Capítulo 05

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Carta de Teresa em patrulha.

Já se passaram dias. Por Deus espero que tenha boas desculpas para não me corresponder as cartas. As coisas por aqui ainda andam bastante complicadas, Jonas foi ferido, Samuel está prestes a ter um colapso de nervos e nós Estamos sem ração. Os vampiros avançam a cada noite que passamos presos aqui, a caverna está sempre úmida e é isso que nos mantem vivos por hora. Amanhã tentarei mais uma missão sozinha regressarei antes do anoitecer, mandarei notícias mesmo não tendo as suas saber que lê minhas cartas me conforta e me emotiva a volta logo para casa. Espero que as coisas estejam bem, por favor não demore para responder estou aflita.

Ps: Da sua amada irmã.
Teresa Clark

Duas semanas. Duas longas semanas, Clark já havia perdido a noção do tempo naquele lugar. Era dia ou noite? Segunda ou domingo? Era inverno ou ainda outono? A sensação de não saber nem mesmo ond2 estava era sufocante ela queria gritar em agonia, queria que todos soubessem da sua frustação, queria que todos pudessem sentir a sua dor. Seus aposentos foram mudados ela foi retirada da gaiola três dias após o desafio, o rei teve o prazer de coloca-la dentro de um quarto sujo, empoeirado e sem janelas. Era como uma cela, Clark ousava dizer até mesmo que aquele lugar era pior que um calabouço.

As pisadas sutis e desajeitadas junto a um assobio contagiante denunciava quem estava se aproximando, fazia dias que ela recebia a mesma vista, com os mesmo aperitivos e as mesmas piadas. Ela teria que confessar que a criança era persistente e bastante obstinada, não era nada fácil negar-lhe um dos seus caprichos. Certo dia Clark tivera até mesmo que trançar os seus cabelos, até que ele estivesse satisfeito. Ela tinha que confessar que ele estava sendo a sua distração diária e se fosse sincera consigo mesma diria que esperava ansiosa por sua visita diária.

—Você não imagina o que consegui para você. — a voz cantarolam-te e quase infantil a fez sorrir antes que a porta se abrisse. —
Bolo de carne ao molho e como sobremesa pudim. Que fantástico. Subornar os funcionários da casa não esta sendo nada barato mais só de vê-la com as bochechas rosadas e saudáveis esta sendo uma barganha muito bem gasta.

Os cabelos castanhos e cumpridos surgiram junto a uma bandeja em suas mãos. No recipiente de madeira havia dois copos de vidro em um deles possuía uma única flor junto a água cristalina, ele era gentil mais Clark sabia o motivo. Era admirável vê-lo prendando em querer salvar a sua irmã. Um sorriso maroto e genuíno estampava nos lábios do jovem rapaz juntos a salientes caninos recentemente nascidos. Para Clark tudo aquilo ainda era muito novo, mais de certa forma estava se adaptando em vê-los já que o garoto a visitava com bastante frequência.

— Como conseguiu vim hoje? — O rei havia o proibido de se aproximar de Clark pois a  insistência do garoto em manter um vínculo com ela estava ultrapassando o limite do normal para o rei. Para ele o garoto se apegar a ela só traria sofrimento e tristeza quando ele finalmente decidisse mata-la. O garoto deu de ombros enquanto fechava a porta com o pé. — Meu irmão é um tolo se acha que conseguirá me manter longe.

Clark arqueou a sua sobrancelha.

— Longe de mim pelo o que parece.

Thouché! — o garoto sorriu. — Ele teve que partir esse final de semana.

— Partir para o que? — o garoto tornou a encara-la. — Para uma traidora a mocinha quer saber muito coisa. — comentou ele com sarcasmo. Clark sorriu. — Curiosidade nunca matou ninguém.

— Matou sim.

— Garoto esperto. — Ela apertou o nariz do garoto levemente enquanto ele lhe entregava um talher de prata em suas mãos. — Ouvir dizer que os caçadores estão presos no Oeste em uma espécie de caverna, George foi ao encontro dos lideres de outros clãs na cidade vizinha retornará logo depois do amanhecer.

VAMPIRE - Dormindo com o InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora