Capítulo 08

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Perdoem os erros.

Já era o fim da tarde quando finalmente Matheu conseguiu se erguer de sua cama. Pela brecha da sua porta pode ver o último resquício de luz se dissipando feito fumaça. Seu corpo se ergueu em protesto silencioso, estava inquieto sua mente o perturbava não o deixando relaxar em seu próprio covil. Maldição, estava mesmo preso a ela.

Incapaz de controlar os seus próprios sentidos Matheu enfiou-se em sua cama mais uma vez. Fazia muito tempo que algo conseguiu rouba-lhe a paz, ele estava sentindo-se um louco a presença daquela mulher o perturbava sentir-se frustrado apenas em olha-la. Por um segundo a imagem da mulher preencheu em sua mente mais uma vez entre milhares, seus olhos o assombravam como um fantasma não podia simplesmente esquece-los. Sua respiração de repente se tornou afoita, lá estava ele mais vez lembrando-a.

A imagem dela bebendo dele o bombardeou como uma droga, seu corpo se sacudiu em resposta ao imaginar o ligeiro toque de seus lábios em sua pele mais uma vez. A pequena camada fina e quente sugando-o com força e sede, por Deus, como ele desejava aquilo mais uma vez.

— Chega. — disse ele para si mesmo enquanto finalmente se erguia. Não iria permitir aquilo consigo mesmo. Ela era sua inimiga, seu cão nada mais que isso precisava por seus pensamentos em ordem se quisesse seguir com a sua vida a diante, por Deus, porque havia dado o seu sangue a ela? Porque simplesmente não a deixou morrer sob aquela maldita árvore?

Respirando fundo Matheu contou até três, contar de certa forma o acalmava caminhando em direção ao seu banheiro ele acendeu o interruptor de luz e quando a iluminação amarela finalmente expôs o seu perfil Matheu desejou se atirar de uma ponte. Estava um verdadeiro inferno. Seus olhos não eram os mesmos, havia algo sombrio e perigoso no fundo de sua iris, algo dominante era algo assustador. Sacudindo sua cabeça ele decidiu não permanecer ficar se auto avaliando aquilo não o ajudaria para o que ele precisava aquela noite.

A noite.

Finalmente chegou o grande dia. O dia de sua luta, o dia que finalmente proclamaria  a humana inimiga como sua propriedade. Tornou a respirar fundo, ele não estava nem um pouco preparado para aquilo.  A verdade era que nunca foi a sua intenção tê-la para ele, seu instinto protetor simplesmente o fez fazer aquilo, desafiar o seu irmão na frente de todos não havia sido uma boa ideia, Matheu sabia que o seu irmão além de ser nem um pouco passivo era autoritário e odiava ser contestado. Fazer o que ele fez era considerado alta traição e a reação do seu irmão a entregando não o surpreendeu, ele o respondeu a altura dando-lhe a chance de ser morto no desafio ou castigado quando a humana os traísse e ambos sabiam que isso aconteceria muito em breve.

Ela tinha a aparecia frágil e doente quase um moribundo preste a partir, Matheu quase se enganou quando a viu a primeira vez lembranças da noite retornou em sua mente  em um estalo.  Estava franca, tão pálida quanto a neve, seus olhos fechados e a respiração calma denunciavam que não havia mais ar sendo puxados de seus pulmões, Matheu precisou de muito esforço dos seus instintos vampiresco para notar que ainda respirava, era fraco mais ainda o  insistia. Seu corpo estava jogado de forma desproporcional, era nítido que havia desmaiado ao seu lado havia uma pequena adaga, agada essa que parecia ser da linhagem dos caçadores primatas Matheu olhou para mulher mais uma vez aquilo certamente havia dispersado o seu interesse, um pouco mais a sua frente havia um corpo.  Um corpo de um vampiro exilado. A pequena humana havia conseguido derrubar um vampiro de nível alto, era impressionante Matheu tinha que confessa.

Mais nada disso fora importante nem o vampiro ou muito menos a adaga da família Clark que pousava em suas miúdas mãos, nada despertou o seu interesse tanto quanto os olhos dela. Quando ela o olhou aquela imensidão azul barganhada de medo súplica e desafio o dominou o acertando em um nocaute. O fogo que havia em seus olhos despertou em Matheu um ser que ele desconhecia, havia uma espécie de demônio dentro do seu interior adormecido que se despertou quando a viu. Jesus que ele o ajudasse a controla-lo.

VAMPIRE - Dormindo com o InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora