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Ayla:

Eu conversava com a moça da cozinha, ela era a chef de cozinha para ser mais exata, para me sentir útil decidi ajudar.

—então, deixa eu ver se eu entendi, você tava de rolo com um guitarrista de uma banda? a minha filha é louca nesses meninos... mas o que está te aborrecendo tanto?

ok, além de ajudar eu me abri um pouquinho.

—Eu só queria ter mais momentos junto com ele, tá bom assim?— mostro como estava os legumes picados

—estão ótimos, então Ayla, ele tá vivo, né? e tá vindo para cá não é? gatinha, vocês ainda vão se ver de novo! Me lembro de quando me apaixonei pela primeira vez...

—foi pelo pai da sua filha?

—não... meu primeiro amor foi quando eu tinha sua idade, ele era tão maravilhoso, sabe quando você sente que é a pessoa, parece que tudo foi para se encontrarem...ele me fez apaixonar por cozinhar...

—Desculpa a pergunta, mas o que aconteceu?

—ele sofreu um acidente, aparentemente ele estava indo até minha casa, no banco do passageiro tinha um buquê de tulipas com um bilhete pra mim...ce tá chorando?

—não-seco o nariz— é a couve que tá me fazendo chorar, c-continua a história

—eu demorei anos pra ter coragem de ler a carta e quando eu a li, era um pedido de namoro.

—o que?- Ayla estava chorando

—ele me levava flores sempre, todos os anos, nos aniversários dele, eu levo flores para seu túmulo.

—viado...como você não tá chorando agora?- Ayla limpa as lágrimas

—porque já não me dói mais...

—porra, eu to reclamando de algo tão bobo...

—minha ideia de te contar não era pra você achar que sua dor é inválida, é pra você ver que não é tarde de mais e que você ainda pode ter momentos bons e caso não, vocês já tiveram alguns momentos.

—olha que eu faço você minha psicóloga, então você trabalha lembrando dele?

—é a forma que ele vive em pra mim.

—mano! para! você é muito poética e culta, olha não me faça apaixonar por você que eu não sairei do seu pé.—ela riu- então, você tem uma filha de quantos anos?

—ela tem 15 anos, me sinto tão velha!

—só não pergunto sua idade, porque sou educada!-levanto a cabeça e ela ri

—olha só...temos uma nova ajudante na cozinha?- A dona da casa, Morgana, chega- boa tarde Ayla e Ester

—Boa tarde dona morgana- Ester a cumprimenta

—Boa tarde!- a cumprimento e ela me dá um beijinho de bochecha.

—o que faz na cozinha senhorita?- Morgana me pergunta

—estou ajudando, ou atrapalhando a Ester, o tempero de hoje na salada é lágrimas aliás- aviso-a

Morgana era uma mulher muito elegante, tinha aproximadamente 50 anos, porém muito bem conservada digamos assim.
Ela é super gentil comigo, rica e são essas coisas que importam :)

Amanha eu ia começar em um colégio novo, como o esperado.

Enquanto isso, ainda colocava minhas coisas em seus novos lugares.

Adaptar a um lugar pode ser um pouco difícil, principalmente quando não se conhece ninguém, embora eu vá conviver com um novo ciclo de pessoas diferentes, eu estava meio apática quanto a isso, não me sinto ansiosa e olha que eu achava que se eu tivesse que me mudar morreria quase.

Consigo terminar de organizar minhas coisas já estava a noite, ligo meu computador pra ver se tom tinha me respondido.

E-mail de Tom p/Ayla:

"oi princesa, desgraçada to a meses esperando SE QUER UM "oi", mas eu te perdoo, eu sou lindo de mais pra ficar com raiva de uma garota um pouco bonitinha igual você.
E mais uma coisa, tu tá onde? eu meio que quero te ver, idiota, um beijo na sua bochecha do seu querido Tom."

A cada palavra lida meu sorriso formado no rosto só aumentava, era engraçado como eu consigo saber exatamente COMO ELE TÁ FALANDO.

Pego meu celular, eu tinha posto o número de Tom junto a bateria do telefone, eu sabia que não conseguiria sumir da vida dele.

Disquei e liguei:

-alô?- É ELE! É A VOZ DELE!

—TOM?

—quem vazou meu número? quem é você eu não...

—Ayla.-Falo antes que ele desligasse.

—Ayla? a minha Ayla? — "MINHA AYLA?" surto internamente

—como assim "minha Ayla?" não sou posse de ninguém não!

—é você! posso saber o motivo PELO QUAL A SENHORA TEM MEU NUMERO E NAO ME LIGOU?

—oras, ocupada.

—ocupada? OCUPADA?

comecei a rir

—tá rindo né? — ele respira fundo e solta uma leve risada, que foi a risada mais gostosa que eu ouvi, me arrepiei toda— mas agora sério, to com, um pouco, bem mínima saudade de você, mas assim, pouca sabe?

—aham, eu nem saudade sua sinto.

—aaah mentirosa! você que ligou!

—e você que me mandou uns 20 e-mails

—edai? Ayla...- ele fala com uma voz mansa- me fala que você tá em LA

—eu to em LA.

—ONDE? quero dizer, onde?

Acontece...| Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora