Capítulo XXIX

1.1K 111 42
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Pisco perplexa quando me dou conta de que ele já saiu do quarto. Eu estava me sentindo estranha, um estranho bom. Ou nem tanto. Sei que mereço isso por ter brincado com ele na outra noite, mas isso não ia ficar assim.

Se a Lindsay de alguns meses atrás me disse que eu faria o que estaria prestes a fazer, eu riria na cara dela e diria que ela estava louca.

Ah, mas eu estava louca!

Ter ele tão perto assim de mim fez com que o restinho de autocontrole que eu tinha se esvaísse. Como disse: eu estava louca.

Me desencostar do móvel e saí do quarto a passos rápidos e determinados. Por sorte eu o encontrei ainda no corredor, de costas e mexendo em seu celular.

— Isso não vai ficar assim — declaro e o faço se virar a força para mim.

— O qu... — antes que ele pudesse completar o que ia dizer, eu o beijei. E se estar tão perto dele daquele jeito me deixava arrepiada, beijar ele me deixava ainda mais.

Passei meus braços pelo seu pescoço. Ele ainda parecia paralisado, mas quando entendeu o que estava acontecendo, ele retribuiu o meu beijo. Suas mãos fortes que tanto conheço bem, me agarraram na cintura e me aproximaram ainda mais de seu corpo que não estava com camiseta alguma. Estava acostumada com ele me segurando pela cintura, mas não desse jeito. E claramente, eu preferia esse jeito.

Nos beijávamos com uma urgência, como se, e de fato, estivessemos esperando por isso há muito tempo. Nossos lábios e línguas estavam em sincronia um com o outro. Era muito bom. Era perfeito.

Tivemos que nos separar pela falta de ar. Seus olhos azuis brilhavam de uma maneira intensa e ele sorria maroto. Tenho certeza de que eu estava do mesmo jeito. Sem esperar mais um segundo sequer, ele grudou seus lábios macios no meu novamente e me apoiou na parede, com minhas pernas em sua cintura. Arquejei de surpresa com o ato repentino, mas tratei de retribuir logo.

Dominick explorava meu corpo (mais do que ele já conhecia), enquanto me beijava. Minha mão desceu de seu rosto e foi para seu peitoral exposto, com um tanquinho que gostei de trilhar com meus dedos.

Só beijei um cara em toda a minha vida e ele tinha sido um completo babaca comigo. Não sabia se eu beijava bem ou não, mas agora sabia que a minha Cinderela beijava absolutamente bem.

Nos separamos com falta de ar e ele mordeu meu lábio inferior e logo deixou alguns selinhos. Respiramos com dificuldade, sua testa encostada na minha.

— Caramba, linda — ele disse rouco e ofegante o que me deixou mais louca ainda. Depositei outros selinhos naquela boca deliciosa dele e sorri junto com ele, nossas bocas ainda próximas.

— Agora posso dormir em paz — sua cabeça foi para tras enquanto ele ria, ainda me segurando.

— Você acha mesmo que vou te deixar dormir depois disso? — ele falou baixo, perto do meu ouvido e me arrepiei.

— Ah, você vai sim.

— Não — ele começou a passar seu nariz pelo meu pescoço e apertou mais a minha cintura. Respirei com dificuldade.

— Tarado.

— Tarada é você que veio me beijando no meio do corredor. Se soubesse que tinha que fazer o que fiz para você me beijar, eu teria feito isso há muito tempo — revirei os olhos fingindo estar entediada e ele me beijou de novo. Dessa vez, um beijo mais calmo, apaixonado. — Você é minha Lindy. Só minha — ele disse após nosso beijo.

— E você é meu, só meu — o beijei de novo. — Mas — disse entre beijos, — eu estou muito cansada e sei que você também está.

— Para você eu nunca fico cansado — ele trilhou uma linha de beijos pelo meu pescoço e eu fechei os olhos aproveitando a sensação. — Mas tudo bem, vamos descansar.

Ele me desencostou da parede e eu o abracei, sentindo seu perfume. Do jeito que eu estava, ele me carregou até seu quarto e me deitou na cama com cuidado. Antes que ele pudesse se afastar, o puxei para mais um beijo. Não precisei falar nada. Ele se afastou relutante e fechou a porta. Logo se deitou ao meu lado e me abraçou, fazendo carinho no meu braço.

— Esperei muito tempo por isso, Simba.

— No fundo eu também — confessei olhando em seus olhos. Ficamos assim por um tempo, trocando carícias gostosas. Pensei que ele já estava dormindo quando disse, claramente com sono:

— Você é minha princesa, certo?

— Oi?

— É, pensa bem: a Cinderela foi ao baile e no fim ficou com o príncipe. Se eu sou sua Cinderela, você é minha princesa, não é? Embora seu nome seja King.

— Não sabia que você com sono era tão fofo assim — comentei. Se não fosse pela fraca luz da lua que invadia o quarto, eu poderia afirmar que o vi corando. — Mas sim, gostei dessa analogia.

Ele sorriu e me deu um beijo na cabeça. Fechou os olhos enquanto eu passeava com meus dedos pelo seu cabelo. Quando o ajudei no hospital, nem tinha me dado conta do que estava fazendo. Gostei de brincar com seu cabelo, e podem ter certeza que ele está completamente bagunçado agora, ainda mais depois da nossa pegação no corredor.

— Eu preciso te confessar duas coisas — bufei cansada.

— Confessa amanhã — disse com uma voz de sono e o abracei ainda mais, quase ficando por cima dele.

— Sabe aquele seu ex? — murmurei uma resposta. — Eu fiz ele terminar com você — levantei a cabeça e olhei para ele. — Eu sabia que ele não servia para você, então o ameacei de quebrar a cara dele se ele te fizesse mal. Ainda bem que fiz isso.

— Você é inacreditável! Mas tem razão, ainda bem que fez isso. Obrigada. — senti seus dedos subir e descer sob minhas costas por debaixo do pijama que ele me emprestou. Pensei que enfim poderíamos dormir. Estava enganada.

— Linda? — murmurei outra resposta. — Namora comigo? — meu coração parou.

Sim, mil vezes sim, eu queria dizer. Mas não seria tão fácil assim.

— Faça um pedido direito, minha Cinderela, aí eu te respondo — senti seu corpo tremer enquanto ele ria baixinho.

— Tá bom, mas saiba, meu amor, que a partir de hoje, vou te apresentar como minha namorada para todo mundo de qualquer jeito.

Meu amor. Ele tinha me chamado assim. Eu estava com muito sono, mas meu coração não parava de se atropelar dentro do peito.

— Ok, amor, eu também vou fazer isso com você, mas ainda quero o pedido — me levante o suficiente para ver sua carinha de bobo apaixonado e lhe dei dois selinhos. No terceiro, ele me beijou calmamente e não pude deixar de sorrir. — Agora vai dormir.

É... Agora é oficial, ou nem tanto ainda. Mas a Cinderela metida, arrogante, irritante, mimadinha e linda, agora era a minha Cinderela metida, arrogante, irritante, mimadinha e linda.


***


AAAAA!!! Finalmente saiu o beijo deles!!!

O que vocês acharam?? Eu surtei escrevendo... 

Estamos bem pertinho da reta final, preparem os corações!!! 

Beijuu

So This Is -Love- HateOnde histórias criam vida. Descubra agora