Quando entrou na casa, ainda sentia as mesmas sensações de quando estava fora, apesar das mãos quentes de seu irmão estarem o guiando e o confortando em suas costas, se sentia desolado. Os braços estavam dormentes com o peso que já estava sendo carregado a muito tempo, e foi um grande alívio quando conseguiu colocar Izuna delicadamente sobre uma maca de uma sala que foi aberta rapidamente por Itama, sem querer machucá-lo ainda mais. Logo em seguida, seu olhar subiu para o irmão, que o encarava com o cenho franzido. Não parecia estar com raiva, somente muito confuso. E apesar de ter uma emergência deitada à sua frente, não conseguiu resistir ao conseguir ver os olhos dele cheios de lágrimas.
Contornou o corpo do Uchiha e puxou o caçula para um abraço apertado, sentindo ele quase rasgar sua camisa de tão forte que segurava.
— Tobirama... — ele murmurou, mas não teve nem ao menos tempo de lhe responder alguma coisa, já que a porta abriu novamente de maneira brusca
Kawarama arregalou os olhos quando viu o irmão chorando, mas principalmente por reconhecer quase que instantaneamente os cabelos brancos que — apesar de estarem sujos e molhados — fez parte de grande parte de sua vida.
Igualmente à Itama, ele parecia sem voz ou então desacreditado. Teria o puxado para o abraço que ainda compartilhava com o mais novo, pois sabia que ele poderia ser tão sensível quanto o caçula em certos momentos, só que engolia o choro. Porém, não conseguiu realizar aquilo, já que foi alertado por um resmungou que trouxe a atenção de todos para o corpo desacordado.
Izuna havia resmungando alguma coisa, gemendo do que parecia ser dor. Se aproximou dele e afastou o cabelo de seu rosto, conseguindo ver a expressão desconfigurada.
— O que houve com ele? — sentiu-se arrepiar com a voz grave que ouviu enquanto a porta era fechada. Ficou emocionado ao ver que se tratava de Kawarama. Aparentemente, ele havia mesmo crescido bastante
Balançou a cabeça, querendo desmoronar ali e permanecer para sempre com seus irmãos, limpando as lágrimas de Itama e ouvindo-os falar de como haviam sido aqueles anos onde esteve tão ausente de suas vidas.
No entanto, apesar de saber que eles queriam conversar ou fazer qualquer outra coisa, não teve como desviar a atenção do Uchiha agora que estava tão vulnerável.
— Estava junto da Rebelião. — disse, engolindo em seco com a face apreensiva dos dois garotos. Sabia muito bem que eles deveriam estar pensando em como Hashirama estava, se estava tão machucado quanto o desconhecido em sua casa ou se estava, ao menos, bem
Kawarama pareceu ter sido o primeiro a deixar isso para lá, e pelo tempo, constatou que ele confiasse o suficiente em Hashirama para afirmar que ele estaria bem e voltaria para casa. Tanto que deu um sinal para Itama, que pareceu acordar do transe de preocupação e se dirigiu às bancadas e armários que tinham na sala. Não havia prestado atenção nela o suficiente, e nem estava tentando, mas sabia que se tratava de algum tipo de laboratório ou sala de atendimentos hospitalares improvisada, pois sua mãe era médica antes de morrer, e tinha aquela sala para atender as pessoas com mais necessidade, que não tinham condições de pagar algum hospital para quaisquer problemas.
— Sabe onde ele se machucou? — Kawarama indagou enquanto vinha para perto do corpo, o examinando
— Em todo lugar, mas acho que na cintura, principalmente.
Observou ele cortar as roupas de Izuna com a tesoura que Itama lhe entregou, e franziu o cenho quando viu o estrago que o ele estava por baixo dos tecidos. Estava certo, ele realmente havia se machucado bastante na cintura, pois conseguia ver que o corte parecia ser fundo e sangrava bastante.
— Merda... — Kawarama murmurou, olhando para a bandeja que o mais novo havia trago, que agora estava ligando o projetor de batimentos cardíacos e o ligando com o corpo do Uchiha — Não vai ter tempo da anestesia fazer efeito.
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A Rebelião (TobiIzu)
FanfictionO reino de Voltaire sempre foi o mais belo, o mais rico e o mais desenvolvido. O sonho de todos os jovens era conseguir algum lugar na Academia Educacional; o dos adultos algum lugar em suas ruas limpas; o das crianças conseguir ir ao parque central...