Capítulo 6

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Rodrigo
- Noah, a Sophia chega amanhã. Temos que decidir o que vamos fazer com ela.- Noah concordou com a cabeça e só me passou o controle do videogame.
Bufei e peguei começando a jogar com ele. Tinha acabado de chegar na casa dele e meu amigo disse que estava sozinho, porque meus padrinhos junto com o Brian tinham ido ao mercado comprar as coisas para o jantar de amanhã.
Sophia vai chegar e só de pensar nisso meu coração dá um giro forte no peito.
Noah não pode nem sonhar que tenho esse tipo de pensamento. Sophia sempre foi campo minado em todo tipo de conversa, Noah sempre foi muito calmo, mas não pensem em falar qualquer A sobre a Soph que ele vira um monstro (não que eu seja diferente).
Última vez que vi o Noah irritado foi no colegial, porque um dos meninos do time quis ficar com a Soph e pediu a ajuda dele. Naquele dia, se o Noah não tivesse avançado nele eu mesmo teria. Ela só tinha quatorze anos e aquele garoto bem mais velho queria ficar com ela. Nunca vi meu melhor amigo tão irritado. A partir daquele momento ele ameaçou todo mundo, incluindo eu e nosso outro melhor amigo (Mike) que se pensássemos em ter algo com ela teria que passar por cima dele antes. Mike disse que para ele a Sophia era como uma irmã, já eu fiquei quieto e só assenti.
E desde então tento não pensar na irmãzinha do meu melhor amigo. Como se isso fosse possível, pensei matando o personagem do Noah no jogo.
Ela estava impregnada tão fundo dentro de mim que não conseguia tirar de jeito nenhum. Até tentei. Não sou santo, fiquei com algumas garotas, namorei na escola e fiquei com algumas na faculdade também. Mas nenhuma nunca vai conseguir fazer 1% do que a Sophia faz comigo só por estar no mesmo ambiente que eu ou só com a menção do seu nome.
Ela me estragou para qualquer outra mulher. E o pior é que eu nunca vou poder ter nada com ela. Primeiro: porque o Noah me mataria se eu olhasse para a irmãzinha dele e segundo: o que mais tira meu sono e a minha paz. Ela não sente a mesma coisa.
- Podíamos fazer alguma coisa quando a Soph chegar amanhã.- repeti.
- Como o que?- Noah perguntou.
- Podíamos levar ela para praia e depois tomar um sorvete ou para o parque. Sabe que ela adora.- Noah assentiu.
- Ou podemos fazer todas as opções.- escutamos uma voz (a minha voz favorita no mundo) atrás de nós e nos viramos.
Levantamos do sofá com tudo e Noah foi correndo abraçá-la depois de ter pulado o sofá. Fiquei observando a interação deles enquanto obrigava meu corpo a voltar ao normal. Meu coração tinha certeza que ia parar a qualquer momento, minhas mãos estavam molhadas de suor e meu corpo estava todo arrepiado.
Depois do que pareceu uma eternidade, Noah soltou a Tinker e foi quando eu consegui ver ela realmente. Quase tive um treco quando percebi que ela estava mais linda do que da última vez que a vi. Seu cabelo estava enorme e caiam em cascatas pelas suas costas, seus olhos azuis lindos estavam brilhando, e seu corpo… ela usava um vestido florido que ia até o meio das suas coxas, seus seios fartos estavam bem realçados, sua cintura mais fina e pra tirar a minha sanidade aquela bunda linda, grande e redonda.
Mãe pode preparar meu enterro, porque o Noah vai me matar agora. Como eu vou conseguir ficar perto dela?
Saí dos meus pensamentos quando escutei a voz do Noah.
- Vovó e vovô também vieram?- Sophia assentiu e Noah abriu um sorriso enorme.- Deixa que eu ajudo eles. Você deve estar cansada. Bem-vinda de volta Pimentinha.- Noah deu um beijo no rosto dela e saiu correndo.
Eles também vieram. Meu padrinho iria ficar muito feliz. Seus pais e sua filha de volta e com eles aqui não teria mais risco da Soph ir embora de novo, sorri amplamente.
