𝟮𝟲

2.1K 274 46
                                    

Azriel foi o primeiro a deixar a segurança dos milheiros, tão silencioso que o macho não notou sua presença

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Azriel foi o primeiro a deixar a segurança dos milheiros, tão silencioso que o macho não notou sua presença. Com um golpe rápido, o Encantador de Sombras segurou em um dos ombros dele com uma mão, e com a outra, sua cabeça.

E quebrou seu pescoço.

O illyriano carregou o corpo inerte para dentro do milharal, onde Sue ainda estava agachada, seu pulso firme em uma adaga.

— Há mais um se aproximando, chega em poucos segundos — o mestre-espião avisou, após ouvir o alerta de suas sombras —, vamos surpreendê-lo e seguir.

Sue se levantou, ficando ao lado de Azriel. As tochas estavam presas nos mesmos lugares, nas paredes das casas de produção. Os sentinelas marcavam os mesmos locais. Estava tudo igual da última vez que esteve lá.

A tarefa deles era interceptar todos os Grão-Feéricos que estivessem em seu caminho conforme seguiam até a praça.

Sue tinha matado a criatura da Floresta da Condenação e as bestas das Ruínas de Scar. Matar Feéricos não devia ser diferente, não é?

Azriel segurou o braço de Sue, mantendo os dois escondidos por suas sombras, no breu entre as casas de produção enquanto outro macho passava. Estava armado.

O Encantador de Sombras estava segurando os dois ombros de Sue agora, parado atrás de seu corpo. Ele notou a mudança em sua postura, ficando tão arqueada que podia se partir ao meio.

O motivo da reação de Sue eram as armas do Grão-Feérico, caminhando a alguns passos dos dois. Havia uma espada, mas ela não era o foco da atenção da humana.

Era o porrete.

Ele passeava como se fosse um deus, como se fosse invencível. Azriel não quis pensar em quantas vezes o macho tinha agredido os humanos com aquele porrete.

— Está pronta? — O mestre-espião perguntou, esperando o sinal de Sue para que deixasse-a fora do disfarce de suas sombras.

Sue assentiu, e assim que Azriel tirou-a da escuridão, ela começou a caminhar em passos largos até o Feérico loiro de olhos pretos. O Encantador de Sombras permaneceu no breu.

— O que está fazendo aqui fora?! — Ele esbravejou, tirando o porrete do boldrié e espalmando-o na palma da mão.

A mulher nada disse, apenas parou no lugar, inclinando a cabeça levemente para o lado e mantendo uma expressão neutra.

— Como saiu do dormitório, garotinha? — O macho perguntou, arqueando as sobrancelhas espessas. O rosto sardento deu espaço para uma feição raivosa por não estar recebendo suas respostas. — Quer que eu desenrole sua língua eu mesmo e a arranque fora?!

Ele andou até Sue em passos largos, erguendo o porrete. Estava a alguns centímetros de distância da mulher, que permanecia imóvel, quando sombras se enrolaram em torno de seu pulso, apertando-o tanto que o torceu, fazendo seu porrete cair.

𝗘𝗠𝗣𝗧𝗬 𝗦𝗢𝗨𝗟𝗦, acotar; azriel Onde histórias criam vida. Descubra agora