Notas:
Olá, amores!
Para aquelas que sentiram um gostinho de quero mais em "Crimes do Amor", "Caçadora" nos leva de volta ao submundo do crime do qual Carla e Carolina fugiram. Desta vez, vamos conhecer a história da ladra Diana.
O texto foi publicado faz um tempinho no site lesword.com, onde podem encontrar outras histórias de minha autoria (alguns do meu início no mundo da escrita e que necessitam de uma boa revisão). Também vale recordar que tem muitas outras autoras fantásticas por lá.
Então, aqui vai uma mensagem para as plagiadoras de plantão:
O TEXTO ESTÁ REGISTRADO! REPRODUZÍ-LO EM QUAISQUER QUE SEJAM OS MEIOS: DIGITAL, IMPRESSO, ETC... SEM A MINHA AUTORIZAÇÃO É CRIME!
Peço a gentileza e o bom senso de respeitarem o meu trabalho e as horas que dediquei a esse texto, abdicando da companhia de amigos e familiares para disponibilizá-lo para vocês de forma gratuita.
Futuramente, pretendo transformá-lo em livro, por isso, peço desculpas por eventuais erros de escrita, ou mesmo de continuidade, que possam vir a encontrar.
No mais, espero que se divirtam com a leitura, que possam rir, chorar, odiar e amar junto com Diana e companhia.
Beijos!
Táttah Nascimento.
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Brasil, 2006.
O coveiro socou a terra revirada, dando algumas pancadas com a pá. Enxugou o suor na testa e enviou um olhar penalizado para a moça de pé ao seu lado.
Todos que acompanharam o cortejo já haviam partido, mas ela permaneceu ali em um choro silencioso. As lágrimas deixando uma trilha dolorida em seu belo rosto. Ele a observou com mais atenção, agora que estavam sozinhos. Recordou que, havia poucos dias, tinha estado naquele cemitério assistindo a outro sepultamento.
Era ainda muito moça, tinha um pouco mais que vinte anos, assim como aquela a quem ele tinha acabado de enterrar. Era um homem humilde e de pouco estudo, mas conhecedor do ser humano. Muitos iam até aquele lugar de descanso e choravam pelos entes queridos que ali deixavam, mas poucos derramavam lágrimas sinceras como as que via naquele rosto jovem e marcado pela dor.
Encolheu-se um pouco ao dizer, cabisbaixo e atropelando as palavras:
— A vida é uma caixinha de surpresas.
A moça lhe dedicou um olhar marejado, notando, pela primeira vez, o rosto cansado e marcado pelo tempo.
— Não faz nem uma semana que enterrei o pai, agora faço o mesmo com a filha. Que descansem em paz! — Balançou a cabeça algumas vezes, sem perceber que seu comentário só fez com que o pranto dela aumentasse. Fez o sinal da cruz e se afastou lentamente, com a pá sobre os ombros e aliviado por poder partir.
Vanessa deixou escapar um soluço alto e caiu de joelhos sob o peso de sua dor. Se abraçou, desejando com todas as forças de seu ser, que aquele sofrimento acabasse. Ansiava acordar de repente e descobrir que tudo não tinha passado de um sonho ruim. Então, a luz do sol refletiu na aliança de ouro branco em seu dedo, ampliando o desespero.
Não era um sonho. Diana tinha partido para sempre.
Correu o olhar pelo céu azul e cheio de nuvens fofas como algodão. O vazio em seu coração tornando-se maior com a certeza de que os olhos castanhos, que tanta amava, jamais voltariam a admirar aquele céu; os lábios que tanto adorava beijar, não lhe sorririam mais, nem sentiria o calor de seu abraço.
Os planos que fizeram juntas, os sonhos que tinham, jamais iriam se realizar e blasfemou contra o destino e os céus, dobrando-se sobre o próprio corpo e sufocando os soluços até que os braços da mãe a envolveram, confortadores, e deixou-se guiar para longe. No entanto, tinha deixado seu coração naquele túmulo.
Nada voltaria a ser como antes, nem mesmo ela.
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Caçadora
ActionQuando Diana morreu, Vanessa enterrou seu coração junto com ela. Dez anos se passaram, desde então e, entre altos e baixos, encontrou conforto nos braços de Cristina. A vida parecia estar voltando aos eixos, até que, como uma fênix ressurgindo das c...