Sophia olhava para a porta com um sorriso lindo no rosto e eu decidi me aproximar, não aguentando ficar mais longe dela e sem tocá-la.
- Não vai falar comigo?- ela pulou com o susto e se virou para mim.
Puta merda. Não sabia que dava para me apaixonar mais por ela, mas estava enganado como sempre. Todas as vezes que meus olhos se cruzam com os delas eu me apaixono um pouco mais. Sempre foi assim e sempre vai ser.
- Só o Noah ganha um beijo e um abraço?- perguntei tentando fingir que ela não me abalava só por estar no mesmo ambiente que eu. Abri um sorriso.
- Claro que você ganha também.- falou sorrindo.
Me abaixei não aguentando mais aquela distância e envolvi sua cintura. Senti meu corpo inteiro se arrepiar e coloquei o rosto na curva do seu pescoço e respirei fundo. Que saudade.
- Que saudade de você Soph.- verbalizei abraçando ela ainda mais apertado.
- Eu também senti Rodrigo.- falou e senti ela esconder o rosto no meu pescoço e respirar fundo.
- O que está acontecendo aqui?- escutamos o Noah.
Ri. Sério Noah? Não podia ter ficado mais um tempo lá fora?
- Estamos nos abraçando Noah.- Soph falou se virando para ele.
- E precisa abraçar desse jeito?- ele gesticulou exasperadamente.
- Que jeito Noah?- perguntou cruzando os braços e encarando ele.
Ele encarou a Sophia por cinco segundos e depois me encarou sério. E percebi pelo seu olhar que ele estava me dando um aviso para me afastar, suspirei.
- Vou levar sua mala para o seu quarto.- Noah disse.
- Acho melhor eu ajudar ele.- falei e ela se virou para mim.
- Rodrigo não estávamos fazendo nada demais.- infelizmente, pensei.
- Eu sei Soph, mas você sabe como o Noah é por sua causa. Ele só tem medo de que alguém machuque a irmãzinha dele.- falei dando uma leve risada e encostei o dedo na ponta do nariz dela, o que sempre a fazia rir como agora.
- Eu não sou mais criança.- falou revirando os olhos.
- Eu sei bem disso.- não consegui não correr os olhos pelo seu corpo lindo e vi ela corar.
- Rodrigo me ajuda com as malas.- Noah gritou.
- Estou indo.- falei.- O dever me chama.- ri com a piada.
Me aproximei bastante dela ainda sorrindo e me inclinei dando um beijo no seu rosto.
- Que bom que você voltou. Esse lugar fica muito sem graça sem você, Tinker.- sorri me afastando.
Queria que ela soubesse pelo menos um pouco de como a minha saudade dela é imensa e que todos esses anos foram completamente vazios e sem cor sem ela por perto.
Me afastei dela e já vi uma mala no primeiro degrau da escada, peguei e subi correndo. Encontrei Noah na porta dela com duas malas aos seus pés e parecia estar me esperando de braços cruzados. Engoli em seco, colocando a outra no chão também.
- Tem mais malas?- perguntei tentando tirar aquela expressão assassina da cara dele e ao mesmo tempo tentando mudar de assunto.
- Tem.- ele me olhou e abriu a porta do quarto dela colocando a mala.
Assenti e me virei para descer as escadas, mas Noah voltou a falar. Não me virei para encará-lo, mas parei esperando o que ele ia dizer.
- Sabe que você é meu irmão, né? Na verdade de todos nós.- assenti e entendi o que ele quis dizer com "nós". Senti ele tocar no meu ombro, olhei para ele.- Vamos lá pegar as outras malas, irmão.- deu ênfase no irmão, sorrindo.
Fiquei um tempo ainda parado no corredor pensando no que ele tinha acabado de falar.
Eu tenho que me conformar que nunca vou poder tê-la e depois do que o Noah deixou a entender aqui… eu nunca poderia olhar porque ela é minha “irmã”. Isso machuca tanto.
