Capítulo 4 - O Quinto Peão

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CAPÍTULO 4 : O QUINTO PEÃO


Draco zombou, estreitando os olhos para a cena diante dele. Ruído alto de perfurar os ouvidos, uma malha de corpos movendo-se provocativamente em um espaço circular restrito, luzes ofuscantes de néon piscando em velocidades aleatórias. Mas o pior de tudo era a temperatura e a umidade da sala. Parecia que ele estava parado no centro de uma cratera vulcânica no meio de um tufão.

- O que é este lugar? - veio seu habitual tom arrogante e aristocrático.

- O quê? - Blaise gritou em resposta enquanto aproximava sua orelha do herdeiro Malfoy.

- Eu disse, que lugar é esse?! - Draco gritou, irritado por ter que gritar para se expressar. Ele odiava se repetir.

- Eles chamam isso de 'boate'. É uma das atrações mais famosas do mundo trouxa - Blaise respondeu gritando com indiferença, completamente indiferente à sobrecarga de estímulos sensoriais. - Está funcionando há apenas um mês, mas tem sido um grande sucesso.

- O que diabos é uma 'boate', e o que diabos ela está fazendo aqui? - Draco não pôde evitar de zombar de desgosto enquanto observava as pessoas se espremendo no que ele presumiu ser a pista de dança; corpos suados se esfregando sugestivamente.

- É como um pub, mas com dança - Blaise deu de ombros enquanto olhava o resto da sala, parecendo completamente à vontade. - É um dos projetos do Escritório de Relações com Trouxas e da Ordem. É a maneira deles de provar ao mundo mágico que, embora os trouxas não tenham mágica, eles são altamente inovadores - ele terminou com um aceno de cabeça enquanto fazia sinal para que Draco o seguisse. - Eu li sobre isso no jornal - ele acrescentou como uma reflexão tardia.

- Claro que você leu - Draco murmurou enquanto revirava os olhos. Ele nunca entendeu as tendências quase obsessivas de Blaise de se atualizar com os eventos atuais do mundo; mas de qualquer forma, seu pote cheio de informações sempre foi útil em mais de uma maneira.

Draco ergueu uma sobrancelha para as mulheres seminuas que o olhavam, assim como para os homens que usavam camisas estranhamente refletivas e brilhantes, cujos botões pareciam ter sido esquecidos. Como alguém poderia chamar o que eles estavam fazendo de dança? Eram basicamente preliminares ao ar livre! Ele passou por um grupo de pessoas segurando pequenos copos cheios do que parecia ser água. Ele os observou engolir de uma só vez, seguindo com uma pequena fatia de limão. Ele bufou. Que estranho!

- Acho que esta não é sua primeira vez aqui.

Blaise sorriu conscientemente, mas não disse mais nada.

Draco revirou os olhos. Não era difícil entender o objetivo principal das pessoas que frequentavam esse tipo de estabelecimento.

- Escória.

Blaise levantou uma sobrancelha em diversão.

- Diz aquele que se prostituiu por semanas - ele riu. Ele ainda se lembrava do dia em que a prisão domiciliar de Draco finalmente terminou. Ele parecia um coelho no cio. Ele balançou sua cabeça. - Como vamos encontrar Brown em tudo isso? - ele olhou em volta, esperando ter um vislumbre do familiar cabelo loiro escuro.

Draco abriu a boca para responder quando avistou o bar. Ele deu uma olhada em Blaise enquanto inclinava a cabeça em direção a ela, afastando-se rapidamente. Ele ouviu Blaise gritar algo como 'de novo não', mas optou por ignorá-lo. Ele precisava repensar todo o seu plano, já que o cenário não era exatamente como ele imaginou.

Sentando em um dos bancos vazios, Draco fez sinal para o barman se aproximar.

- Eu terei...

- Cerveja amanteigada. Vamos tomar dois copos de cerveja amanteigada - Blaise terminou.

Falsas Pretensões - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora