A Rebelião (TobiIzu)

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Seu corpo estava inerte, ainda estava com sono pois havia acordado quase naquele momento. Esperava uma pequena marmita esquentar para comer, e começar a pensar num jeito de falar novamente com Gavin e Jarin e pedir para ir com eles para a Arena algum dia daquela semana. Não queria ficar dias seguidos só comendo, dormindo, encarando Tobirama e sentindo ele fazer o mesmo. As coisas haviam ficado ainda mais estranhas entre eles.

O Senju como sempre o observava por qualquer coisa que fazia, e ficava apavorado quando sentia que fazia o mesmo. Estava se interessando por ele também, mesmo que não quisesse admitir. Imaginava como seria ter os braços robustos o apertando, ou então as mãos puxando seu cabelo, e até mesmo como seriam seus olhos alucinantes em um momento mais íntimo. Já conseguia se prender facilmente neles no cotidiano, imagine caso fossem minimamente mais além do que toques no braço ou no pulso.

Franziu o cenho por estar pensando uma coisa destas tão cedo, e balançou a cabeça minimamente para dissipar seus pensamentos. O albino ainda dormia, e estava sozinho na cozinha naquele momento. Não havia nem amanhecido direito, mas acordou mais cedo que o esperado, não se incomodando de qualquer forma.

Após ter seu café da manhã pronto, foi vagarosamente até a mesa, comendo enquanto olhava para o nada, soltando um suspiro frustrado quando de vez em quando imaginava os olhos vermelhos de seu parceiro. Ainda não havia conseguido falar nada para ele sobre Rumpelstiltskin. Na verdade, nem ao menos queria. Ele o pressionava vez ou outra, mas Izuna sempre se mantinha de boca fechada, o xingando por dentro. Não estava preparado para contar algo tão pessoal para uma pessoa que não era íntima à nenhuma maneira.

No entanto, esvaziando sua paz naquele momento, ouviu um pequeno barulho na janela, como se pequenas pedras batessem contra o vidro. Virou confuso, mas logo suspirou ao ver Inaiê do lado de fora, dois papéis atrelados ao seu pescoço. Eram as cartas da semana. Se levantou se espreguiçando, soltando um leve bocejo enquanto ia abrir a janela. Por um bom lado, ela não fez o maior se acordar e veio justamente para o Uchiha naquela manhã, talvez por seu dono estar dormindo. Um vento frio invadiu a grande brecha, lhe fazendo se arrepiar enquanto a ave voava para dentro e pousava no canto da cadeira ao lado do moreno, chirriando baixo.

A acariciou no topo da cabeça, sorrindo minimamente quando a mesma fechou os olhos, agraciando o carinho que havia ganhado. Depois, soltou a fita que se prendia em seu pescoço e pegou os dois envelopes. Viu que um deles era dos conselheiros, e resolveu deixar Tobirama cuidar daquilo, como sempre. Sua total atenção foi rapidamente para o outro papel, destinado para si em nome de seu clã. Sorriu, com saudade de falar com sua mãe e seu amigo, e se sentou para abrir o envelope, ansioso pela escrita, quase completamente feita por sua mãe.

Porém, diferente do que achou que aconteceria, seu sorriso sumiu devagar a cada palavra lida, e Inaiê inclinou a cabeça quando viu o rosto de Izuna se tornar tão pálido quanto as suas penas.

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Tobirama acordou naturalmente, e assim que recuperou os sentidos franziu o cenho com a luminosidade que passava na janela e acendia o quarto. Deu um suspiro profundo, sentindo os lençóis gelados em seus dedos enquanto abria os olhos, se virando e olhando para o teto com certo tédio. Bocejou e se sentou, pondo o rosto sobre as mãos, assim o cobrindo e esfregando. Não foi surpresa quando olhou para o lado e viu sua coruja o observar do próprio suporte. Sorriu para Inaiê, dando bom dia para ela e acariciando sua cabeça. Beijou suas penas quando viu que Izuna não estava ali. Provavelmente estava na cozinha. Observou a luz e imaginou que realmente estava meio tarde, e olhando para um relógio da sala quando caminhou até ela, isso se confirmou quando viu que estava quase na hora do almoço. Teria de aproveitar aqueles dias tranquilos para enfim recuperar o sono perdido desde então.