Survivor's Guilt (wenclair)

Capítulo Trinta e Seis

Reta final de Survivors Guilt pessoal :(
Mas pelo menos daqui pra frente é só alegria (eu juro) ;)
Pra quem tiver alguma dúvida, cucciolo significa filhote!
Não se esqueçam de votar e comentar!
Obrigada por ler <3

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- × -

A tensão presente no quintal se intensificou no momento em que Sinclair partiu para cima de seu pai, com um olhar tão sanguinário e sedento por morte, que assustou seus dois companheiros, que tentavam não interferir naquilo. Não poderiam, não tinham forças.

O primeiro golpe é da loira, que era significativamente menor que Murray, mesmo em sua forma de loba. Ela avança diretamente no pescoço do de pelagem clara, cravando as garras o mais fundo que conseguisse naquele instante. O contra golpe veio e ela foi arremessada para longe, batendo na cerca por onde havia vindo.
Ele então avança, pronto para a atacar novamente, mas com agilidade sobrenatural, ela desvia, o fazendo ir de cara na madeira. Aproveitando a distração, ela sobe em suas costas e começa a desferir golpes, arranhando, cravando as garras e sua mandíbula onde pudesse. Sangue começava a escorrer e não era dela.
Murray começa a se debater, grunhindo de dor com sons agudos, andando enquanto tentava se livrar da mulher em suas costas.
Wednesday não teve tempo de tentar sair da frente, antes dos dois esbarrarem com violência em sua cadeira, a levando ao chão. Agora Tyler se encontrava em um impasse, não havia um lado livre e seguro pelo qual pudesse passar para ajudar a morena. Ou ele passava pela frente dos dois lobos, correndo o risco de ser acertado por algum golpe, ou passava por trás, correndo o risco de ser derrubado e esmagado pelas duas criaturas.

- NES, CALMA AÍ! - ele grita, pegando um espeto de metal aleatório no chão.

Com cautela, ele começa a se aproximar dos dois.
Sinclair havia conseguido se manter na posição de vantagem e não tinha dó nenhuma ao atacar seu genitor. Era quase que irreal a ver naquele estado de vingança. Mesmo em sua forma de lobo, seus olhos azuis como águas limpas transmitiam todas as emoções que sentia e, naquele momento, passavam um ar de satisfação por ver seu alvo cada vez mais sujo de sangue e fraco. Em um momento o qual não conseguiu se segurar, ela é derrubada no chão e então Murray começa a atacar violentamente.
Golpe após golpe, seus grunhidos e guinchados de dor ecoavam, conforme ela tentava se soltar e sair da posição inferior em que havia sido colocada. É aí onde Galpin vê a brecha e enfia o espeto no pescoço de Murray, empurrando o mais fundo que conseguia. Um uivo de dor deixa o interior do homem, enquanto a loira virava o jogo pela segunda vez.
Ela o arremessa para o fundo do quintal e corre com toda a velocidade existente em seu corpo e, quando se aproxima o suficiente, crava as garras no peito de seu alvo de forma tão profunda, que teve de usar um pouco mais de força para as puxar de volta para fora.
Ofegante, com uma de suas patas ela segura o focinho dele, e em um movimento rápido, vira seu pescoço, sem o dar tempo para reagir ou revidar.
A última coisa antes do silêncio, é o barulho do osso do homem se partindo e logo em seguida, o barulho de sua cabeça contra o chão. Murray estava morto.

- Você tá bem? - Galpin ajuda a morena, a levantando de novo - machucou alguma coisa? Tá doendo algum lugar?

- Só bati a cabeça, mas foi na grama - ela se apoia nele - obrigada.

Lentamente, ela se direciona ao lobo no fundo do quintal, que parecia perdido em seus próprios pensamentos, se é que tivesse algum.
De leve, ela passa a mão por entre os pelos manchados de sangue, tanto seu quanto de quem ela havia matado, deixando uma carícia leve.