𝟬𝟮

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Azriel acordou, ouvindo aquele som estranho novamente

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Azriel acordou, ouvindo aquele som estranho novamente. Há poucos anos, ele acordava alguns dias escutando o som de um chicote estalando em sua mente. Podia jurar sentir o cheiro de sangue, ouvir gritos de agonia e conseguia sentir um misto de amargura, dor, medo e fúria.

Ele sentou na cama, e suas sombras aumentavam em seus ombros, como se estivessem dando-o bom dia e confortando-o pela sensação ruim que havia crescido em seu peito.

— Estou bem — disse, tranquilizando-as. Levantou, respirando fundo antes de abrir a cortina e estreitou os olhos pela claridade que vinha do lado de fora da janela. O dia estava brilhante, e por isso, fechou as cortinas novamente.

Depois que já estava pronto, deixou a Reveladora da Verdade em seu cinto, umas adagas menores dentro de suas botas e ajeitou os Sifões presos ao dorso de suas mãos.

Pretendia treinar, mas sabia que tinha que resolver um assunto antes. Com Elain.

Não estava com fome. Pensar na conversa que teria com a fêmea o fez perder qualquer sombra de apetite que poderia ter. Mas era necessário. Era o certo.

Desceu as escadas, passando para trás as mechas escuras e molhadas de seus cabelos que caíam por seus olhos. Ao abrir a porta para poder sair, viu que Morrigan já estava do lado de fora.

— Feyre me contou sobre nossa convidada — disse, dispensando a formalidade posta de um simples "bom dia". Ela sorriu, erguendo as sobrancelhas uma vez antes de entrar —, vim dar as boas-vindas.

— Ela está lá em cima, no segundo quarto à direita — Azriel respondeu ao passar pela porta, o rosto neutro. — Preciso fazer uma coisa agora.

— Tudo bem, eu faço companhia para ela — balançou a mão, como se isso enfatizasse sua fala. — Rhysand disse que precisa de todos nós na casa dele daqui a alguns minutos.

— Certo — deu um pequeno aceno de cabeça. Era para lá que estava indo, de qualquer forma.

Viu Morrigan girar nos calcanhares e seguir em direção às escadas. Se virou, fechou a porta e deu poucos passos antes de atravessar para o jardim da propriedade de Rhysand e Feyre.

A loira seguiu até o quarto que Azriel tinha citado e deu batidas leves na porta, esperando não acordar a mulher, caso ainda estivesse dormindo. Mas pela forma que Rhysand e Feyre tinham descrito-a, pensou que Sue não teria um sono pesado, não ali, com vários feéricos ao redor. Deu mais algumas batidas contra a madeira ao não ter resposta da jovem, estranhando.

— Sue? — chamou, se aproximando mais da porta para ver se conseguia ouvir algo de dentro do quarto, mas não foi respondida. Abriu a porta lentamente, olhando o cômodo por uma brecha antes de entrar. A mulher não estava ali.

— Sue? — insistiu, olhando ao redor, e então ouviu um grunhido raivoso vindo do banheiro.

— Quem é? — a jovem quis saber, sentada na banheira. Sua voz saiu grossa e irritadiça, enquanto ela tentava desembaraçar o cabelo molhado.

𝗘𝗠𝗣𝗧𝗬 𝗦𝗢𝗨𝗟𝗦, acotar; azriel Onde histórias criam vida. Descubra agora