‧₊˚𝗔𝗟𝗠𝗔𝗦 𝗩𝗔𝗭𝗜𝗔𝗦 ‧₊˚
Sue passou anos procurando por um artefato mágico que ajudaria a salvar centenas de humanos. O que ela não sabia, era que o Encantador de Sombras da Corte Noturna estava procurando o mesmo objeto para destruir Koschei...
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— Não foi isso que eu pensei quando você disse que íamos começar as minhas aulas de espionagem...
Sue reclamava sem parar, folheando um livro antigo na biblioteca abaixo da Casa do Vento. Estava lá há dez minutos e já estava morrendo de tédio.
— Não pensou que começaria com missões em campo, pensou? — Azriel perguntou em seu tom de sempre: frio e irritante.
O Encantador de Sombras decidiu tirar proveito da situação. Ajudaria Sue a entender sobre espionagem, dando-a tarefas que pudessem ser feitas o mais distante dele quanto fosse possível e que levassem muito temp0. Assim, o caos que sua mente e corpo viravam perto da humana, chegaria ao fim.
— O que eu tenho que fazer mesmo?
— Procurar por todas as informações possíveis sobre a Corte Outonal, principalmente sobre a história de Beron Vanserra. Segredos da corte, inimigos, fraquezas, leis, tudo.
— E por quê?
— Porque Beron está atrás de Koschei, e caso ele esteja tendo um progresso melhor que o nosso, temos que lidar com o Grão-Senhor antes que ele liberte o feiticeiro. Você está buscando informações para criarmos uma estratégia.
— E o que você vai fazer enquanto isso? — Sue quis saber, o cenho franzido em insatisfação.
— Tenho outros assuntos para tratar — respondeu ele simplesmente, prestes a dar as costas para a mulher — quando quiser mais livros, peça a uma das sacerdotisas. E não fique as incomodando com os seus comentários obscenos.
— A cada minuto que você fica aqui, eu tenho mais e mais comentários em mente — ela retruca, aborrecida, vendo-o seguir para a saída.
[...]
Horas se passaram e Sue estava morta de fome! Sua barriga roncava tanto que a mulher não conseguia ouvir os próprios pensamentos. Mas continuaria ali porque estava focada em provar seu valor. E também porque não tinha ideia de como deixar a Biblioteca sem ter que descer centenas de degraus.
— Aqui está — uma sacerdotisa ruiva e muito gentil se aproximou, deixando mais três livros enormes por cima da mesa de Sue —, mais livros sobre a história da Corte Outonal.
— Obrigada — a mulher agradeceu, tentando formar um sorriso nos lábios para a Grã-Feérica. Depois de alguns segundos, Sue disse: — Eu acho que já te conheço.
— Do treino com as Valquírias, sim — o sorriso da ruiva torna-se maior quando ela estende a mão —, sou a Gwyneth.
— Oi, Gwyneth — Sue segura a mão da ruiva, sorrindo de verdade agora —, sou a Sue.
— Eu sei — ela ri —, você virou notícia por aqui, não é todo dia que vemos um humano, sabe.
— Queria dizer o mesmo, mas já vi mais Feéricos do que posso contar — o comentário foi para fazer graça, mas criou um gosto ácido na boca de Sue. Sim, ela já conheceu muitos Feéricos. E odiou a maioria.
