17- Terceiro ato. Pt2

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As irmãs e meu pai correm pra algum canto da sala, e eu saio correndo pra dentro do cinema.

— Deixa que eu cuido dela. — Ethan fala para sua família, e corre atrás de mim.

Ótimo, então ele quer me matar com suas próprias mãos. Que incrível.

Saio correndo, e ironicamente entro na sala que nós estávamos se pegando alguns dias atrás.

Pego a arma que meu pai havia me dado mais cedo, e aponto pra porta. Mas ninguém entra.

Fico uns minutos encarando a porta esperando por Ethan, mas uma mão tampa a minha boca por trás de mim, e joga a minha arma pra longe. Eu devia ter previsto isso.

Tento me debater, mas Ethan é forte.

— Allie, eu só quero conversar com você, me escuta por favor. — Ignoro suas palavras, e tento sair de seus braços, mas falho. — Eu vou te soltar, mas eu quero conversar com você antes. Confia em mim.

Eu paro, e depois de alguns segundos ele me solta. Não me julgue, eu ainda gosto dele, não da pra simplesmente esquecer de tudo.

— Confiar em você. — Rio irônica. — Vai se foder Ethan. — Ando dois passos largos pra longe dele. — Eu confiei em você... Porra eu fiz sexo com você, e agora você simplesmente revela que é o ghostface? Eu devia ter escutado Mindy.

Ele entristece ao ouvir isso. Não estou entendendo.

— Não temos tempo, você tem que confiar em mim. Me escuta, meu pai e Quinn são psicopatas malucos por revanche. Tudo o que eu te contei sobre a minha família é verdade, só não falei quem eram. Eu estou do seu lado, eu nunca quis essa porcaria, mas se eu negasse, Wayne e Quinn iriam me matar. No apartamento... Era eu. Eu matei Anika, e sim, eu poderia ter te matado, mas não fiz. Nunca faria isso com você. O plano oficial era que meu pai iria matar vocês no prédio, mas eu me voluntariei, pra te proteger. — Ele joga esse bando de informação em cima de mim.

— Você espera que eu fale o que? Obrigada por não me matar, mas matar uma das minhas melhores amigas no lugar? Uau. — Falo sem acreditar.

Ethan pode estar falando a verdade, e sinceramente eu acredito nele, ele não me matou até agora, e está com sua faca na mão. Não deixo de encarar pra o objeto cortante metálico com medo disso tudo ser apenas uma distração, e ele me matar.

— Confia em mim. — Ele segue meu olhar para a faca, e a joga longe ao perceber meu medo. — Allie, eu te amo. — Ele da um passo na minha direção, e eu não recuo. Essa é a primeira vez que ele fala algo assim. — Eu sempre te amei, e eu não to nem aí se minha família morrer hoje. Eu prefiro que eles morram do que você.

— Você matou Anika... Você matou uma pessoa inocente. — Assimilo a informação na minha cabeça.

— Eu sei, e eu me sinto péssimo por isso. — Ele se aproxima mais, e agora estávamos menos de 30 centímetros de distância. — Você tem que fugir, se esconder.

— Eu não posso. Não de novo. — Nego com a cabeça ao ouvir sua proposta.

— Não posso garantir que você saia viva dessa Allie, eles acham que eu te odeio, e que tudo isso foi uma mentira, mas isso foi a coisa mais real que aconteceu na minha vida. — Ele coloca suas mãos na minha bochecha e cola nossas testas.

Olho pra baixo relutante. Mas como esperado, ele cola nossos lábios.

— Não posso fazer isso agora Ethan. — Me afasto dele. — Como posso confiar em você?

— Você precisa. — Ele anda na direção da arma. — Você vai precisar disso. Todos nós estamos usando colete à prova de balas. Atira na cabeça. — Ele me entrega a arma. — Espera.

pøker face ~ ethan landryOnde histórias criam vida. Descubra agora