Eu e Fangs fizemos um trabalho hoje. O professor sorteou e caímos como dupla. Ele veio aqui em casa, e agora já estávamos nos despedindo.
- Obrigada por ter vindo aqui em casa! - digo sendo simpática.
- Imagina, eu que agradeço pela recepção! - ele diz com suas mãos entrelaçadas. Um pequeno silêncio se torna, mas ele corta rápido - É, eu preciso ir! Minha mãe está me esperando. - ele diz meio sem jeito.
Nos damos um abraço meio desajeitado e ele vai embora. Fecho a porta e vou até minha avó que está na cozinha.
- O que foi? Conheço essa cara! - digo me debruçando na bancada.
- Ele gosta de você! - ela diz com um sorriso e uma pequena cantoria
- O que?! Não vó, não começa. - digo com a mão na testa.
- Não começa? S/N, ele ficou nervoso quando chegou, quando veio falar comigo e principalmente quando foi embora, ou você acha que não vi o abraço desajeitado que vocês deram? - ela estava na minha frente no balcão me entregando o chá que tinha feito.
- Aí meu Deus Vó! Estava nos espionando? - digo pegando na xícara.
- Não. - ela dá uma pausa - Tá, talvez um pouco! - ela diz e eu rio de sua expressão. - Ele é um pão, filha! Tem que aproveitar.
- Ele é o que?! - digo rindo ainda mais.
- Nós falávamos assim na minha época. Eu achava seu avô um pão. - ela me explica e eu concordo positivamente com a cabeça.
Ainda no balcão, escuto a campainha tocar.
- Está esperando alguém? - pergunto com a sobrancelha franzida e ela balança a cabeça negativamente.
Saio da cozinha e vou abrir a porta.
- Oi, desculpa te encomodar, é que esqueci minha blusa aqui. - ele diz com os dedos entrelaçados.
- Essa preta? - digo pegando uma blusa de capuz que estava pendurada no gancho ao lado da porta.
- Essa mesmo. - a entrego e ele me agradece - É, antes de eu ir, queria saber se não quer sair na próxima sexta? Pode ser no Pop's ou em qualquer outro local! - ele estava nervoso e ofegante.
- Tá bom! Te espero na sexta. - digo com um sorriso que é reciproco.
Ele vai embora e eu volto para a cozinha.
- Eu não falei! - ela diz animada quase pulando - Se você recusa-se eu iria fazer você ir a força! - eu rio ainda mais da sua felicidade.
Fomos para a sala e sentamos no sofá.
- Mas querida, é sério, aproveite a vida, você é jovem! Mas não faça nada que vá se arrepender depois ou ficar com culpa do que fez ta bom.
Respondo que sim com a cabeça e nos abraçamos. O resto da noite foi a gente assistindo o seu programa favorito, tomando o resto do chá e ela me zoando por causa de Fangs.
