Capítulo 23 - O Ciclo do Ódio

96 1 0
                                    


CAPÍTULO 23 - O CICLO DO ÓDIO


Harry franziu os lábios, tentando ao máximo conter o riso enquanto olhava para a sonserina encharcada diante dele. Um punho pousou em seu ombro, imediatamente transformando sua diversão em dor. Sua boca se abriu, sentindo seus olhos lacrimejarem enquanto ele segurava uma mão contra seu ferimento.

- Que diabos foi isso?!

Pansy deu um tapa nas mãos pingando no ar antes de pentear as mechas de cabelo grudadas no rosto.

- Você disse que não íamos nos molhar, seu idiota!

Harry levantou as mãos em sinal de rendição, sentindo a água em seus tênis chapinhar quando deu um passo para trás.

- Eu não pensei que seria tão ruim! - quando ele sugeriu o passeio no tobogã, ele só esperava alguns respingos perdidos neles durante a descida nos tobogãs. O que ele não levou em consideração foi o fato de que eles passariam por baixo de uma cachoeira enorme. Duas vezes.

A imagem da puro-sangue esnobe gritando e entrando em pânico o fez sorrir. Testemunhar Parkinson perder sua graça e equilíbrio foi uma das coisas mais hilárias que ele já viu na vida! Ele a viu levantar um punho trêmulo para ele antes de bufar de aborrecimento.

Pansy se virou para sair pisando duro, esperando encontrar um lugar discreto para lançar um feitiço de secagem em suas roupas quando seus saltos altos úmidos escorregaram contra um ladrilho. Ela gritou de surpresa com a perda repentina de equilíbrio. Ela estendeu a mão para o chão para segurar sua queda, mas um braço serpenteou em volta de sua cintura, puxando-a para cima no segundo seguinte.

- Cuidado, Parkinson!

Ela piscou para os olhos esmeralda que encontraram seu olhar, sentindo várias gotas de água atingirem seu rosto enquanto caíam em cascata no dele. Ele estava olhando para ela; os fios molhados de seu cabelo tocando o topo de suas bochechas, fazendo cócegas na ponta de seu nariz. Ela abriu a boca para dizer algo, mas por alguma razão sobrenatural, nenhuma palavra saiu.

- Parkinson? - Harry olhou para ela de forma estranha, examinando a expressão atordoada em seu rosto. Ele olhou para o tornozelo dela, verificando se ela o torceu. - Você está bem?

Pansy empurrou as mãos contra o peito dele, virando-se abruptamente para esconder o olhar de mortificação em seu rosto. Ela levantou as mãos para os lados para se preparar, completamente chocada com sua reação.

Que porra foi essa?

Ela saiu pisando duro, batendo a mão fechada contra o peito, esperando que o gesto silenciasse a martelada que ela sentia.

- Verifique os fatos, seu idiota - ela resmungou para si mesma em aborrecimento quando a sola do sapato deslizou contra o chão mais uma vez. Ela se conteve bem a tempo, parando seus movimentos antes que pudesse escorregar mais.

- Calma! - Harry gritou, perseguindo-a em confusão. Qual era o problema dela dessa vez?

Pansy olhou para seus saltos encharcados com desdém. A culpa era toda deles! Ela se abaixou para tirá-los dos pés, jogando-os na lata de lixo mais próxima com mais força do que o necessário.

- O que diabos você está fazendo, Parkinson? - Harry olhou para ela, incrédulo, observando-a passar as mãos despreocupadamente pelo comprimento do vestido preto úmido.

- Eles estavam me irritando - ela revirou os olhos, secretamente feliz que a explosão repentina de raiva a acalmou. Ela olhou para os pés descalços no chão, imaginando a expressão no rosto de sua mãe se pudesse vê-la agora. Ela sorriu. Ela tinha certeza de que a morcega velha pareceria alguém lutando contra a maldição Cruciatus.

Falsas Pretensões - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora