Nas mãos de um Alfa Lúpus (Abo/Bl)

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Alerta de gatilho!⚠️

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Não é amor controlar o outro, manipular, menosprezar, procurar o outro só para fins sexuais, enganar, mendigar amor ou atenção, implorar para receber o mínimo, desistir de si para amar ao outro sem receber absolutamente nada. O amor é uma balança, onde ambos precisam trabalhar juntos e estar em sincronia para que nenhum fique abaixo do outro e sim igual, lado a lado.

Enrico não fora capaz de lhe oferecer o mínimo, mãos sujas tocavam seu corpo delicado enquanto o alfa de merda tragava um cigarro, se deliciando com aquela visão asquerosa.

Era tão satisfatório para ele, e tão agoniante para si, esperava receber um pouco de amor no começo daquele inferno que todos rotularam como relacionamento, mas não, só recebeu maus tratos, é tão difícil se desvincular de um abusador quando a todo instante ele lhe prende em uma teia de mentiras e falsas promessas, onde a expectativa crescer após cada promessa dita, isso é tão torturante, a dependência emocional é torturante.

Ettore ainda era capaz de sentir as mãos desconfortáveis e asquerosas sobre o seu corpo, às vezes era impossível dormir em paz quando sonhava quase sempre com as mesmas memórias, era infernal viver dessa maneira, sempre com medo, sempre paranoico, sempre assustado ou em alerta, era infernal sentir todas aquelas sensações asquerosas em seu corpo, em sua mente.

Sua pele ficava quente como se brasas estivessem presentes sobre seu corpo, sua respiração ficava gradativamente descompassada, sua boca seca, seu coração batia como um louco em busca de descanso, sua mente vazia, morta em pensamentos, e seu corpo era brutalmente espancado, usado, sempre fora assim, sempre era usado como um saco de pancadas para acalmar a fúria de seu marido, um depósito de porra.

Era difícil acreditar novamente na palavra de um dominante, onde o mesmo fazia promessas de cuidar, de lhe amar, de lhe proteger, de lhe valorizar, e de cuidar do seu físico e emocional, mas no fim era apenas falsas promessas.

Nesse momento ele estava perdido da realidade, como se em seu organismo circulassem drogas, sentia mãos em seu corpo e temeu ter voltado para a realidade de sempre e tudo que tivera presenciado anteriormente fosse apenas alucinações de sua mente fantasiosa que pedia e necessitava de descanso, abriu seus olhos rapidamente sem ao menos se acostumar com a claridade excessiva da luz, precisava descobrir onde estava, com quem estava ou se ainda vivenciava seu inferno diário, observando com estranheza ao seu lado estava "seu alfa" e um alfa desconhecido.

Temeu pela sua vida, não estava em "seu território" habitual, por mais que nada daquela casa fosse seu, ou muita das vezes precisava de permissão para tocar em certos objetos ainda assim estava acostumado com a situação, precisava saber como funciona as regras na casa do alfa, sua personalidade, seus gostos e como séria tratado.
Seu corpo arrepiou-se ao sentir o toque quente do alfa sobre a palma da sua mão.

-Angelo mio, come ti senti? Sei svenuto, ero completamente spaventato, non vedevo l'ora che ti svegliassi, ho dovuto chiamare il mio medico di fiducia.- (Meu anjo, como você está se sentindo? Você desmaiou, eu estava completamente assustado, mal podia esperar para você acordar, tive que ligar para o meu médico.)

Ettore observou o cômodo ao seu redor, todo o quarto continha o cheirinho forte do alfa, mesmo estando ao lado de outro alfa o seu cheiro não anulava o cheiro de Tommaso.

-O meu corpo inteiro dói.-Respondeu, tocando na região da sua barriga onde um pequeno incomodo se localizava naquela região.

-Angelo mio, durante os últimos dias têm sentido alguns sintomas incômodos?-Perguntou, acariciando o rosto delicado do ômega, do seu pequeno ômega, o ômega que sua mãe sempre prometeu que um dia chegaria para mudar sua vida, que séria seu sol e mudaria seus dias trazendo um colorido novo para os seus dias obscuros.