The Ace of Love | Kim Seungmin |

28》Enfim... juntos?

A música alta ecoa por todo o espaço, não demoramos muito na fila para entrar. O local estava cheio e eu bebia algo nem tão fraco e nem tão forte, afinal, precisaria de coragem e sobriedade. Não quero esquecer o que pode acontecer aqui.

Seungmin estava extremamente atraente e mais uma vez tive certeza de que ele é perigoso. Seu cabelo estava dividido, algo que nunca tinha visto antes; como pode combinar com tudo?

— Vai continuar comendo ele pelos olhos? - Karina chega até mim após ir ao banheiro. 

— Não tô fazendo isso. - reclamo devolvendo sua bebida que segurava. — Apenas admirando.

— É, - ela toma um longo gole. — e ele também tá. Já estamos aqui há duas horas, não vai investir nunca?

— Okay, eu vou. - dou um passo à frente enquanto minha amiga comemora, mas volto no mesmo momento ao ver Lily se aproximar de Seungmin. — Ou talvez não.

— Quem é aquela? - Karina pergunta brava. 

— Irmã do Bang Chan.

— E por que ela tá sussurrando tão próximo dele? Yáh, sai daí agora! - a garota fala irritada, como se Lily fosse ouvi-la. — Pera, ela tá puxando ele pra onde?! Hanni, faz alguma coisa!

— Quer que eu faça o quê? - pego sua bebida e tomo o resto, era muito forte. Tento ignorar a sensação ruim em meu peito. 

— E prefere ver ela tão próxima assim dele?

— Nós dois somos amigos, não há o que fazer. - sorrio de lado, infelizmente somos só isso, amigos. — Olha, Chan tá vindo.

— A galera tá toda espalhada. - Bang sorri. — Karina, tem uma garota fissurada em você.

— Cadê?! - ela olha para todo canto e o garoto ri, apontando pro outro lado numa multidão de pessoas. — Te vejo depois, Hanni. Pensa no que eu te falei!

Ela sai apressada se perdendo no meio das pessoas, também reparo que Seungmin sumiu. Coloco meu copo no balcão ao escutar Chan dizendo:

— Quer outra bebida?

— Pode ser.

Ele passa o braço pelo meu ombro me levando até o open bar, no caminho somos prensados pelas pessoas, mas chegamos rápido. Bang pede algo que nem sequer escutei direito, apenas passo meu olhar por todo mundo, tentando encontrar Minnie.

— Aqui. - ele estende o copo e eu pego, tomando um pouco. — Quer dançar?

Me engasgo e tusso um pouco, ele ri depois de ver que estava bem.

— Não sei dançar. - digo envergonhada. 

— Que bom, então nós dois vamos passar vergonha juntos. 

Bang Chan sorri colocando nossos copos vazios de volta na bancada e me puxa com cuidado pela pista de dança, tentando esbarrar o mínimo possível nos outros. 

— Vamos apenas copiar o que os outros fazem. - ele grita e eu rio ao vê-lo fazer os primeiros passos. — Vai, Hanni!

Resolvo me soltar e fazer a mesma coisa, afinal, não poderia ser mais estranho e sinistro do que a Wandinha dançando, certo?

Não sei quanto tempo se passou e quantas músicas tocaram, mas eu estava totalmente inerte naquilo. Bang Chan conseguiu tirar aquele sentimento melancólico de mim e agora eu ria de qualquer coisa.

Até que no meio de tantos pulos e giros desengonçados, escuto Chan perguntar algo mas não entendo, então apenas confirmo com a cabeça na intenção de que ele acredite que ouvi.