Capítulo Dez

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Pessoal, hoje serão só dois capítulos :(
Não tive tempo de revisar os outros por conta de trabalhos da escola e esse fim de semana também tenho compromissos. Se sobrar algum tempo livre, prometo trazer algum capítulo bônus pra vocês :)
Não se esqueçam de votar e comentar!
Obrigada por ler <3

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28 DE NOVEMBRO - 2006, 02:49 A.M
- Wednesday Addams -

Havia acabado de entrar em sua barraca para dormir. Seu pai se entregou ao sono no mesmo instante em que encostou no travesseiro, assim como sua mãe. Estavam cansados demais depois de um dia de diversão com sua pequena.
Seus olhos pesaram e então ela dormiu.

Agora, estava alerta: acordou ouvindo gritos e um barulho alto de fogo.
Procurou por seus pais na tenda mas não os achou. Foi então que notou a claridade fora do normal e sentiu a primeira gota de suor escorrer por seu corpo. O fogo e tava próximo demais e os gritos, pareciam estar dentro de sua cabeça.
Ela saiu de onde estava, procurando por sua mãe e por seu pai e viu as labaredas consumindo a floresta logo ao lado. A fogueira que havia usado de aquecimento algumas horas, não passava de brasas fracas, em seu último estágio de combustão. A noite estava mais fria que o de costume e ela julgou por estar no meio da floresta.

- Mamãe, papai? - gritou com toda a força que pôde, tentando ser mais alta que os gritos - mamãe, papai!

Sem resposta.
Voltou para a barraca rapidamente e pegou o relógio de seu pai. Precisava saber que horas eram e com sorte, aquilo seria um sonho e ela acordaria.
Essa era uma tática frequente quando tinha pesadelos: procurava por um relógio e toda as vezes que tentava ver as horas, acordava. Nunca sabia o horário, seu cérebro se negava a dizer.
Assim que olhou os ponteiros, ouviu um tiro. Exatamente às três e quatro da manhã. Logo em seguida ouviu um gemido de dor e algo se chocando contra o chão.
Correu desesperada para o aberto de novo e viu a silhueta familiar de sua mãe no chão. Ela parecia dormir, mas a poça de sangue logo ao lado de sua cabeça indicava o contrário.

- QUERIDA, CORRA! - ouviu uma voz familiar gritar.

Quando se virou, viu a cena que ficou gravada em sua cabeça, para o bem ou para o mal.
Uma figura encapuzada deixou um machado cair sob o ombro de seu pai, que foi ao chão gritando de dor e pedindo para que algum deus poupasse sua filha e protegesse sua esposa. Ele não sabia que ela estava morta logo ali ao seu lado.
E então outro baque, dessa vez no outro ombro.
Mais um golpe, nas costas.
Aquilo que atacava seu pai parecia se divertir com o que fazia, vendo a vida se esvair lentamente do corpo e dos olhos do homem sem forças para lutar. E então, com um último golpe, o acertou na cabeça, partindo o crânio e desfigurando completamente o corpo no chão.
Wednesday congelou. Havia acabado de perder seu pai e sua mãe. Seu tio mais próximo estava em algum lugar do Texas e ele era o único familiar que ela conhecia. Estava sozinha agora.
Sua respiração começou a falhar e seu corpo queria desligar. Era muita coisa para a pequena cabeça de oito anos processar e a imagem grotesca de seu pai morto e desfigurado a assombraria durante toda a sua vida.
Saiu de seu transe quando viu aquilo que matou sua família vir em sua direção balançando a arma que usou para ceifar a vida de seu núcleo familiar.

Survivor's Guilt (wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora