As irmãs e meu pai correm pra algum canto da sala, e eu saio correndo pra dentro do cinema.
— Deixa que eu cuido dela. — Ethan fala para sua família, e corre atrás de mim.
Ótimo, então ele quer me matar com suas próprias mãos. Que incrível.
Saio correndo, e ironicamente entro na sala que nós estávamos se pegando alguns dias atrás.
Pego a arma que meu pai havia me dado mais cedo, e aponto pra porta. Mas ninguém entra.
Fico uns minutos encarando a porta esperando por Ethan, mas uma mão tampa a minha boca por trás de mim, e joga a minha arma pra longe. Eu devia ter previsto isso.
Tento me debater, mas Ethan é forte.
— Allie, eu só quero conversar com você, me escuta por favor. — Ignoro suas palavras, e tento sair de seus braços, mas falho. — Eu vou te soltar, mas eu quero conversar com você antes. Confia em mim.
Eu paro, e depois de alguns segundos ele me solta. Não me julgue, eu ainda gosto dele, não da pra simplesmente esquecer de tudo.
— Confiar em você. — Rio irônica. — Vai se foder Ethan. — Ando dois passos largos pra longe dele. — Eu confiei em você... Porra eu fiz sexo com você, e agora você simplesmente revela que é o ghostface? Eu devia ter escutado Mindy.
Ele entristece ao ouvir isso. Não estou entendendo.
— Não temos tempo, você tem que confiar em mim. Me escuta, meu pai e Quinn são psicopatas malucos por revanche. Tudo o que eu te contei sobre a minha família é verdade, só não falei quem eram. Eu estou do seu lado, eu nunca quis essa porcaria, mas se eu negasse, Wayne e Quinn iriam me matar. No apartamento... Era eu. Eu matei Anika, e sim, eu poderia ter te matado, mas não fiz. Nunca faria isso com você. O plano oficial era que meu pai iria matar vocês no prédio, mas eu me voluntariei, pra te proteger. — Ele joga esse bando de informação em cima de mim.
— Você espera que eu fale o que? Obrigada por não me matar, mas matar uma das minhas melhores amigas no lugar? Uau. — Falo sem acreditar.
Ethan pode estar falando a verdade, e sinceramente eu acredito nele, ele não me matou até agora, e está com sua faca na mão. Não deixo de encarar pra o objeto cortante metálico com medo disso tudo ser apenas uma distração, e ele me matar.
— Confia em mim. — Ele segue meu olhar para a faca, e a joga longe ao perceber meu medo. — Allie, eu te amo. — Ele da um passo na minha direção, e eu não recuo. Essa é a primeira vez que ele fala algo assim. — Eu sempre te amei, e eu não to nem aí se minha família morrer hoje. Eu prefiro que eles morram do que você.
— Você matou Anika... Você matou uma pessoa inocente. — Assimilo a informação na minha cabeça.
— Eu sei, e eu me sinto péssimo por isso. — Ele se aproxima mais, e agora estávamos menos de 30 centímetros de distância. — Você tem que fugir, se esconder.
— Eu não posso. Não de novo. — Nego com a cabeça ao ouvir sua proposta.
— Não posso garantir que você saia viva dessa Allie, eles acham que eu te odeio, e que tudo isso foi uma mentira, mas isso foi a coisa mais real que aconteceu na minha vida. — Ele coloca suas mãos na minha bochecha e cola nossas testas.
Olho pra baixo relutante. Mas como esperado, ele cola nossos lábios.
— Não posso fazer isso agora Ethan. — Me afasto dele. — Como posso confiar em você?
— Você precisa. — Ele anda na direção da arma. — Você vai precisar disso. Todos nós estamos usando colete à prova de balas. Atira na cabeça. — Ele me entrega a arma. — Espera.
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pøker face ~ ethan landry
RandomAllison Miller foi uma das sobreviventes do ataque de Woodsboro em 2022, ela e seus amigos (também sobreviventes) Chad, Mindy, Tara e Sam se mudaram para Nova York para recomeçar suas vidas e esquecer do passado. Mas como a vida ama punir Allison, o...