VAMPIRE - Dormindo com o Inimigo

Capítulo 06

Carta de Teresa

Querida Catarina,

Estou com medo.. Não tenho notícias suas, nem do nosso vilarejo, rezo todos os dias que esteja enganada e que isso tudo seja uma terrível coincidência. Estamos a cada dia ficando cada vez mais encurralados mas isso não me deixa aflita. Somos Clark não temos medo do inimigo, mais tenho que confessar que pela primeira vez tenho medo por você.

Espero que esteja bem e segura, da sua irmã protetora Teresa Clark.

Os jardins eram realmente magníficos. Clark caminhava entre as flores completamente fascinada com tamanho do zelo de quem cuidava do ambiente, as cores eram vivas, fartas e preenchidas. A grama era fofa, macia e bem amparada. As árvores eram cheias de galhos e folhas nelas estavam penduradas diversos frutos era uma variedade e tanto de espessuras, tamanhos e gostos. Realmente era um lugar encantado.

— Sabe. — o vampiro pairou em sua frente. — Semana que vem será o meu teste final. — Clark o encarou com surpresa. Era uma revelação tão intima e insegura, Clark chegou a quase abraça-lo quando observou o seu rosto imaturo se curvar diante de uma flor. Ele parecia estar... com medo. O que para Clark era muito estranho já que o garoto sempre lhe pareceu cheio de autoestima e coragem. 

— Está com medo? 

— Estou. — Clark parou de caminhar parando ao lado de um banco amadeirado. O observando ela o avaliou em silencio não conseguia compreender o motivo da sua aflição. Ele era um príncipe. 

 Clark sabia que vampiros jovens por não serem tão habilidosos quanto os vampiros adultos passavam por uma espécie de teste. Eles eram usados até o seu limite e então testados por um método cruel que eles mesmos inventaram. Era uma luta para sobreviver, o vampiro mais habilidoso, astuto e voraz era o ganhador do torneio se tornando assim um vampiro legitimo já os perdedores eram expulsos do acampamento se tornando um vagante da floresta.

Todo o ano o rei vinha até o acampamento conhecer o vampiro legitimo que conquistou o seu espaço no meio deles tornando-se assim um soldado ou quem sabe líder de algum acampamento que eles venham a conquistar. Era assim que ele se tornava mais forte, era assim que ele se tornava um rei popular a sua fama ia muito além dos bosques daquela cidade ele já estava percorrendo o pais inteiro em cada canto que os vampiros conquistavam em seu nome a sua fama se tornava mais forte. Ele estava se tornando um ser quase infalível.

— E porque estaria? —  zombou ela em um tom brincalhão a fim de quebrar o clima tenso que se estendia entre eles. — Não seria os seus inimigos quem deveria senti-lo? Afinal, você é um príncipe. Quem poderia ser mais forte que o príncipe terceiro?!

O comentário pareceu encher o peito do rapaz que logo estufou o seu peitoral para frente. Então eles gostam de elogios pensou ela enquanto o observava. Ele era um jovem cheio de artimanhas, Clark não tinha dúvidas de que ele venceria.

— Tem razão. — comentou. —  Sou um príncipe. Estou pensando asneiras, tenho que me concentrar em vencer e não em ser o perdedor.

— Touché. —  Clark sorriu. E pela primeira vez ela se pegou sorrindo desda aquele dia.

Clark rapidamente se recompôs, nunca achou que poderia concordar com o rei dos vampiros uma única vez mais dessa vez ele estava certo. A companhia do príncipe estava fazendo com que ela se apegasse a ele. Suas visitas diárias era a única coisa que ela almejava todas as noites, ele a fazia sorrir, fazia se sentir alguém estava se tornando seu amigo e aquilo era um caminho perigoso.

Só então ela percebeu que o vampiro ainda a olhava com olhos atentos, ele a estudava e viu o seu rosto exitar por minutos ele entendeu a sua preocupação sem mesmo ouvir dizer uma palavra.