Uma surpresa batendo a porta, uma raposa ferida e a inteligência de um tolo.

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Finalmente voltei a atualizar essa fic que amo demais, antes de começar o capítulo queria dizer que mesmo a fic sendo fiel aos livros em vários aspectos, algumas coisas vão ser mudadas pra se encaixar no meu enredo e um deles é que... Respirem fundo... Nessa fic o Riko é irmão por parte de mãe do Kevin.

Neil apertou os punhos tão forte que a circulação do sangue na região foi interrompida por alguns segundos, não que ele estivesse com medo, sua tensão era mais por não saber o que esperar

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Neil apertou os punhos tão forte que a circulação do sangue na região foi interrompida por alguns segundos, não que ele estivesse com medo, sua tensão era mais por não saber o que esperar. E se abrisse a porta do trailer e se deparasse com os homens do seu pai? Isso sem dúvidas o assustava mais que os zumbis.

Já tinha passado tantas noites dormindo em casas abandonadas, ou, embaixo de árvores no meio da escuridão de uma floresta com os nervos em alerta máximo apenas torcendo para que acordasse no outro dia sem ter sido devorado, que o medo se tornou parte dele e já não o assustava mais. Ele circulou o olhar à sua volta e pôde ver claramente o medo avassalador no rosto de todos, a não ser por Andrew, que estava tranquilo até demais para a situação em que estavam.

— Temos convidado – Andrew disse enquanto a maçaneta se mexia desesperadamente.

Ele deu alguns passos indo em direção a porta como se tudo estivesse sob seu controle, Kevin o parou se colocando em sua frente antes que ele escancarasse a porta sem primeiro saber o que havia atrás dela.

— O que você tá fazendo?

— O que vocês não tem coragem pra fazer.

— A gente não sabe o que tá lá fora, Andrew.

— Qual o seu plano? Ficar aqui esperando?

Kevin ergueu os ombros, seu semblante claramente irritadiço de alguém que havia bebido demais, mas estava evitando uma discussão com Andrew, sabia que irritar ele só daria motivos para o loiro jogar todo mundo direto aos zumbis sem nenhuma piedade. Ninguém duvidava disso, por isso interagir com Andrew era como andar em cima de cacos de vidro extremamente afiados. Neil estava descobrindo isso ainda, mas não era tão inconsequente, sabia quando era melhor se manter em silêncio e só observar, ainda que às vezes sua personalidade não colaborasse, fazendo com que ele acabasse falando demais.

Andrew só tinha uma raquete e sua coragem inconsequente quando empurrou o corpo muito maior de Kevin do seu caminho, o coração de Neil retumbava tão forte que mal podia escutar o que acontecia ao seu redor. Ele torceu para que fosse zumbis lá fora, e, não, que seu pai finalmente tivesse conseguido lhe rastrear, nem sabia porque estava tão paranóico com isso depois de tanto tempo se mantendo em segurança. Poderia ser qualquer coisa lá fora, ele só precisava relaxar. Mesmo respirando forte a tensão não foi embora, ele passou os olhos por todas as partes do trailer em busca de algo que pudesse usar como arma ou até mesmo uma saída ao qual ele pudesse se jogar e correr até que tivesse longe o suficiente.

Andrew esticou a requete que segurava, tão firmemente, que seus dedos ficaram avermelhados, depois a usou para empurrar a porta. Neil olhou para um faqueiro próximo, bem em cima da pia que ele estava escorado anteriormente e rapidamente pegou uma, segurando o cabo com a lâmina para cima, usando as mangas da blusa que usava para escondê-la. Quando olhou para os lados, Aaron o encarava com atenção estranhamente o analisando. Neil não ligou, focou os olhos azuis na porta, bem no momento que ela se escancarou e um corpo caiu pra frente, a mão ensanguentada segurando firmemente um sangramento no braço. 

Eu, você e o fim do mundo Onde histórias criam vida. Descubra agora