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Tom:

Tínhamos acabado de terminar um show, sentei em um canto e estava me recuperando bebendo agua, quando noto Bill receber uma ligação, ele faz uma expressão de preocupado após alguns segundos de conversa, ao desligar ele me olha estranho, algo tinha acontecido.

-que?-tiro a garrafinha da minha boca e ergo as sobrancelhas.

-A Ayla...- na hora endireito minha postura e o olho com atenção.- esta no médico de novo, parece que os exames não mostraram coisas boas,

-como assim "de novo"? e que "exames"?- eu o pergunto articulando com as mãos

- a Ayla não te contou? ela estava passando muito mal essa semana, ai ela desmaiou...-Gustav chega comentando, bebendo um pouco de agua em uma garrafinha.

-ela não me contou-fiquei puto- e vocês também, nem pra comentarem nem nada.

-ah você estava meio merda essa semana, achávamos que era por isso.- gustav fala

-eu nao to meio merda nao, to normal.- eu falo me relaxando na cadeira novamente, pensativo

Gustav da de ombros.

--calma tom, voltamos hoje pra Los Angeles, a gente passa na casa dela pra ver como ela esta.-Bill se levanta e vem ate mim me abraçando.

--nao quero ver ela ate que ELA me conte.-cruzo os braços - talvez ela nao me queira com ela.

-tom...o negocio parece ser serio, quem me ligou foi a morgana, no fundo ouvi choros e a voz da morgana estava tremula.- quando Bill termina de falar com cuidado, eu o olho preocupado e meu coração errou algumas batidas.

-preciso ir A G O R A.-me levanto tirando bill da minha frente

-tom vamos partir so daqui 3 horas.- bill me gritava enquanto eu corria pra van.

o motorista estava dormindo, bato em seu vidro o acordando, ele assusta, desce da van e a abre pra mim, vejo os garotos correndo e entrando na van junto comigo.

tivemos que passar no hotel em que estávamos para buscar nossas malas, bill fez questão de lembrar delas. 

Ayla:

-c-câncer?- gaguejo ao ouvir a mastologista dizer.

-infelizmente, podemos começar um tratamento por agora, mas ja esta muito avançado, vamos ver como o nodulo ira responder a algumas sessões de terapia...- a outra doutora presente olhava os papéis e calmamente me falava do tratamento, uma mão minha foi ao meu seio direito, o apalpando sentindo... o possível motivo de minha morte.

Morgana me olha calmamente e eu so escutava as vozes das doutoras falando comigo no fundo, tudo ficou em câmera lenta.

quando percebi ja estava em casa.

me sentei no sofa da minha janela, vendo a chuva e o ceu piscando por conta dos relampagos, cada pingo de chuva que escorria no vidro, uma lagrima escapava do meu olho.

Escutei morgana no telefone, ela estava aos prantos.

não sei quanto tempo fiquei encarando a janela, mas percebi um abraço molhado, escoro minha cabeça, era meu pai. Acho que ele falava algumas coisas e eu nao consegui o escutar, naquele momento eu so fechei meus olhos e continuei a chorar sem dizer nada.

Meu pai e sammy estavam encharcados por conta da chuva, ambos me abraçavam.

"não vou mais te deixar filha." apenas isso escuto, percebo sua voz tremula o olho e lagrimas estavam saindo do olho, eu estava sem expressão, estatua.

tio sammy, acariciava meu ombro, e escorou sua cabeça nele.

morgana aparece na porta segurando duas toalhas, seus olhos estavam fundos por ter chorado, a vejo entrega-las a eles.

[...]

eu estava deitada no colo de meu pai, fingindo estar dormindo.

--mas e tratamento?- eu o escuto falar preocupado, enquanto fazia carinho em minha cabeça.

--Dean, a medica disse que ela vai começar as sessões de quimioterapia, mas não é certeza que va fazer efeito.- morgana explica.

- mas como não? tanto povo que da dinheiro pra procurar a cura e...- meu pai desiste de terminar a frase e suspira fundo- eu fui um péssimo pai.

-irmão ela não morreu.- escuto sammy dizer.

-Sam, você não entende, eu luto todo dia, salvando o mundo, mas não vou conseguir salvar minha única filha caramba!

-Sam e Dean, vamos deixa-la dormindo na cama, vão discutir em outro lugar- morgana briga.

Sinto sam me pegar no colo e me deitar na cama, escuto todos saírem do meu quarto e fecharem a porta, acabo tendo uma crise fortíssima de ansiedade.

Acontece...| Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora