E você vai guardar todas as suas piadas mais sujas pra mim
E em todas as mesas, eu guardarei um lugar pra você, amado
lover; taylor swift***
A xícara rosa salmão soltava pequenas nuvens de fumaça naquela manhã de quinta-feira.
O sol se escondia entre as cortinas brancas de detalhes delicados na extremidade, enquanto pés cobertos por meias caminham pela penumbra do quarto e escovam os dentes de forma apressada. Cachos dourados presos e domados por um elástico, mas as duas mechas frontais soltas faziam cócegas quando roçavam suas bochechas e passavam perto do nariz.
O dormitório ainda estava vazio quando Mabel se esgueirou pelos corredores, saindo logo após o toque de muitos despertadores. O que facilitou que a jovem encontrasse o elevador vazio e sem interrupções. As portas de metais se abriram, revelando a silhueta perdida em citações mentais que ela era.
Caminhando pelo hall com a saia plissada que iam até a metade das coxas, Mabel passou pelas catracas antes de caminhar pelo longo percurso até o pátio principal. O sol originava-se no horizonte, brilhando com força e, vindo do outro lado, Oliver Cooper apareceu com seu cabelo levemente úmido, mochila nas costas e uma estúpida gravata.
As solas dos sapatos de Mabel se fixaram no chão ao mesmo tempo em que seus olhares cruzaram com os de Oliver, fazendo com que ele interrompesse sua caminhada. Com uma distância de um metro, eles se observaram por alguns segundos maçantes, frente a frente, enquanto o vento passeava por eles e esgueirava pelos corpos.
Oliver usava uma camiseta branca formal por trás da gravata verde escura, dobrada até os cotovelos, com os três piercings de argolas pratas preenchendo a cartilagem da orelha. O cabelo dele, aquele loiro solar, estava todo penteado para trás de uma forma na qual Mabel nunca tinha visto antes, deixando a mandíbula afiada ainda mais aparente. E os olhos cor de mel. E as sardas. E a boca carnuda.
O cretino tinha aquele ar confiante, arrogante e canalha que ela odiava.
Mabel desviou os olhos dele com a cabeça erguida, voltando a caminhar, enquanto Oliver soltava uma lufada de ar que mais parecia uma risada zombeteira, enfiando as mãos no bolso da calça e observando-a sair.
Eles seguiram na mesma direção, mas era como se uma grande muralha os separasse. Em algum momento, Mabel perdeu Oliver de vista, mas o reencontrou novamente quando chegou ao corredor que levava até um dos auditórios.
Ele a alcançou enquanto Mabel batia duas vezes na porta, segurando a maçaneta e abrindo-a devagar. Mabel espiou, colocando a cabeça para dentro, enquanto Oliver esperava pacientemente atrás dela com as mãos no bolso. Avistando pessoas, Mabel se ergueu e entrou.
O lugar estaria vazio se não fossem os dois jurados lá dentro. O professor tinha os cabelos quase totalmente grisalhos, enquanto a professora usava óculos de armação redonda. O auditório cheirava ligeiramente a café, e eles estavam sentados longe da entrada, cheios de papeis e livros em cima da mesa.
— Vocês estão... — Começou a professora de óculos, Senhora Lewis, erguendo o relógio do pulso. — Quarenta minutos adiantados.
O outro professor, de cabelos grisalhos misturados com mechas mais escuras, era o Professor Rodriguez, conhecido por não ser dos mais amigáveis, ergueu o copo de café em um comprimento e deu um pequeno gole no líquido fumegante enquanto os observava.
— Mabel Campbell e Oliver Cooper — O professor disse, em tom de reconhecimento — Eu deveria estar acostumado com vocês dois, mas sinceramente ainda fico surpreso.
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Entre competições e acordes de guitarra
Roman d'amourMabel Campbell, a garota mais inteligente de toda a faculdade - de acordo com a lista dos cem melhores do ano - possui uma pedra no sapato. Ele se chama Oliver Cooper, o garoto de argolas pratas, sardas no rosto e um inconfundível ego. O maldito lo...