Capítulo 12

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Perdoem os erros.


Sua noite havia começado mal. Parecia que o destino estava prendado a lhe dar um belo chute no traseiro quando Matheu se ergueu do chão mais uma vez. Em sua frente estava o seu então melhor guerreiro e também amigo de longa data Nick, era um vampiro tão antigo quanto ele e um macho de valor. Para Matheu era difícil confiar em alguém que não fosse da sua linhagem, inimigos rondavam a sua casa a todo instante seus instintos não o permitiam simplesmente confiar embora fossem da sua própria raça.

Matheu colocou a mão sobre a boca quando sentiu o líquido viscoso escapar de seus lábios. Seu amigo havia o acertado em cheio, ele o encarou com cesura e em troca houve apenas discreto sorriso.

— Como acha que ganhará a garota desse jeito? —seu tom era da mais pura diversão, Matheu sabia que o vampiro estava zombando da sua péssima performance em treino. Diabos realmente estava indo de mal a pior. Em resposta Matheu investiu no vampiro mais uma vez, embora Matheu fosse alto Nick tinha uma vantagem patética a seu favor era menos robusto e muito mais veloz, Matheu sabia que se continuasse correndo atrás dele como um rato ele o acertaria mais uma vez e foi exatamente como havia imaginado quando estava prestes a alcança-lo pernas torneadas e estreitas se puseram sobre ele o derrubando mais uma vez ao chão. Matheu havia perdido as contas de quantas vezes o seu traseiro protestou diante do chão duro.

Ele gemeu.

— Aceite meu amigo hoje não é o seu dia de sorte.

E desta vez Matheu teve que admitir que o cretino estava certo. Virando-se de um lado Matheu permaneceu no chão por longos segundos. Estava cansado, sentia sede e não era uma sede qualquer, sentia sede dela. A verdade era que desda última vez que a vira em seu quarto totalmente assustado e a mercê dos seus desejos os seus pensamentos depravados nunca mais foram os mesmos. Sua mente girava em torno dela, acordava pensando em como conseguiria vê -la sem parecer um completo idiota e no final decidia não ir somente para testar o limite dos seus desejos. Aquela situação já estava virando um obsessão, Matheu se perguntava todo os dias o porque de ter feito o que fez naquele dia.

Pensamentos da noite na floresta tomaram a sua mente e ele precisou de muitos minutos para conseguir expulsar todas aquelas sensações do seu corpo. Se conseguisse se concentrar ainda podia sentir o seu cheiro de jasmim, podia sentir a sua pele quente sobre as dele, sua respiração profunda e calma, podia ver aqueles lábios rosados entre abertos em um convite farto de possui-los, Matheu fechou os olhos e suspirou sua mente trapaceira estava o levando para um lugar muito perigoso. Seu corpo voltou a si quando sentiu o seu amigo cutuca-lhe com o pé Matheu abriu os olhos mais uma vez.

— Estou falando cara ou você volta a si ou terá sérios problemas.

Matheu franziu o cenho quando tornou a se erguer. A noite estava agradável embora as nuvens escuras e extensas dessem o alarme de que iria chover, Matheu odiava a chuva.

— Do que está falando?

Sua perna fez um protesto quando Matheu a esticou. Sentiu cãibras e então tornou a sentar-se sabia que se tentasse levantar naquele estado acabaria caindo mais uma vez, o seu corpo era muito grande para sustentar-se apenas em uma perna.

— Do que estou falando? — seu amigo soltou um riso sarcástico. — Olhe só para você deitado sobre a grama como se fosse um adolescente cheio de hormônios isso tá ridículo.

Matheu fez uma breve careta. Estava prestes a lhe dizer quem era o adolescente cheio de hormônios quando algo muito mais  atrativo chamou a sua atenção. Do outro lado da mansão, Matheu pode ver o seu irmão caçula correr sobre as portas de vidro seu semblante era de puro pavor. O que havia de errado?  Matheu estava nos jardins não era muito longe e por isso conseguia observa-lo ainda melhor de onde estava, seu amigo também o notou ele assobiou para chamar a atenção do rapaz e o cumprimentou de longe. Seu irmão por sua vez olhou o seu amigo com presa e  acenou com uma leve saudação, estava prestes a partir afoito quando seus olhos saltaram sobre o de Matheu que permanecia sentado sobre a grama.

VAMPIRE - Dormindo com o InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora