Carta de Teresa em patrulha.
Sabe quando dizem "pode confiar em mim. Eu sou uma pessoa boa?" Pois é! Não confie nelas. Seja inteligente e não gentil. As coisas por aqui andam na mesma, muitos monstros poucos homens e muita carne pra costurar. Queria que estivesse aqui irmã, sinto sua falta.
Atenciosamente Teresa Clark.
Vozes estranhas, chão úmido, água fria, cheiro de terra molhada e álcool. A neblina escura ainda pairava sobre os olhos de Clark como fumaça. Era negligente a sua situação e mesmo inconsciente ela sabia disso o veneno da besta ainda estava em seu sangue, ela ainda podia senti-lo correndo em suas veias. Não tão presente quanto antes, é claro, mais ainda assim estava lá o veneno deslizava em suas veias como uma sombra. Clark tentou se mover, parecia estar presa sob uma teia de aranha da qual ela mesma criou. Era agonizante a sensação de estar presa em seu próprio corpo. Ela podia ouvir mais não podia falar, podia sentir mais não conseguir distinguir, podia saber quem estava ao seu redor mais não conseguia vê-los. Sua alma estava aflita e ela também, era como estar dentro de um purgatório.
—Acha mesmo que manter ela viva valerá a pena? — Clark pode ouvir uma voz grave e severa próxima ao seu ouvido. Ela podia senti-lo analisando-a tão de perto como o próprio diabo. O seu coração palpitou lentamente, ela podia sentir o perigo a espreita mesmo estando de olhos fechados.
— Ela é uma médica dos Clark.
— Uma médica inútil.
— Ainda assim uma médica.
Clark sentia a sua cabeça girar. Em sua boca ela sentia um gosto metálico e gosmento. Clark não se recordava de muita coisa naquela floresta, apenas fleches l de lama, folhas e pegadas. O seu suposto sequestrador teve o prazer de deixar o restante da sua viagem bastante desagradável, ela não se lembrava muito do que ele havia feito apois a sua súbita suplica mais o que quer que ele tenha feito, havia aliviado a sua dor do máximo para o minimo. Ela piscou e então piscou novamente, sentia as suas pálpebras voltarem ao seu controle, seu corpo ao poucos estavam seguindo o seu comando, Clark ouviu passos pesados recuarem e o falatório que antes era notável se calou, ela abriu os seus olhos e teve o deslumbre da lua cheia, a noite estava iluminada e as estrelas mais brilhantes e fartas, Clark precisou de alguns segundos para saber onde realmente estava, e então o que era apenas uma súbita alucinação se tornou a sua realidade nua e crua. O desespero a tomou novamente seu coração carnal bateu ainda mais forte em seu peito, ela ainda estava no chão sentia o frio e duro, a lama ainda estava em toda espessura do seu corpo, ela estava jogada de uma forma desconfortável e o seu ferimento ainda lhe doía, mais não a incomodava mais.
— Olha só quem acordou. — comentou o mesmo homem com a sua voz dura e impiedosa. Clark ergueu o olhar em sua direção rapidamente.
Ela sabia muito bem de quem se tratava. Era o braço direito do rei George, o líder dos vampiros, o rei da segunda linhagem mais perigosa das redondezas. Havia conseguido o poder durante a rebelião dos vampiros anos antes de Teresa ter se tornado Capitã da patrulha. Clark se recordava da ultima vez em que Teresa teve um encontro com ele, ambos pareciam ter acabado de voltar de uma guerra nuclear, aquele sim foi um dia de horror Clark havia perdido noites e mais noites de sono costurando seus amigos, parceiros e até mesmo a sua irmã. Naquele dia Clark sentiu a pior sensação da sua vida, a sensação de ser o ceifador da noite, o anjo da morte. Cada pessoa no qual ela atendia, corria o risco de ser salvo ou morto por suas mãos. Foi um dia sombrio nisso todos poderiam concordar.
Sua aparência era como a de um anjo caído, era descomunal , possuía olhos tão azuis quanto o céu durante o dia, seu rosto era marcante e seu queixo havia uma barba por fazer sensual, seus lábios eram finos e delicados e em seu rosto havia uma tatuagem de guerra. Ele era mesmo um comandante nato.
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VAMPIRE - Dormindo com o Inimigo
VampireCatarina Clark nunca teve problemas em sua vida comparados os de sua gêmea, a líder dos caçadores mais perigosos da região Teresa Clark, ela se tornou uma lenda para muitos obstinada e fria como uma rocha Catarina via em sua irmã a heroína que jamai...