Capítulo 4

1.4K 114 183
                                    

Pov Liz

— Bom dia! — escuto uma voz gritando no corredor. — Cadê a senhorita Liz?

— Dia. — uma voz rouca de quem acabou de acordar se fez presente — Deve estar dormindo ainda — falou bocejando.

Me sentei na cama e olhei para o relógio em cima da mesinha: 7:34, só o Joui mesmo para ter bom humor uma hora dessas.

O Cesar não é uma pessoa da manhã, então de um lado temos meu filho ligado no 220 e do outro Cesinha custando raciocinar o mundo ao seu redor.

Me levantei e fui direto tomar banho para acordar. Vesti minhas roupas e separei umas para o Thiago se trocar no hospital antes de vir para cá.

— ...Aí isso foi na segunda temporada. Só que eu comecei a assistir a terceira e a protagonista começou a andar com as nojentinhas, tipo? Qual a sua opinião?

— Concordo.

— Que? Eu acho que você não entendeu, a Michele na segunda temporada...

— Bom dia meninos — decidi intervir e salvar o Cesar.

— Bom dia!

— Dia.

— Animados para finalmente tirarmos o Thiagão do hospital?

— Eu acho que devíamos derrubar a porta do quarto de hospital dele para ser uma saída digna.

— Cesar-Kun eu tenho quase certeza que isso se enquadra em algum crime.

— Joui, você deu um mata leão em uma velha.

— Era só pra ela desmaiar!

Ri com a lembrança. Não é todo dia que você finge exorcizar um menino, que acabou de quase matar uma idosa com um mata leão, enquanto um membro de gangue rouba o telefone da casa e dois caras desenterram um cadáver.

— Não somos os melhores exemplos de cidadãos inocentes — falo me sentando — O Arthur já acordou?

— Liguei para a tia Ivete e ela disse que ele ainda está dormindo, mas que vai acordar ele e falar para encontrar com a gente no hospital. — Joui respondeu.

— Aliás, ela disse que amanhã vamos comemorar o retorno do Thiagão no suvaco seco por conta da casa. — Cesinha adicionou.

— Eu pedi para ela comprar suco de bergamota do Letício para eu tomar lá, vocês sabem que meu corpo é um templo.

— Que eu me lembre você não estava bebendo água nem suco no dia do eu nunca — Cesinha pareceu finalmente estar 100% acordado e agora sorria enquanto encurralava o Joui.

— Foi só um dia!

— Duvido que você não vai querer jogar de novo.

— Cesar-Kun, não gosto quando você me deixa sem argumentos, vamos buscar o Thiago-sensei logo.

Depois de um bom café entramos no carro e dirigimos em direção ao hospital, que ficava a cerca de 5 minutos do nosso prédio.

— Meninos, fiquem aqui na recepção que eu vou falar com a moça e ver o que a gente tem que fazer. — assentiram e se sentaram nas cadeiras.

— Olá, Boa tarde. — uma jovem sorridente cumprimentou. — Thiago Fritz, certo?

Sorri enquanto assentia, acho que eu estava vindo aqui com muita frequência pelo visto.

— Me disseram que ele poderia ser liberado hoje, como está a situação?

— Ah, só um instante. — ela sorriu e pegou o telefone que chama por alguns instantes e logo é atendido. — Oi, é a Larissa da recepção. Já saiu os resultado dos exames do senhor Fritz? — Uma pausa — A médica já fez as análises dos resultados? — mais uma pausa, que tortura — Ok, obrigada. — ela desliga.

What If? | LizagoOnde histórias criam vida. Descubra agora