurro na cama

— Espera, ta pinicando. -reclama

— O que?

— O vestido. -diz e começa a tirar a roupa.

— Ei, espera. Não tira sua-

Perco a fala quando ela tira o vestido de uma vez, ficando apenas com sua lingerie preta. Uau.

Não consigo afastar meus olhos dela, que me encara na mesma intensidade. Hazel é a menina mais linda que já vi na vida.

Acordo do transe e vou em direção ao meu guarda-roupas. Pego a primeira camiseta que vejo na frente e jogo pra ela.

— É bem grande, fica tranquila. -digo, mas ainda meio hipnotizado

— Ok. Obrigada. -ela diz enquanto coloca a blusa.

— Vê se descansa, tá? -digo indo em direção à porta.

— Tom. -ouço ela chamar assim que minha mão toca a maçaneta. Me viro.

— Você pode deitar aqui até eu dormir?-pergunta

A Hazel sóbria jamais me pediria isso.

— Posso.

Ando até a cama e me acomodo do lado dela. Apago a luz, e depois de alguns minutos me abraça, enfiando o rosto no meu pescoço. Se ela se visse agora provavelmente diria que está possuída.

Hazel tem um cheiro muito bom. Mesmo.
Sua respiração começa a pesar no meu pescoço, a sinto adormecer. Por um segundo desejo ficar aqui pra sempre, porque sei que amanhã ela não vai mais agir assim. Tudo volta ao normal.

[...]

Acordo e vejo no relógio que se passaram 30 minutos. A casa continua a maior barulheira. Pego meu celular e vejo 43 ligações perdidas de Georg. Estamos fodidos.

Me levanto devagar, tentando não acordar Hazel. Saio do quarto e tranco a porta por fora. Essa casa está cheia de adolescentes bêbados, tenho medo do que pode acontecer se algum deles entrar no quarto. Melhor não arriscar.

Ando pelo corredor até que esbarro com a loira de mais cedo.

— Você sumiu. -diz

— É, tive que resolver umas coisas. -respondo

— Quando vamos terminar o que a gente nem começou? -diz se aproximando. Eu honestamente, não estou com cabeça pra isso.

— Acho que agora não seria o melhor-

As palavras fogem da mente quando vejo a porta de um dos banheiros se abrir. De dentro sai uma garota com o batom borrado e os cabelos bagunçados. A mesma arruma seu vestido com uma mão, enquanto a outra segura a mão de alguém.

— Tom? Está aí? -Madison pergunta, mas estou preso na situação a minha frente.

Quando ela finalmente sai do banheiro e fecha a porta, todas as minhas teorias se confirmam. Não posso dizer que estou impressionado, afinal, eu esperava isso dele.

Asher.