Eu só queria que ele entendesse que eu a amo de verdade e que nunca faria nada para machucá-la. Eu iria preferir morrer antes de pensar em machucá-la. Eu só queria que ele entendesse que ela é tudo pra mim e que eu amo ela mais do que a mim mesmo.
- Eu nunca machucaria ela Noah.- sussurrei.
Respirei fundo passando a mão no meu rosto e desci.
Tinha acabado de subir com as últimas malas quando escutamos Soph gritar perguntando se queríamos comer ovos com bacon e gritamos juntos que sim. Descemos correndo quando deixamos a mala no quarto de hóspede onde os avós deles ficariam.
Entramos na cozinha e encontramos Sophia de frente para a entrada encostadda na ilha, me encostei lá e fiquei observando a interação dos dois. Noah implicou com ela e foi até a geladeira pegar suco, me estendeu um copo e Sophia roubou o outro dele. Acabei rindo quando o Noah fechou a cara, mas sei que ele não ficou emburrado de verdade.
- Senti falta da implicância de vocês.- falei ainda rindo.
Noah revirou os olhos e começou a falar sobre a aula que ele começaria a ter esse semestre, assenti com a cabeça mesmo não prestando tanta atenção. Meu foco estava voltado para a loira ao meu lado que parecia irritada. Seus lábios estavam em uma linha reta e suas sobrancelhas bem franzidas, sinais que deixavam claro que ela estava irritada e seus movimentos com a faca estavam ficando cada vez mais fortes.
- Sophia você vai se machucar.- resolvi falar, mas parecia que ela não estava escutando nada.
Noah quando me escutou falando olhou para a irmã que nesse momento cortou o dedo. “Sophia” gritamos juntos. Peguei sua mão na hora vendo que era um corte um pouco fundo mas que não precisaria de pontos. Pedi para o Noah ir buscar o kit de primeiros socorros.
- Eu estou bem.- falou e percebi que ela me olhava com intensidade.- É só colocar debaixo da água que vai melhorar.- completou tentando puxar o braço, mas segurei com mais firmeza.
- Deixa eu cuidar de você.
Falei e senti um arrepio quando percebi que estávamos tão pertos. Seus olhos sempre me deixavam completamente sem chão. Eu só quero cuidar de você. Te proteger de tudo nesse mundo. Eu te amo tanto Soph, pensei.
- Por favor, Tinker.- assentiu me olhando ainda intensamente.- Vem, vamos colocar debaixo da água.- assentiu de novo e me deixou levar ela até a pia. Ela crispou os lábios quando coloquei sua mão embaixo da água e comecei a tirar o sangue.
- Trouxe o kit.- Noah falou.
Peguei e olhei para ela de lado.
- Vai arder um pouco.- falei e ela fez uma careta.
Sei que ardeu, mas ela ficou quieta e me deixou enfaixar seu dedo com toda a delicadeza. Me agradeceu e depois ela e Noah começaram a “discutir” quem iria acabar de fazer a comida. Fiz uma careta quando Noah falou que ia fazer.
- Tá vendo?- ele apontou para mim, que tentava segurar a risada.- Tentamos ajudar e somos tratados assim.
- Para de reclamar e olha aqui rapidinho.- Sophia falou estendendo o garfo para ele.
Ela foi até a geladeira pegar ovos e Noah aproveitou para sussurrar.
- A pimentinha voltou.- falou revirando os olhos, mas sei que ele estava feliz pela volta dela.
- Está queimando, Noah.- Sophia falou com as mãos na cintura e séria. Tão linda.- Você vai comer esse.
- Você disse que seria bom ter ela de volta. Dois minutos que ela está aqui e já está me tirando do sério.- falou olhando pra mim.- Deus me dê paciência para aguentar até o ano novo.- Sophia deu língua para ele.- Criança.- mas me deu língua também. Não consegui aguentar e ri.
- Vocês dois são duas crianças.- falei e Sophia me encarou por um tempo e a encarei de volta.
