Capítulo 04

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Carta de Teresa em Patrulha.

Sabe, nunca imaginei em dizer isso mais tenho que admitir que estou cansada. As coisas aqui nao andam muito boas, uma tempestade estar por vim. Jonas não parar de chorar feito uma mariquinha, Anabel está indo de mal a pior, a equipe esta desanimada. Os vampiros fugiram para o Sul enquanto estamos presos no Oeste ainda há muito o que fazer. Como andam as coisas por aí? Espero que esteja bastante ocupada, ouvir dizer que enfermeiras bem prendadas podem se tornar médicas que fascinante não acha?

PS: Ontem sonhei com o papai. Estou com um presságio ruim, tome cuidado e cuide de todos em breve estarei ao seu lado novamente.

Atenciosamente, Teresa Clark.

               O decorrer da noite foi de frio, fome e sede. Clark já havia contado as inúmeras vezes de que adormecera naquela gaiola. O vento a sacudia e então ela acordava e logo então a dor a consumia. Clark estava a um fio da morte como uma sombra, puxava o ar dos seus pulmões com dificuldade, sentia sua pele seca, era como estar dentro de uma casca oca, seu corpo por dentro lentamente apodrecia enquanto sua carne ferida se rasgava por fora. Ao longe ela o viu passar, era quase uma sobra mais podia reconhece-lo mesmo estando cega, suas passadas eram seguras e rápidas, ele caminhava como um soldado e isso ele não poderia disfarçar nem mesmo se quisesse. Junto a ele pequenos pés ligeiros também o acompanhava, esse também era rápido porém deslizava pelo o chão do salão com menos força, era cauteloso, andava como um fantasma a meia noite, era cálculita e bastante perigoso em palavras, aquele sem duvidas seria o vampiro que havia falado com ela mais cedo, nenhum vampiro seria ousado o suficiente para afrontar o rei daquela forma se não a sua própria familia.

— Se quiser que ela viva tire-a daí.

Clark ainda estava de olhos fechados quando ouviu o murmúrio da sua voz. Ela sabia que era ele, era o mais novo da família do rei, o garoto levado. Ele era mais esperto do que ela podia imaginar.

— Estais a defender a sua inimiga casula?

Clark estava deitada em um formato de concha no metal frio  afim de proteger o seu corpo do frio, seus cabelos já não estavam mais molhados, estavam secos e rebeldes. O sangue fresco já havia secado em seu corpo trazendo um odor nada agradável, ela cheirava a morte! De olhos ainda fechados ela reprimiu os lábios, não queria que eles notassem que ela ainda estava acordada.  O dia já estava prestes a amanhecer logo eles iriam se recolher e deixa-la sozinha novamente e então seria a sua última chance de tentar fugir sem que fosse interrompida.

— O desafio durará semanas.

— A mascote aguentará até lá, eu garanto.

— Ela é humana, George.

— Ela é uma inimiga. E inimigos da nossa casa devem estar onde ela estar. Presa! — disse ele em um tom mais elevado.

— Um cargo não a torna uma imortal imbecil. O que acha ira acontecer quando a rainha dos caçadores souber que a sua médica não estar mais lá? Duas opções lhe darei a primeira é que encontrará um médico tão inteligente e ágil quanto a ela e logo se esquecerá que está mulher existiu.

— Já a segunda?

— A segunda é que ela entrará por esses portões e chutará os nossos traseiros e então cortará as nossas cabeças e as colocará em uma espécie de estaca as expondo nos bosques e redondezas.

— Que imaginação fértil a sua irmãozinho. — ironizou ele. — Sem dúvidas suas teóricas podem estar certas, mais a minha também pode. Pense comigo. — ele deu mais um passo. Uma de suas mãos pousaram sobre os ombros do mais Príncipe mais novo o apalpando carinhosamente. — A rainha notará que o seu mascote prodígio não estar mais em seu domínio e então virá barganhar por ela.

VAMPIRE - Dormindo com o InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora