Capítulo XVI

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Doida

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Doida. Eu estava ficando doida, maluca, lelé da cabeça. Só podia ser isso. E ele era o culpado. Dominick Cinderela Irritante Metido Seraphim era o único culpado por isso.

Qual o problema dele?

Não consegui fazer nada direito hoje no Lore Vincent por culpa dele. No ballet, tropecei porque estávamos dançando e olhando um para o outro, no treino então sem comentários.

Eu quase caí e ele me segurou. Por que ele tinha que me segurar daquele jeito?

E quando trocamos os parceiros. Eu sentia o peso de seu olhar sobre mim e me desconcentrava, errava e desequilibrava. Tinha certeza que era isso que ele queria.

Menti sobre Maryane me dar carona, sobre não querer e precisar dele. Meu orgulho falou mais alto. Não podia lidar com ele, com isso. Não queria.

Minha mente só estava me pregando uma peça por passar tanto tempo com meu rival. Não podia ter distrações, tudo tinha que ser perfeito e minha vida pessoal e amorosa era tudo, menos perfeita.

Cheguei cinco minutos atrasada e levei outro sermão.

Suco para um, lanche para outro. Eu ia de mesa em mesa, cliente em cliente. Às vezes me perguntava como uma lanchonete vegana fazia tanto sucesso. Gosto da ideia dos veganistas, mas não abandono meu hambúrguer no dia de besteira.

Ao fim do expediente, tarde da noite, me sento em uma cadeira e termino meu chá. Avisei Avery que comeria na Pop-V, então não precisava fazer mais comida.

Tudo o que eu queria era me deitar na cama e dormir pra sempre.

Sem ter que lidar com trabalho, competições, sem... Sem ter que lidar com a Cinderela.

Caminho até o ponto de ônibus mais perto e completamente deserto. Em poucos minutos, o transporte chega. Me acomodo em um assento perto da janela e por um momento, pensei ter visto o carro do loiro.

Olho de novo pela janela e não vejo nada além da noite e da rua vazia.

Estou falando que estou ficando doida.


Tomei a decisão de que iria voltar a fazer o que eu fazia antes de tudo isso: ignorar completamente a existência de Dominick

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Tomei a decisão de que iria voltar a fazer o que eu fazia antes de tudo isso: ignorar completamente a existência de Dominick. Mas não daria certo, claro. Éramos a droga de parceiros e todas as vezes que eu olhava em seus olhos, uma sensação estranha me atingia.

- Olhos nos olhos - Jonas falava enquanto fazíamos nossa dança sem os patins e sim com meias no piso de madeira. E sim, minhas meias eram iguais, eu não fui mais com sapatos errados. Terminamos de dançar e ele nos encarava com um sorriso. - Isso tá ó... - ele fez um gesto de beijo no ar com as mãos - uma bosta. O que aconteceu com vocês?

- Nada - respondo rápido. - Que droga, Cinderela - reclamo quando ele me deixa cair no chão.

- Você quem soltou da minha mão, Linda.

- Não soltei não. Você tem que me segurar mais forte.

- Assim eu te machuco, idiota.

- Idiota é sua mãe.

- Realmente, ela é sim - ele falou depois de pensar um pouco. Falei merda. - Mas não vem ao caso. Eu posso te machucar.

- Você não me machucaria, eu sei disso. Você não machuca nem uma mosca.

- É claro que eu não te machucaria, mas sou forte que você.

- Ah, pronto, falou a musculosidade em pessoa.

- Então me acha musculoso, linda? - Senti minhas bochechas corarem.

- Como eu disse: você não machuca nem uma mosca.

Jonas olhava de um para o outro com uma cara de tédio. Ele bateu uma mão na outra e paramos de falar com o susto.

- Pelo amor de Deus! Lindsay, minha flor, você precisa pular, só isso, você sabe como fazer isso. - Tentávamos fazer um passo onde Dominick deve me segurar de cabeça para baixo, mas antes de mesmo de ele me erguer, nós nos desequilibramos, bom ele quem desequilibra e me faz cair. - Dominick, meu querido anjo, você só tem que pegar ela.

- Nem gripe ele pega - comentei baixo, mas a Cinderela antes do Bibbidi-Bobbidi-Boo escutou.

- Repete - ele mandou.

- Me obriga - dou um passo parando em sua frente de braços cruzados, nossa diferença de altura claramente visível.

- Por que você é assim, hein?

- Assim como? - ele ficou quieto somente analisando meu rosto. - Vamos seu mimadinho, diga, assim como?

- Chata.

- Irritante.

- Mesquinha.

- Vai virar abóbora e me deixa em paz.

- O que vira abóbora é a carruagem, Simba.

- Grrr! - bufei irritada.

Eu tinha que fazer isso, implicar com ele. Acabamos nos aproximando de um jeito estranho e eu tinha que me afastar do jeito que dava. Não podia deixar isso acontecer. No fundo, sempre soube que era apaixonada por Dominick Seraphim.

Eu só não posso deixar que esse sentimento aumente.

So This Is -Love- HateOnde histórias criam vida. Descubra agora