XIII

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Tobirama gemeu dolorido enquanto se sentava sobre sua cama, apertando os olhos e passando as mãos sobre os cabelos. O corpo doía, mas o sorriso por conta daquilo foi inevitável. Virou o rosto com o intuito de achar o culpado por isso, mas a única coisa que encontrou ao lado foi uma cama vazia. Ainda assim, abriu um novo sorriso, se levantando da cama com uma nova agitação, dando um beijo em sua coruja que ainda dormia com um bom humor incomum.

Saiu do quarto e partiu para a cozinha, os lábios esticando quando viu a usual cabeleira negra tomando café na mesa da cozinha. Se aproximou nada sorrateiro, logo atraindo a atenção dele, que virou o rosto para o homem que vinha em sua direção. O Senju corou quando ele sorriu e abriu a boca para falar alguma coisa. Porém, o albino foi mais rápido, se apoiando na mesa enquanto beijava a boca quente de Izuna, que pareceu bastante surpreso para corresponder no momento. Foi rápido e sem nenhum movimento à mais, no entanto foi o bastante para o Uchiha parecer ofegante, vermelho por ser pego de surpresa.

— Bom dia. — disse para ele, sorrindo enquanto o via totalmente desnorteado

— Bom dia. — murmurou gaguejando, desviando o olhar e não conseguindo segurar o sorriso que apareceu naquele instante

O moreno virou e continuou a tomar seu café, ainda que seu rosto estivesse quase escarlate. O albino, feliz por conta de sua reação, foi até a cozinha para que pudesse ter alguma coisa para comer. O menor o observava pelo canto de olho, sorrindo minimamente. Aquela havia sido a primeira vez que alguém lhe um bom dia tão alegre, e sinceramente foi uma grande surpresa quando a recepção foi acompanhada de um beijo. Izuna teria de se acostumar com aqueles toques carinhosos do maior, se não ficaria acanhado todas as vezes que o via. Seus beijos eram ótimos, e tentava não os estranhar quando os ganhava de repente, sem nenhum motivo aparente.

— Quer que eu faça alguma coisa para você comer? — ouviu ele dizer, e até mesmo achou engraçado seu jeito estranho, mas ótimo naquela manhã

— Não, não precisa. Não tenho fome de manhã. — acabou rindo, o vendo chegar com um prato solitário na mesa. Pôs a mão sobre sua coxa para lhe chamar atenção, que foi lhe dada imediatamente. Sorriu sem graça para ele, ainda rindo — Sabe, não precisa me mimar só porque transamos.

Ele acabou corando, e Izuna riu mais ainda com sua reação. Tobirama sorriu, dando de ombros.

— Gosto de agradar as pessoas, principalmente quando me relaciono desse jeito. — colocou uma das mãos sobre o cabelo do Uchiha, colocando parte da franja dele atrás da orelha, o vendo sorrir de forma adorável — Se não gostar é só dizer.

— Não é que eu não goste. Só não estou acostumado. — acariciou sua perna, corando um pouco mais ao ganhar um carinho no pescoço — Acho que nunca fui tratado assim por alguém em uma situação como essa.

O Senju anuiu, ficando em silêncio em seguida. Teve vontade de perguntar sobre Oliver, mas segurou a própria língua, achando que talvez aquilo pudesse acabar com o bom clima que haviam instaurado naquele lugar.

Enquanto comia, Tobirama continuou encarando Izuna, que tentava não se importar muito com a atenção e olhares tão indiscretos que o Senju o lançava uma vez ou outra. O albino corou enquanto observava os lábios cheios serem depositados com tanta calma sobre a xícara. E eles eram tão bonitos...

— Izuna? — chamou baixo, a voz fraca como se tivesse perdido as forças só de olhar para o Uchiha, que virou o rosto para o outro, achando certa graça de seu rosto tão vermelho

— Sim?

— Posso te beijar?

O moreno sorriu, envergonhado, concordando com o rosto quente. Se arrepiou com a mão que fez um carinho em seu pescoço, e suspirou no momento que sentiu a boca alheia pressionar-se contra a sua. O maior quase estremeceu com a boca saborosa e quente pelo café a qual devorou, o suspiro dele foi seu estopim, lhe fazendo puxar sua cintura com o braço e consequentemente aproximar as cadeiras para conseguirem ficar completamente confortáveis. O menor parecia tão perfeito quando o beijava, e parecia inimaginável no momento que descolava as bocas e o via ofegante e com aquela expressão que fazia suas calças se apertarem de uma hora para a outra. Ainda que o sorriso sempre fizesse seu coração pular dentro do peito, nada o atingiu mais naquele momento do que a surpresa que foi observar ele se levantar da cadeira rapidamente e se sentar em seu colo quase sem cuidado, bem em cima da protuberância que se iniciava no meio de suas pernas.

A Rebelião (TobiIzu)Onde histórias criam vida. Descubra agora