Capítulo 1: Shinazugawa Genya

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   ⚠️Atenção⚠️

- Essa história pode gerar desconforto e ansiedade devido ao tema e a violência explícita.

🚩 Gatilhos: Violência, Suicídio, Drogas (lícitas e Ilícitas) e Tortura.

O autor recomenda que a leitura seja feita de forma consciente, não se esforce para ler se começar a se sentir mal.


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   O céu claro sem a menor nuvem de chuva, um dia perfeito para passear com a família. Kyogo Shinazugawa e sua esposa, Shizu Shinazugawa, conseguiram tirar um dia de folga no mesmo dia da semana, aproveitando o tempo bom para passear com seus dois filhos, Sanemi e Genya Shinazugawa. Sanemi é um garoto albino, o primogênito da família, inteligente e gentil, havia puxado grande parte da personalidade bondosa da mãe. Genya, um garoto moreno de temperamento forte, o pequeno e mimado caçula, infelizmente puxou a impaciência do pai. Apesar das personalidades conflitantes, os dois filhos da família se davam muito bem, Genya era a coisa mais especial do mundo para Sanemi.

  Ambos os filhos estavam sentados no banco de trás do carro vinho de seu pai, brincando com seus bonecos de heróis e rindo dentro de seu próprio mundo. No rádio, jazz clássico tocava, ritmando com as batidas dos dedos de Kyogo no volante. Shizu cansada da música, muda a estação de rádio procurando por outra coisa para os filhos ouvirem, uma voz masculina de um locutor de rádio soa por todo o carro.

"Foram encontrados mais dois corpos de crianças entre 9 e 12 anos na última terça-feira."

"O Serial Killer, apelidado pela polícia de Nikuya, foi visto andando pela região…"

  Kyogo novamente mudou de estação, voltando para a música animada que estava tocando antes.

— Não vamos estragar a viagem com notícias ruins. – Disse Kyogo, olhando no retrovisor, Sanemi estava brincando com os dois bonecos sozinho enquanto Genya cochilava em seu ombro. – Sanemi! Acorde seu irmão, nós já chegamos.

  Sanemi jogou os bonecos no banco, olhando pela janela. Reconhecia muito bem aquele lugar, a sorveteria favorita de Genya. A grande fachada cheia de desenhos coloridos e um grande boneco de sorvete gigante na porta, Sanemi se lembrava de Genya sempre chorar quando o via. O mais velho se vira, chacoalhando o corpo adormecido de Genya.

— Genya! Acorda! – Sanemi sacudiu o ombro de Genya, vendo o garoto abrir os olhos, sonolento e confuso.

  Sanemi saiu do carro de mãos dadas com o irmão, entrando na enorme sorveteria junto aos pais. Genya e Sanemi se debruçaram sobre o freezer, com diversas opções de sabores e cores dos mais variados tipos. Genya correu direto nos mais doces e chamativos, misturando sabores enjoativos de chiclete, chocolate e algodão doce. Sanemi por sua vez pediu um simples sundae de morango, se sentando na mesa junto a família.

  Kyogo ria baixinho de toda a bagunça que Genya estava fazendo com o sorvete, sua esposa constantemente parando de tomar seu milkshake para limpar o rosto do filho com o guardanapo. Genya parecia um porquinho comendo, constantemente sujando a camiseta roxa com calda de chocolate. Shizu suspira em desistência, sorrindo de canto ao ver o filho mais velho limpar o rosto do caçula, o dando uma bronca por estar fazendo bagunça.

  Após o sorvete e um pequeno bônus de balas de goma em formato de ursinho, Sanemi e Genya correram diretamente na direção de um parquinho que ficava do outro lado da rua. Kyogo e Shizu foram correndo atrás dos filhos, por mais esperto que fosse Sanemi não poderiam atravessar a rua daquele jeito. Genya soltou a mão de Sanemi correndo em direção ao parquinho, a voz de Shizu soava alta enquanto chamava pelo filho. Genya não teria parado se uma mulher de cabelos brancos e olhos violetas não tivesse segurado, impedindo a criança de se separar ainda mais de seus pais.

Memórias daquele dia - Sanemi × GiyuuOnde histórias criam vida. Descubra agora