𝟬𝟬-𝟮

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— Já deviam ter voltado — Sue disse depois de dez minutos encarando o relógio pendurado na parede

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— Já deviam ter voltado — Sue disse depois de dez minutos encarando o relógio pendurado na parede. Ela se levantou do sofá e começou a andar de um lado para o outro, ansiosa demais para continuar parada.

— Só estão um pouco atrasados, Sue. E nós contávamos com imprevistos — Cora lembrou, em uma tentativa de tranquilizar a jovem.

— E se aconteceu alguma coisa? — Perguntou a menina, encarando a mais velha com seus olhos azuis receosos — eu devia ter ido com eles...

— Ainda não se recuperou das feridas em suas costas, criança. Não por completo — a mulher disse, apoiando-se em sua bengala para levantar —, você já fez o suficiente quando nos ajudou a elaborar a estratégia para o resgate.

Sue arquejou de susto quando um criado entrou no escritório, trazendo um carrinho com um bule de chá e uma torta de chocolate. Ele serviu um pedaço do doce para as duas mulheres e começou a servir as xícaras de chá.

— Você não come nada desde que acordou — Cora disse, indicando uma das cadeiras para Sue —, sente-se e coma. Pedi que Marli fizesse sua sobremesa predileta.

Sue ia contestar, mas viu que Cora não estava disposta a ter uma discussão. A mais jovem se sentou e deu um meio sorriso para o homem que estava saindo da sala depois de deixar o chá e a torta ali.

— Acha que conseguiram passar despercebidos? — Sue perguntou enquanto pegava o açucareiro e despejava colheres e colheres de açúcar em sua xícara de chá.

— Vamos descobrir quando eles chegarem — Cora respondeu simplesmente, ao se sentar ao lado de Sue e pegar um dos talheres para comer seu pedaço de torta.

Se eles chegarem...

— Não diga isso, menina! — A mais velha esbravejou, exasperada — eles estão a caminho. Esperar pelo pior não vai fazê-los chegar mais rápido.

Parecendo que para contrariar Cora, o som do trotar dos cavalos foi ouvido pela janela do escritório. Sue levantou-se de supetão e seguiu até ela, avistando as duas carruagens que estavam seguindo até a frente da mansão.

Ela abriu um sorriso de alívio antes de deixar o escritório e correr para o salão principal. Tinha se passado algumas semanas desde que Sue tinha ajudado os amigos de Cora a elaborar um plano para salvar um grupo de escravos da Toca dos Lobos.

As feridas em suas costas tinham finalmente fechado, mas Sue ainda as sentia, como um fantasma. Tinha dias que ela gritava por Cora desesperada, jurando que seus cortes tinham aberto de novo.

A curandeira tinha avisado que após tanto horror, era comum que Sue tivesse algumas alucinações. Mas era mais do que isso. Ela tinha pesadelos. Era assombrada por Santiago quase todas as noites.

Quando finalmente as portas da mansão foram abertas, ela viu os cinco integrantes do grupo de Cora, os mais jovens, saindo das carruagens. O grupo de escravos tinha sido dividido entre os dois veículos, e estava descendo com certo receio.

𝗘𝗠𝗣𝗧𝗬 𝗦𝗢𝗨𝗟𝗦, acotar; azriel Onde histórias criam vida. Descubra agora