22."Eu tentei mata-la."

55 25 1
                                    

Alex
Sinto como se sua vida estivesse em minhas mãos. Olhar para aqueles olhos verdes que parecem perder o brilho, me trazem uma sensação e não é de satisfação. Minha mão está em volta do seu pescoço, quero fazer ela se arrepender amargamente, então pq estou hesitando?

- A-Alex por favor... - sua voz sai arrastada. Ela não tem explicação, pq ela quis tomar o meu lugar, mesmo dizendo que não ia!

- Foi o que eu pensei. - sem hesitação, me aproximo e coloco mais pressão no seu pescoço. Olhando em seus olhos, falo com todo ódio que sinto. - Você vai pensar duas vezes antes de querer pegar meu lugar de novo.

Lloyd agarra meu cassaco com desespero. Puxa um ar seco. Sinto seu pescoço pesar, ela fecha os olhos como se tivesse perdendo a consciência.

- Me ajuda... - sai como um sussurro, então seu corpo perde a força. Quando percebo colo nossos corpos contra os armários para buscar apoio, colocando um braço envolta da sua cintura, tiro a mão do seu pescoço e seguro seu rosto. Olho para ela que está totalmente desacordada.

- Preciso de ajuda! - grito e alguns alunos que estavam no corredor me ajudam a deitar ela no chão. Fico de joelhos do seu lado. Tiro os cabelos que estão no seu rosto. Sua pele está pálida e a boca sem cor. Sinto como se tivesse sido atingida com um soco no peito. Tava tão cega de ódio que não percebi. Marcela se aproxima e se abaixa do outro lado.

- Alex o que você fez? - seu olhar é de preocupação. Tudo ao meu redor parece que ficar lento.

Sinto uma pressão na cabeça, aquele sentimento de ódio mudou e tudo que sinto agora é... Olho para ela e vê-la assim me causa medo. Tudo aconteceu tão rápido. "Ela não tá respirando", escuto Marcela falar longe. Todos agitados e ninguém faz nada além de pegar o celular e filmar ou gritar para outros fazerem algo. Vejo um cara se aproximar dela, como se fosse fazer boca a boca. Isso me trás a realidade e Por impulso o empurro. Todos me olham e pouco me importo agora. Coloco meu cabelo para o lado e aproximo meu rosto da sua boca e nariz. Ainda respira, mas sua respiração é tão fina que seu peito não expande. Verifico seu pulso com dois dedos no pescoço e está enfraquecendo. Isso significa que ela pode evoluir para uma parada cardíaca... Isso me desperta e a pego no colo. Vê-la assim me corta inexplicavelmente.

- Saíam da frente! - os alunos abrem caminho e ando com ela em direção da enfermaria. - Não ouse morrer, ainda tenho que fazer sua vida um inferno tá ouvindo?

Chego na enfermaria e chuto a porta. Sei que não vai abri, mas assim a enfermeira vem mais rápido e se desperta. Como pensei ela abre a porta assustada, entro e coloco Lloyd na maca mais próxima.

- O que aconteceu? - ela pergunta.

- Preciso de oxigênio. - falo rápido ajeitando a cabeça de Lloyd no travesseiro.

- Não é assim que as coisas funcionam, primeiro...

- Ela não está respirando direito e pode ter uma parada cardíaca. Então se você quer continuar a trabalhar aqui acho bom colocar a porra do oxigênio! - falo com agressividade e sei que o olhar que lanço a faz estremecer. Rapidamente ela começa a agir. Faz uma rápida avaliação, em seguida coloca a máscara de oxigênio.

Seguro a mão de Lloyd que está gelada. A enfermeira pede que eu me afaste, mas ignoro.

- Preciso verificar os sinais vitais dela.

Respiro fundo e solto sua mão me afastando. Minha vontade é de não sair de perto. Fecho os olhos tentando não pensar em nada, pq tudo tá misturado dentro de mim. E sei que a enfermeira não tem culpa disso, eu sim.

- Quero que me desculpe pela forma que lhe tratei, foi toda a pressão.

- Está tudo bem, também agiria assim se fosse um namorado.

Apenas um dribleOnde histórias criam vida. Descubra agora