- Está queimando de novo.- Noah falou e olhei para ele vendo que estava emburrado e chegou perto de mim.- Vai pegar os pratos.- mandou e o fui.
Sophia continuou a fritar os bacon 'se eu e Noah roubamos alguns para irritá-la. Ela virou fingindo que estava brava e mandou nós dois nos sentarmos antes que ela nos batesse.
Quando acabou nos sentamos para comer e ela pegou todos os bacon 's queimados, mas não iria deixar ela comer todos sozinha roubei do prato dela e o Noah fez a mesma coisa.
Quando fomos lavar a louça ela começou a nos contar as histórias dela no Brasil. Primeiro foram as notas excelentes e depois as histórias com as amigas. Mas o que me chamou mesmo atenção foi quando ela começou a falar da Vitória e sobre o seu namorado.
Queria que um garoto gostasse de mim do mesmo jeito que ele gosta dela.- falou e olhei para ela. Se você soubesse, Soph o quanto eu te amo não pensaria assim, suspirei bem baixinho.
- Tenho certeza que isso um dia vai acontecer.- Noah me olhava, mas eu não o encarava de volta.- Claro que eu não vou gostar e vou ameaçá-lo de todos os jeitos possíveis.
Eles continuaram a falar, mas eu só prestava a atenção no prato.
- Acho que já está bem seco.- Sophia tirou o prato da minha mão.
- Obrigado Soph.- sorri de lado.
- Continuando…- falou pegando o prato da minha mão e guardando.- Débora estava ficando com um menino da nossa sala e claro que eu não ia ficar de vela e peguei uns garotos também.
Meu coração se apertou com essa frase. Claro que ela poderia e pode ficar com quem ela quiser. Ela é livre. Eu mesmo fiquei com outras pessoas, mas não quer dizer que não doí saber que ela ficou com alguém.
- Eu não quero saber sobre isso.- Noah falou me olhando sério.
- Eu também não.- concordei.
- Eu estou brincando.- falou rindo.
Respirei aliviado.
- Vocês estão namorando ou saindo com alguém?- Sophia perguntou e quando ia responder escutamos a voz do Brian.
Corremos para a sala e vimos meu padrinho abraçando o pai e minha madrinha a Soph e o Brian no meio.
Brian quando viu a Sophia correu na direção dela e pulou no seu colo. Ela não conseguiu pegar ele direito então fui para o lado dela ajudá-la.
Depois meus padrinhos falaram com ela e disseram que iriam fazer um jantar de boas vindas e sumiram, os avós dela foram para o jardim e ficamos Sophia, Noah, Brian e eu na sala.
Sophia colocou Brian no chão e ele ficou na minha frente.
- Viu Rodrigo? Nossa Sosô voltou.- Brian falou com um sorriso no rosto.
- Voltou sim, amigão.- concordei sorrindo.
- Agora vocês podem ficar juntos.- ele falou gesticulando com as mãos.
- O que?- eu e Sophia perguntamos juntos.
- Da onde você tirou isso, Brian?- Noah perguntou começando a ficar vermelho.
- Eu só pensei que ia ser legal o Rodrigo ser meu irmão.- Brian cruzando os braços.- Melissa da minha sala falou que o namorado da irmã dela é irmão dela. Então se a Sô e o Rodrigo namorarem ele vai ser meu irmão.- ele explicou.
Queria falar para ele que adoraria ser o cunhado dele, mas acho que Noah me castraria antes de eu conseguir completar a frase. Então resolvi ir por outro lado.
- Amigão.- abaixei na frente dele.- Já somos irmãos. Aqui.- coloquei a mão no coração dele.- E sempre vamos ser, tá bom?- Brian assentiu.
- Agora eu tenho dois irmãos e uma irmã?- ele perguntou sorrindo.
- Sempre teve.- falei sorrindo.
Brian me abraçou e depois saiu correndo para a cozinha.
- Mãe, pai. Sabiam que o Rodrigo é meu irmão?- ele gritou e acabamos rindo.
