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Escovo meu cabelo e arrumo a roupa em meu corpo, deixando em evidência a tatuagem recente que eu havia feito.

Espero que não esteja tão arrumada ao ponto dele achar muita coisa, ou muito desarrumada e transparecer algo negativo, como se eu não me importasse com sua presença.

Já eram quase seis horas, por algum motivo eu estava tensa, com receio. Minhas mãos estavam suando, e meu coração se acelera mais ainda quando a campainha toca.

Desço as escadas rapidamente e vejo Damon me encarar com as sobrancelhas erguidas, porém logo em seguida sobe para o quarto de hóspedes.

Sinto um cheiro diferente de perfume, ninguém que estava em casa usava aquela loção. Aquilo parecia me seguir, me lembro de alguém em específico que usa esse perfume.

Respiro fundo e digo algumas palavras em voz baixa, sinto minha mão direita queimar, mas logo a sensação some.

Recupero meu fôlego, arrumo meu cabelo e abro a porta.

— Cinco e cinquenta e nove!— afirma e eu rio, dou espaço para ele entrar.

Fecho a porta e pego ele me encarando, assim que o mesmo vê que eu peguei no flagra, olha por mais alguns segundos e desvia o olhar, porém agora para os meus olhos.

— Trouxe uma coisa para você!— diz me entregando uma sacola prata, sorrio sem jeito e pego de sua mão.

— Muito obrigada, fique a vontade— nos sentamos no sofá, coloco minha mão dentro da sacola e puxo o presente, era uma caixa de chocolate— Esse é meu chocolate favorito.

Ele sorri largo, praticamente me jogo em seus braços e o abraço com força, acaricia minhas costas e sinto cheirar meu cabelo.

— Me conte como passou os últimos dias, os fenômenos diminuíram?— pergunto me ajeitando no sofá e abrindo a caixa de chocolate.

— Estou tendo um pouco mais de paz— ofereço a ele e o mesmo nega, só me observando comer— Mas algo me chamou atenção nessa madrugada— limpa a garganta e volta a falar— Tive um sonho estranho, estava em um necrotério, em frente a um corpo tampado com uma lona preta.

— Me assustei quando aquilo agarrou meu braço— continua— Parecia que aquilo respirava pois o plástico subia e descia em sua boca. Eu acordei bem na hora mas vi um homem parado em meu lado.

— Ele aparentava querer te fazer algum mal?

— Não, parecia que ele queria me avisar, queria que eu o visse— disse com face confusa— Mas eu não consegui entender o que ele quis mostrar.

— Acho que não era algo ruim, você fez o que mandei?

— Você me mandou fazer tantas coisas— diz rindo— Qual das?

— Acho que tudo.

— Sim, eu fiz tudo que pediu. E vi uma melhora bem significativa, me sinto bem melhor do que antes, não 100%, mas já é um bom começo.

— Fico feliz.

— Tem um lugar que eu gostaria de te levar— o olho curiosa e ele sorri.

— Para onde?

— Surpresa.

— Vamos agora?— pergunto e ele concorda, sorrio— Então vou pegar minha bolsa.

Dou de cara com Damon parado no meio da escada, porém o ignoro e subo para meu quarto, onde pego tudo que precisava e minha bolsa.

— O que foi?— pergunto e ele continua parado.

Me assusto quando ele pega em minha mão e me leva até o último degrau na escada, onde se senta.

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⏰ Última atualização: Jul 06, 2023 ⏰

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𝗜𝗡 𝗧𝗛𝗘 𝗢𝗧𝗛𝗘𝗥 𝗪𝗢𝗥𝗗 𝖡𝗂𝗅𝗅 𝖪𝖺𝗎𝗅𝗂𝗍𝗓Onde histórias criam vida. Descubra agora