Imagines

FP Jones

Estava no camarim, tinha acabado de fazer uma apresentação. Começava a tirar minha maquiagem quando escuto batidas na porta.

- Pode entrar! - digo e vejo Roger - O que foi? Aconteceu algo? - digo com voz de preocupação e as sobrancelhas franzidas

Roger era meu segurança, então quando ele aparece, é para me perguntar se eu já vou embora ou para me avisar de alguma coisa.

- Srta.Jones, tem um homem querendo te ver. Nós já tentamos barrar ele, mas ele continua insistindo e está falando que é seu pai.

- Meu pai! - digo com uma certa dificuldade.

- É, ele se encontra pelo nome de FP Jones. Devo deixa-lo entrar? - diz sério

Seguro firme no braço da cadeira e respiro fundo.

- Pode sim Roger. - disse séria e virando a cabeça para o olha-lo.

Em pouco tempo ele o traz. Continuava do mesmo jeito. O cabelo para trás, mas um pouco bagunçado, a barba começando a crescer e a sua linda jaqueta. Digo para Roger nos deixar a sós.

- Oi pai, o que está fazendo aqui? - digo levantando é indo até a sua direção

- É, trouxe isso para você! - disse desconfortável. Ele não sabia nem como começar essa conversa e eu também não.

O que ele tinha trago era um buque de margaridas. Ele ainda se lembrava das minhas flores favoritas.

- Obrigada. - disse pegando-as - Você ainda lembra que são as minhas favoritas! - disse dando um sorriso de lado.

- Como eu iria esquecer?! Você plantava elas no quintal de casa. - ele da uma risada nasal.

- Mas é sério, o que veio fazer aqui? - disse deixando-as na pentiadeira - Porque o senhor não me apoiou quando decidi ser bailarina. - disse o olhando no seus olhos.

- Eu sei, e me arrependo por isso. Eu só vim te pedir desculpas.

- Desculpas?! - disse com uma sobrancelha levantada

- É. Não quero que as aceite, só quero tentar fazer a coisa certa. Já que eu não fiz lá atrás. - disse balançando a cabeça

O olhar dele parecia estar falando a verdade. Se isso fosse verdade mesmo, eu acho que chegaria no ponto auge da minha vida.

- Jug não te mandou aqui? Ou JB? - disse com os braços cruzados e séria.

- Não, eles nem sabem que eu estou aqui. Eles acham que viajei com uns amigos que não via a tempos. Se quiser, pode ligar para eles.

Não iria fazer isso, apesar de tudo, meu pai era o cara mais honesto que eu conhecia. Finalmente tomo coragem para perguntar.

- Porque nunca me apoiou? Não precisva ter acreditado que eu iria chegar a algum lugar, só sei lá, ter ido nas minhas apresentações e falar que estava ao meu lado! - disse olhando para cima tentando não chorar

- Acho que fiquei com medo. - o olhei com dúvida - É, passei tantas dificuldades na vida que eu queria que vocês seguissem algo mais concreto. Sabe, profissões que todo mundo admira e que vocês pudessem ter uma vida confortável.

- Mas eu conquistei isso pai. Graças a Deus eu faço o que amo e consigo me sustentar com isso. - disse pegando na sua mão.

- E eu vi isso hoje filha. Não sei nem se posso falar isso, mas estou orgulhoso de você! - ele disse meio sem jeito e eu sorri.

O abracei como nunca havia o abraçado antes. Era como se toda a mágoa tivesse ido embora. O solto.

- Gostou da apresentação? Oque achou? - disse perguntando como se fosse uma criança entregando o presente de dia dos pais.

- Incrível! Um giro daquele e eu já estaria no chão. - ele sorria.

- Posse te pedir uma coisa? - ele me olha com dúvida - Hoje foi a última apresentação da temporada. - dou uma pausa - Posso voltar com o senhor? Sei que Jug e JB ainda estão em Riverdale e faz um tempo que não os vejo, por isso podíamos almoçar todos juntos no Pop's! O que acha? - pergunto receosa

- Uma ótima ideia! - ele diz sorrindo.

...

- Não acredito que estamos todos juntos de novo! - disse Jughead com os braços apoiados na mesa.

Estávamos no Pop's comendo e conversando.

- E eu não acredito que continua apaixonado por hambúrguer. - disse rindo.

- Ei, você não fale mal dos meus hambúrgueres. - disse ele fingindo estar bravo.

- Sabia que agora ele tem uma namorada?! - disse JB claramente falando para o irritar.

- Como é? Não me contou isso! - disse batendo em seu ombro.

Ele me olha corado.

- Lembra da Betty? - o olho com surpresa - Então, nos encontramos no trabalho e voltamos a conversar. E agora estamos namorando, vai fazer uns seis meses. - ele diz sorrindo

- Então quer dizer que a loirinha do rabo de cavalo conquistou seu coração de novo?! - disse sorrindo - Que vocês sejam muito felizes!

Continuamos conversando e rindo muito. Pedimos a conta e nos arrumamos para ir embora. Descemos as escadas e ouço alguém gritar meu nome.

- S/N! - procuro a voz fina e vejo uma menina de uns oito anos se aproximando.

- Oi, está tudo bem? - digo me abaixando para ficar em sua altura.

- Sim. - ela respira fundo - Eu só queria te falar que sou sua fã! - ela diz sorrindo e faltando os dois dentes da frente.

- Obrigada! - disse sorrindo

Estava um pouco sem reação, era a primeira vez que isso acontecia comigo.

- Marina! - diz a mãe vindo em nossa direção - Filha, não pode sair correndo desse jeito. - ela diz em tom de preocupação.

A menina simplesmente ignora a bronca da mãe.

- Olha mamãe, é a S/N! - ela diz sorrindo mais e olhando para a mãe

- Eu vi querida. - a mãe me olha com um olhar gentil e eu retribuo.

Ela volta a olhar para mim.

- Minha professora falou que quando eu tiver dez anos, vou para a ponta. Assim que posso ser igual a você! - diz toda animada.

- Eu espero que sim! Podemos dividir o palco juntas um dia. - digo pegando em sua mão. - Posso te dar um abraço?

Ela nem me responde e me abraça forte, com um carinho gigante. Me despeço dela e da mãe e vou de encontro a minha família.

- É famosa agora é? - diz JB me zoando

Dou um pequeno tapa em sua cabeça e demos risadas. Meu pai se aproxima.

- Foi um belo gesto. - ele passa o braço em volta do meu ombro.

- É! - disse sorrindo e colocando a cabeça em seu ombro.