CAPÍTULO 19

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"unzureichend"

HAZEL

Já se passaram alguns dias desde o ocorrido com Asher e desde então, não ouvi falar dele. Não voltei a casa dos Kaulitz, estou me sentindo pra baixo e sem energia alguma. Vou de casa para a escola e vice-versa.

Estamos em março, minhas aulas acabam em julho. O fim do colegial, o fim de tudo. Ainda me pergunto sobre como será quando tudo acabar.

Minha mãe vai concordar em me deixar fazer faculdade de artes? Como vai ser minha relação com Ivy? Tia Amelia?

Os meninos...

Por falar nisso, Bill me liga constantemente. Gustav e Georg ligaram também. Vez ou outra ouço Tom perguntar no fundo da ligação se estou bem. Sei que ele é orgulhoso e não dá o braço a torcer, afinal, nossa relação sempre foi meio fria.

Me reviro na cama enquanto deixo a ansiedade consumir meus pensamentos, até que ouço batidas na porta.

— Hazel, é pra você. Um tal de Bilo, Bily. Sei lá.

Era minha mãe. Ela me estende o telefone e sai do quarto. Me impressiona que tenha batido na porta antes de entrar.

— Bill? -coloco no ouvido.

Haze! Como está? -pergunta, animado.

— Estou indo. -suspiro- Mas vou ficar bem.

Conversamos por algum tempo até que ele inicia um novo assunto.

Então, H...

— O que aconteceu? -pergunto preocupada com seu tom de voz.

Calma, não é nada. -ele me tranquiliza- Fiquei sabendo que queria fazer uma exposição e conseguir algumas fotos legais pro portfólio...

— Como-

Ele me interrompe.

Isso não vem ao caso. Bom, talvez um certo iceberg tenha deixado escapar.

Ivy. Você me paga.

Continuando. -ele limpa a garganta- Sei que pode parecer estranho, mas surgiu algo que pode ser bom pra você. Veja isso como uma oportunidade. -discorre

— Estou ouvindo.

Vamos fazer alguns shows pela Europa em Junho. Não chega a ser bem uma turnê, é bem mais curto que uma...

— Não consigo ver onde me encaixo nessa história. -digo, ainda confusa.

Queria saber se aceita ser nossa fotógrafa. -solta, finalmente- Tudo bem se não quiser claro, só achei que-

— Você tá brincando, Billy?! É claro que eu quero! -grito pelo telefone, me levantando e dando pulos na cama.

Ouço seu suspiro de alívio do outro lado da linha.

Fiquei com medo de estar perguntando isso em um momento delicado pra você, mas fico feliz que tenha gostado da ideia, H.

— Isso é incrível! Iria me ajudar completamente. -digo animada.

Você foi meu primeiro pensamento. Acha que pode vir aqui mais tarde?

— Claro!

Ótimo então! Amo você, beijos. -diz, se preparando para desligar.

— Bill, espera!

Oi.

— Obrigada.

[...]

Acabo de chegar na casa dos gêmeos. Deixo minha bicicleta na entrada, jogada no chão mesmo. Tom sempre me insulta porque não uso o pezinho para deixa-la em pé, mas não ligo.

Já estou acostumada a vir aqui, então somente abro a porta, que está sempre destrancada. Eles vivem em um condomínio de luxo e com seguranças rondando as ruas, acho que nesse caso explica o descuido.

Chamo por alguém, mas ninguém responde. De repente vejo Georg descendo as escadas.

— Oi Hazel! Os meninos estão no estúdio. -me cumprimenta e responde antes mesmo que eu pergunte. Dou um sorriso e o cumprimento de volta.

Ando até o estúdio, tentando não me perder na enorme mansão. Mesmo após meses me parece grande demais.

A porta está entreaberta, antes que termine de abrir, ouço uma voz.

— E você não me consultou? -Tom reclama. Consigo ver sua típica cara cínica pela fresta.

— Claro que não. Não preciso da sua opinião. -Bill devolve- Tenho certeza que a Hazel vai se sair muito bem!

— Espero que sim, senão vou jogar na sua cara até que queira morrer. Ela nem é profissional! Já viu alguma foto que ela tirou por acaso? -ele discute, suas mãos estão na cintura. Ele está sem o típico boné, deixando seus dreads a mostra.

— Você me irrita muito as vezes! Eu confio nela. Hazel precisa de experiência e mais fotos pro portfólio. Sabia que vai fazer uma exposição?

— Grande coisa! Ela vive com aquela câmera pendurada no pescoço e sempre nos fotografa, mas nunca vi nenhuma foto.

— E isso não é bom? -Bill coloca a mão na cintura.

— Claro que não. Talvez seja porque as fotos ficam ruins. Nunca pensou nisso? -Tom gesticula, como se fosse óbvio.

Isso doeu um pouco.

Consegui escutar minha mãe falando ali, a diferença é que magoou mais por ter vindo de Tom. Talvez eu não devesse aceitar esse trabalho.

Sinto meu rosto esquentar, os olhos arderem. Não posso chorar aqui.

Quando me viro para ir embora, a porta é aberta por Tom.

Seus olhos se arregalam. A boca de Bill se abre em um "o".

— Me desculpem. -enxugo o rosto com a manga da blusa e saio correndo.

Não deveria ter considerado isso. Nunca.

Talvez minha mãe esteja certa.

———-

VOLTEI! Esse capítulo ta curtinho, peço desculpa por isso😗

E prometo não sumir mais, espero que estejam gostando🫶🏻

(em breve vou postar a playlist da fic pra vocês

PERGUNTA SERIA:

vocês querem hot na história?

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