Capítulo 8

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Morar em um planeta de gelo não é fácil, ainda mais com poucos recursos, esse mundo ainda está em fase de evolução tecnológica.

Taehyung estava tentando se adaptar, no entanto, qualquer coisa que ele fosse fazer fora do conforto de sua nova casa, seus cílios e mãos estavam completamente congelados e imóveis nas pequenas particulas de gelo.

O frio era tanto, que fazia pequenos cortes em suas bochechas e lábios, se não passasse um creme fora de casa.

A tribo desenvolvida em uma grande sociedade, semelhante à que a Terra tinha nos anos dois mil, o tratou muito bem em todos esses meses de convivência. Deram a ele mantimentos e uma casa na melhor localização. O pai de Taehyung organizou tudo para que, se ele fosse ficar pelo resto de sua vida nesse planeta, que tivesse o máximo de conforto possível.

O frio é intenso, porém, os habitantes são uns amores. Taehyung cuida das crianças, e ama seu novo serviço voluntário, a vida não tem sido maravilhosa como um mar de rosas, contudo, não estava sendo ruim como ele imaginava.

Nesse tempo ele passou a refletir sozinho com a cabeça vazia, e sentiu vontade de algum dia ter filhos e uma família. A solidão batia forte.

Depois de um longo dia na matilha da tribo cuidando do berçário, ele volta para sua casa bastante cansado. Liga o aquecedor e remove todas as camadas de roupas, para em seguida tomar um demorado banho escaldante para remover a friagem bruta do corpo.

O beta treme até a alma, mas quando ele se deita em sua cama e liga o cobertor eletrônico, um sorriso satisfeito surge em seus lábios.

Ele têm estado bem.

A única coisa que o incomoda além do frio, é a falta de sua vida antiga, de seus amigos, Jungkook e seu amado gatinho. Ele sabia que essa seria a pior parte, seu coração está frágil para esse assunto, mas o tempo tem cuidado disso. A cada dia não doía tanto como antes, estava se acostumando.

Então, ele decide usar uma das poucas vezes que pode se conectar com a linha da Terra para se comunicar. Taehyung foi orientado a se comunicar a cada seis meses, para que não houvesse nenhum rastreio. Já se passou oito meses em que deixou a terra, quase nove.

O beta tem curiosidade para saber o tem acontecido, e como Jimin está, se ele ainda continua zangado, birrento e mimado. Ou a casca do que era.

Na verdade ele não liga se Jimin ainda não o receber com amor, mas ainda precisa acalmar o coração para saber se o gatinho tem estado bem.

A chamada se inicia, ele está deitado na cama tentando absorver o calor, enquanto olha para o holograma no teto tentando se conectar com o sinal da Terra. Taehyung não faz ideia se é dia, madrugada, manhã, tarde ou noite na Terra. Ele apenas espera que seja um horário agradável para se ligar.

Chama...

Chama...

Chama...

Chama...

Mas ninguém atende.

Um suspiro insatisfeito brota dos lábios do beta, com uma nuvem de calor. Então, ele tenta novamente, se Jungkook não o atender, provavelmente ele só poderá ligar novamente daqui uns seis meses. Era agora ou daqui muito tempo depois.

A chamada se inicia.

Dura cinco minutos até que fosse aceita.

Dessa vez Jungkook atende.

— Tae Sunbae? — A imagem do alfa se projeta no grande holograma no teto do quarto do beta. O alfa parece estar na cozinha, usa um avental rosa que nunca tinha visto ele usar antes. Jungkook sorri como sempre faz. — Olá, Sunbae. Sinto muito pela demora, eu estava ocupado, não escutei tocar. Não foi minha intenção deixá-lo cair na primeira chamada.

Enroladinho de gato. 👾Onde histórias criam vida. Descubra agora