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O lúpus adentrou a mansão farejando todo o ar, dominado pelos seus instintos rapidamente encaminhou seus pés até as escadas, seus olhos permaneciam em um vermelho carmesim intenso, seu lobo dominando todas as suas emoções.
Ettore estava deitado confortavelmente na cama, sua respiração estava ofegante, e seu lobo se remexia em agonia, uma dor insuportável, agonizante tomava conta do seu corpo, suas mãos seguravam sua barriga com medo de algo ruim acontecer com seu filhote.
Tommaso caminhou em passos rápidos até o quarto principal, onde estava dividindo o mesmo com o seu ômega, a porta fora aberta bruscamente, assustando o pequeno que se encolheu na cama.
— Ettore. - O lobo lúpus anunciou sua chegada, aumentando o seu cheiro, a fim de acalmar o ômega, andando em passos curtos até a cama, onde se sentou.
— Sim, alfa. - Redarguiu, levantando-se, encontrando os olhos avermelhados do alfa.
As mãos de Tommaso acariciaram a pele leitosa, e gordinha das bochechas do ômega, o mesmo ronronou como um felino manhoso, em busca de mais carinho.
— Você é meu, inteiramente meu, aquele alfa de merda, que se intitulava como seu marido a essa hora está fazendo companhia ao diabo. Ele nunca mais lhe fará mal, nunca mais tocará aquelas mãos imundas em sua pele bela, e leitosa, jamais lhe fará chorar novamente, ou irá lhe insultar, porque eu sou o seu verdadeiro alfa, esse filhote é meu, e nada do que aquele alfa falou um dia é verdade. - Sua voz estava carregada de ira, para um lúpus ver outro alfa difamando seu predestinado era motivo de morte, aquilo tocava no seu mais íntimo, remexendo suas entranhas, seu lado mais sádico, possessivo.
Seu cheiro estava forte demonstrando sua presença lupina, suas mãos tocavam com mais força a face do ômega, e sua respiração estava ofegante.
Ettore ainda estava com receio de fazer movimentos bruscos e o lobo alfa atacá-lo, era a primeira vez que conversava com a parte animal do seu alfa.
— Alfa, meu corpo inteiro dói. - Sussurrou aproximando-se mais do lúpus, mesmo com medo precisava amenizar aquela dor.
O lobo tocou carinhosamente na barriguinha do ômega, fazendo suaves movimentos ali, Ettore respirou em alívio, a dor estava consumindo seu corpo lentamente, e era o suficiente para deixá-lo inseguro em relação à segurança do seu filhote.
— Mio piccolo angelo, não se preocupe, seu corpo está reagindo à morte de Enrico, mesmo sem a presença da marca sua estrutura biológica será afetada. - Lágrimas banhavam sua face, o alfa segurou sua cintura puxando-lhe para um abraço, beijando carinhosamente sua testa.
— Eu te amo tanto Ettore, você não imagina a intensidade dos meus sentimentos, eu nunca amei ninguém como eu amo você, você é o primeiro que conseguiu me conquistar, e conquistar minha parte humana também, você é a luz que ilumina a minha escuridão, você preenche o meu vazio, me completa, me torna humano, gentil, amoroso, solidário, me torna vivo, me torna alguém bom. Enrico, me comparou com alguém sádico, sem coração, mas você me torna humano, só você tem esse poder. Desde o princípio eu sabia que você era meu predestinado, sabia dos seus traumas, medos, e do filhote, mas ao contrário de muitos alfas, eu não me importo se esse bebê carrega o sangue de outro alfa, ele é meu filhote. Enrico só foi o doador do esperma, quem irá amar, cuidar, passar noites e noites acordado ao seu lado, serei eu, eu irei cuidar do nosso filhote, irei educá-lo, ensinar a respeitar todos ao seu redor, mas também irei ensiná-lo a ser um verdadeiro líder, eu sou o pai desse pacotinho de amor que está fazendo morada em seu ventre. Então, eu peço que aceite os meus sentimentos, e que apesar dos medos, inseguranças, e traumas que carrega, que me deixe mostrar como é ser amado verdadeiramente, como é bom viver um amor leve, saudável, recíproco.
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Nas mãos de um Alfa Lúpus (Abo/Bl)
RomancePreso em um casamento arranjado e abusivo Ettore forá obrigado a ser casar com Enrico, um alfa aspirante a ladrão que cruza o caminho do bando de Tommaso Bianchi, o alfa lúpus mafioso temido por toda a Itália. Respeitando o antigo código de conduta...