- Da onde ele esse garoto tira essas ideias?- Noah perguntou rindo.- Vocês dois namorando?- ele fez um som estranho e riu.- Vamos jogar videogame?- falou olhando para mim assenti com um sorriso amarelo.- Namoro.- mais uma risada e foi caminhando até as escadas.
Sorri amarelo mais uma vez e a encarei. Ela me encarou de volta.
Eu queria tanto falar para ela o que sinto, mas não posso. Será que ela pode sentir alguma coisa por mim? Não, isso é impossível. Não é? Droga. Queria tanto saber o que ela está pensando.
- Não vem Rodrigo?- Noah perguntou o que acabou rompendo nossas trocas de olhares.
- Estou indo.- falei mais uma vez olhando pra ela.
Passei por ela que estava de costas para a escada, mas me virei lembrando da pergunta que ela fez na cozinha.
- Não.- ela me olhou confusa.- Não estou namorando ninguém.- sorri de lado.
Assentiu com a cabeça e foi andando de volta para a cozinha, observei ela até o Noah aparecer e me empurrar para o andar de cima. 
- Já estava indo Noah.- falei esfregando o meu pescoço.
Entrei no quarto dele que estava meio bagunçado. Sua cama estava completamente desarrumada, tinha algumas roupas jogadas pelo quarto, sua mesa de estudo estava cheia de livros abertos, a única coisa arrumada naquele quarto era sua estante de troféus com algumas fotos, sorri de lado quando vi uma foto minha dele e da Soph.
Ela estava com o uniforme de líder de torcida e nós dois um de cada lado dela todos sujos, porque tínhamos acabado a partida de futebol americano, mas ela nem ligou que seu uniforme estava ficando todo sujo. Tinha outras fotos nossas também. No dia que o Brian nasceu, nós três brincando no quintal, uma só do Brian e da Soph, com os pais e etc.
- Vamos jogar?- perguntei parando de frente para a cama dele.
- Vamos.
- Antes vou beber alguma coisa.- Noah assentiu.
- Pega pra mim também. Vou ligar a televisão e o videogame.- assenti.
Desci as escadas correndo e achei Sophia e meu padrinho olhando para o jardim.
- Padrinho, posso pegar um suco?- Sophia tomou um susto.
- Você por acaso precisa pedir, Rodrigo?- Charles perguntou.- Você é totalmente de casa.
Assenti e caminhei até a Soph, cutuquei sua cintura como se tivesse fazendo uma cosquinha e ela riu. Peguei dois copos e olhei para o dedo dela.
- Tudo bem?- perguntei e ela assentiu.- Deixa eu ver.
Peguei sua mão com delicadeza e olhei com atenção, vendo que não estava sangrando.
- Acho que está tudo bem.- falei e voltei a encará-la.- Mais tarde eu faço outro curativo, tá bom?- perguntei e ela assentiu de novo.
E em um gesto totalmente impensado beijei a palma da mão dela e seu dedo com carinho. Levantei a cabeça sorrindo e dei mais um beijo na sua bochecha.
Eu só posso ter ficado louco. Por que eu fiz isso? Talvez porque você não consegue segurar a vontade de tocá-la toda vez que está perto, meu coração gritou. Eu vou ficar louco.
- Vou voltar antes que o Noah desça me procurando.- falei depois de ter pego os sucos.- Só se vocês precisarem de ajuda, aí eu falo com o Noah.- perguntei.
Uma parte minha queria ficar perto dela e a outra mandava eu me afastar o mais rápido possível.
- Não precisa meu filho. Vai lá.- meu padrinho respondeu.- Eu e a Soph damos conta.- ele abraçou a filha de lado e me lançou um olhar de quem sabia tudo o que eu estava pensando.
- Tá bom padrinho.- falei engolindo em seco e saindo o mais rápido possível da cozinha.
Eu sabia que a volta dela me desestabilizaria inteiro, mas não imaginei o quanto ia me abalar. Vamos estudar na mesma cidade e na mesma faculdade. Vou estar perto dela todos os dias. Como vou esconder o que sinto por ela?
Eu estou completamente ferrado, pensei subindo as escadas.

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