Capítulo 11

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Oioi meus queridos! Eu sumi por muito tempo, eu sei. Aconteceram VÁRIAS coisas desde então, mas há algum tempo eu entrei no Wattpad e vi que a história já estava com muitas outras visualizações e comentários, e isso me inspirou a continuar.

Inicialmente minha psicóloga me apoiou em continuar, e dessa vez tenho vários amigos e principalmente meu namorado me apoiando.

Com certeza minha escrita mudou muito desde então, mas essa estória realmente me faz ter orgulho do meu talento pra escrita. Vou sempre tentar melhorar e (quem sabe) postar mais estórias nesse perfil. Tenho vários planos e dessa vez vou tentar cumprir com a minha palavra.

Mas é isso, vamos pro capítulo!!

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Carta 12

Segunda-feira

Oi!

Hoje você voltou pra escola e eu não poderia ter ficado mais feliz. Nos falamos normalmente e eu decidi que não irei mais me afastar. Vou lidar com os meus sentimentos sozinho.

Sério, você não tem ideia de como eu senti falta da sua cara de bravo e da sua gritaria por nada. Só de pensar já tô sorrindo bobo. Você fica tão fofo com esse mal humor.

Hoje você vem aqui pra estudar comigo. Agradeço aos céus por isso, minhas notas também.

Bom, não sei bem o que falar, só que fiquei feliz pra caramba por você ter voltado e estar bem. Acho até que vou te convidar pra sair.

Óbvio que você vai negar, mas o que custa tentar? Sei lá, vai que eu tenha sorte dessa vez.

Minha mãe me mandou mensagem e disse que ela e mamãe vão começar a ir em um psicólogo, e me perguntou se eu também quero, claro que respondi que sim, mas tenho medo dele me achar doido. Não sei, só tô com medo. Não sei exatamente de quê.

É isso. Tchau Suki!

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- Kirishima! Abre a porra dessa porta! Você tá atrasado pra caralho!.- o loiro gritou, batendo freneticamente na porta, sem se importar em incomodar os outros moradores ao lado.

- Calma, bro.- riu contido, guardando o caderno onde escrevia as cartas na gaveta.

Foi em direção à porta e sorriu ao abri-la. Bakugou estava na frente dessa, com os braços cruzados e um olhar que outras pessoas julgariam como assustador, o ruivo apenas achava fofo.

Abriu espaço para o garoto entrar, fechando a porta assim que ele passou por ela. Sentiu que alguma coisa havia mudado e tentou puxar na memória algo que sempre acontecia nesse momento.

"Ah sim, ele sempre me xingava de um monte de coisas e dizia que meu quarto tava uma bagunça, mesmo que eu sempre arrumasse antes dele vir pra cá." Franziu o cenho ao se lembrar. Não estava triste do outro não o xingar, só achou estranho. Era Katsuki Bakugou, afinal.

- O que você não entendeu?- perguntou exasperado, mas sem o xingamento no final.

- Tudo, basicamente.- se sentou na mesa, de frente para o menino, tentando se recordar das matérias passadas.

- Que ótimo.- murmurou, sarcástico, revirando os olhos ao abrir o livro.

Kirishima ajeitou a postura, se preparando para o esforço que teria que fazer para aprender tudo, sentindo uma dor de cabeça antecipada.

- Da última vez que eu vim pra cá a gente tava na página 513, na última aula do professor ele pediu pra fazermos a 700. Porra Kirishima, que merda.- colocou a mão no rosto, puto.

- Desculpa, bro.- sorriu sem graça, recebendo um olhar mortífero.

- 530.- disse, bufando logo após, já sentindo a raiva o consumir.

As próximas horas foram seguidas de muitas palavras, resmungos, gritos, xingamentos e bocejos, o último sendo, em sua maioria, de Eijiro.

Quando terminaram, visto que começaram às sete horas, já era madrugada. Meia noite para ser preciso.

Katsuki estava quase quebrando Kirishima na porrada. Nunca havia ficado até tão tarde estudando, e não havia gostado da experiência.

O ruivo, grogue de sono, resolveu que iria usar isso ao seu favor, impedindo o outro de sair do seu quarto.

- Ei, bro, não quer sair comigo, sei lá, amanhã?.- propôs, abrindo a porta para o explosivo sair.

- Com quem?.- revirou os olhos, querendo ir logo para sua cama.

- Só eu e você.- sorriu graciosamente, recebendo um olhar sério.

- Tanto faz.- ele respondeu, sem paciência para falar mais nada, e continuou a andar, traçando seu caminho até o quarto do lado, o seu.

O falso ruivo ficou paralisado, não assimilando o que acabara de ocorrer. Sabia muito bem que aquela era a forma com que Katsuki dizia "sim", resposta nada convencional para essa pergunta.

Fechou a porta, boquiaberto, e quis gritar e pular de felicidade. Efetivamente só fez o segundo. Deu pequenos pulinhos, muito feliz para se segurar.

- Eba!.- disse, se contendo para não falar muito alto e acordar os colegas.

Apagou a luz, se jogando na cama, exausto e alegre. Sorriu bobo enquanto, já coberto, abraçava o travesseiro reserva.

Não vou desistir de você - KiribakuOnde histórias criam vida. Descubra agora