18- Por do sol

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Bruna:

O jogo começou com cada jogador em sua determinada posição na área da quadra.

A equipe adversária sacou a bola, três pessoas da minha equipe deram três toques na bola antes de devolve-la para o campo adversário.

A bola retornou ao nosso campo vinda de um ataque adversário que ultrapassou o bloqueio e Enzo, o líbero fez a defesa de recuperar a e criou condições para o contra-ataque.

A outra equipe começou nos ganhando mas viramos o jogo.

Assim que o jogo acabou ficamos na arquibancada tirando os equipamentos de proteção, antebraço, joelheira e tals.

- Eu não aguento mais, minhas pernas tão doendo - Raquel reclamou se jogando para trás no banco quando terminou de desamarrar o tênis.

- Digo o mesmo, não sei nem porque eu venho jogar - Alice concordou.

- Que tal a gente ir tomar açaí? faz tempo que não fazemos isso com todo mundo junto - Jeniffer perguntou mudando o assunto da conversa.

- Você leu minha mente - Alice foi a primeira a responder.

- Também acho uma boa - Lucas falou me lembrando que ele também estava ali.

Continuo achando estranho meu irmão ficar para ver o vôlei, já que ele normalmente não tem paciência nem pra me esperar entrar no carro.

Raquel também aceitou, de primeira, o que é estranho porque ela sempre reclama que quer ir logo pra casa.

- Eu não tô com fome - Enzo falou entrando na conversa.

- E desde quando precisa tá com fome pra comer açaí? - Lucas perguntou para o amigo bagunçando o seu cabelo.

- Também não quero ir - Falei dando de ombros.

O trio olhou surpresa para mim.

- Só não tô afim, não agora - Justifiquei para elas.

Lucas e as meninas foram embora tomar açaí e só sobrou eu e Enzo.

Ficamos quietos por um momento até que resolvemos se sentar na areia.

- É sempre bom vencer o jogo, né? - Enzo perguntou quebrando o silêncio.

Assenti com a cabeça olhando para o céu.

- Principalmente de virada - Falei - É emocionante.

- Concordo quando você carrega o time pelas costas então - Ele falou entre risos.

Arquiei a sombrancelha.

- O que? Sério que você está se gabando? - Perguntei incrédula.

- Eu? Nunca! - Falou colocando as mãos no peito - Me senti ofendido agora.

Ri de sua reação, garoto chato.

- Não, claro que não tô falando com você - Falei - Não tá vendo a quantidade de garotos atrás de você que jogam vôlei, e ainda na nossa equipe acredita?

- Ah, desculpa não tinha percebido - Falou.

Depois dessa conversa ficamos uns segundos sem o que falar.

Senti o olhar dele sobre mim e o olhei também.

Nós nos encaramos 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘴𝘦𝘮𝘱𝘳𝘦, estávamos mais perto do que na cozinha de madrugada.

Começamos a rir enquanto nos olhavamos, gosto que de quando começamos a rir sem motivo, mesmo ele sendo um dos garotos mais chatos que conheço, depois do meu irmão é claro.

Só eu e Você (Em processo de reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora