A exatos 7 dias que o terceiro ato aconteceu. Chad ainda está no hospital, fizemos um funeral pro meu pai a cinco dias atrás, e desde então, estamos vivendo nossas vidas normais.
Ethan disse que queria sair comigo hoje, e eu já estou me preparando para encontrar com o garoto.
Eu já perdoei ele, e confio nele. Ethan me contou tudo que passou nas mãos do pai, e provou sua confiança não só para mim, mas para o resto do grupo. Mindy é a única que não confia muito nele ainda, mas ela está amolecendo com os dias.
— Tchau gente, vejo vocês amanhã. — Ethan pediu que eu dormisse no seu apartamento com ele, pois ele se sente muito sozinho sem a presença de Chad.
— Toma cuidado. — Mindy me alerta.
— Mindy, eu sei o que estou fazendo. — Eu a tranquilizo. E saio do apartamento, descendo até a portaria, esperando o carro de Ethan, que chega três minutos depois.
— Boa noite madame. — Ethan abre a porta do carro pra eu entrar. — Está linda.
Eu estou vestindo uma calça jeans preta justa, e um cardigan branco com detalhes cinza.
— Estou básica Ethan. Mas obrigada. — Dou um selinho nele.
— Você fica linda vestindo qualquer coisa. — Ele começa a dirigir o carro. — Ou sem nada também.
— Eu sabia que você ia dizer isso. — Rio ao seu comentário. — Previsível!
— Mas é a verdade! — Ele ri junto comigo. — Você vai amar esse lugar que vamos.
— Já disse que odeio surpresas? — Reclamo. Fico nervosa com surpresas.
— Muitas vezes, mas eu prometo que irei fazer muito mais. — Ele ri, e eu reviro os olhos.
Entramos na estrada, e Ethan para o carro no meio do nada. Eu sei que pelo seu histórico, eu devia estar assustada, mas depois de tanta conversa com ele, eu confio no menino. Ele até concordou em fazer terapia pra ajudar a superar o passado turbulento com sua família.
— Uau! Uma rua, que lindo. — Falo irônica.
— Calma sua boba, tem uma entrada pra floresta aqui. — Ele entra com o carro na floresta, e dirige mais uns cinco minutos.
— Ethan, eu sei que os ghostfaces estão mortos e tal, mas mesmo assim, tenho medo de ser assassinada por um maluco. E esse lugar parece incrível pra um crime. — Olho nervosa envolta.
— Eu venho aqui sempre quando quero me acalmar, e refletir. Descobri esse lugar quando tinha 14 anos. — Ele para o carro, e desliga os faróis. — Não tem ninguém aqui por perto Allie.
Saímos do carro, e andamos um pouco até o extremo da floresta. Da pra ver Nova York inteiro daqui, com a vista da lua ainda por cima.
— Que lindo Ethan! — Olho pra ele, e seu olhar estava iluminado com a luz da lua. O tornando mais bonito ainda. Se é que possível. — Pera você descobriu esse lugar com 14 anos? Nessa idade você saía de casa e ia pra floresta sozinho?
— Sim, meu pai nunca ligou muito, ás vezes nem percebia que eu tinha saído. — Ele da de ombros.
— Sinto muito. — Seguro sua mão direita.
— Ta tudo bem. Sério. — Ele me garante, e senta no chão, deixando seus pés balançando no ar.
— Por que me trouxe aqui? — Sento ao lado dele.
— Confio em você. — Ele diz simples. — E... Eu te amo. — Essa é a primeira vez que Ethan diz essas três palavras depois do terceiro ato. — Allie, eu quero oficializar isso. Não consigo pensar na minha vida sem ter você como namorada, e nem quero. Uma vez, li que o significado de estar apaixonado é, acordar pensando na pessoa, dormir pensando na pessoa, e essa pessoa na minha vida é você. — Ele confessa pra mim. E fico observando ele falar tudo atentamente.
Sei aonde isso vai dar, e gosto da possibilidade de sair daqui dessa floresta namorando.
— Existe apenas duas pessoas na vida que eu me sinto eu mesmo, que eu me sinto suficiente. Minha mãe, e você. Desde que minha mãe me abandonou com meu pai, a vida se tornou preto e branco. Nada, literalmente nada me fazia feliz, tanto é que...— Ele hesita em falar. — Tanto é que eu já pensei em desistir de tudo.
— Ethan...— Agarro suas bochechas, e uma lágrima cai de ambos dos nossos olhos. Me mata ver Ethan dessa forma.
— Eu estou bem agora. — Ele limpa a minha lágrima, e eu limpo a dele. — Desde o dia que eu vi o seu rosto. O que eu quero dizer é que, você trouxe as cores de volta para a minha vida. Allison, você é a minha pessoa, minha metade, minha alma gêmea, minha melhor amiga, minha companheira, e eu espero que você queira ser a minha namorada também. — Ele me olha no fundo dos meus olhos, e sinto as milhares de borboletas fazendo festa na minha barriga. — Allison Miller, você quer ser a minha namorada?
Sorrio ao ouvir essas palavras.
— Claro que eu quero, Ethan Cameron. — Ele sorri aliviado. Ethan havia me contado o seu sobrenome por parte de mãe alguns dias atrás, e que Landry foi uma criação do seu pai. Ele queria excluir o Kirsch da su vida.
Ele junta as nossas bocas num beijo calmo e tranquilo. O vento da meia noite batendo em meus cabelos me deixando arrepiada.
O beijo de Ethan é o mais macio que já experimentei. O melhor de todos. Sua língua dança na minha boca em harmonia com a minha, e eu não poderia estar me sentindo mais amada.
Afasto do seu beijo, e o olho com carinho.
— Eu te amo Ethan, quero que saiba que nunca estará sozinho e, que você é a minha pessoa favorita nesse mundo todo. — Mexo em seus cachos, e ele me olha com admiração.
— Você é uma fofa. — Ele ri, e eu reviro os olhos.
— Cala a boca! — Dou um tapinha fraco em seu ombro. — Você que é um fofo E.T.
O dia acaba assim, Ethan me abraçando enquanto olhávamos a bela vista de Nova York de madrugada. Nos beijávamos, fazíamos carícias, ríamos de qualquer coisa, e conversávamos sobre literalmente tudo que possa imaginar.
Ethan é o meu lar.
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Esse foi o capítulo mais fofo que eu já escrevi em toda a minha vida. Literalmente chorei.Eu amo meu casal Ethan e Allie <3
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pøker face ~ ethan landry
RandomAllison Miller foi uma das sobreviventes do ataque de Woodsboro em 2022, ela e seus amigos (também sobreviventes) Chad, Mindy, Tara e Sam se mudaram para Nova York para recomeçar suas vidas e esquecer do passado. Mas como a vida ama punir Allison, o...